Estou a frequentar o programa de formações atribuído pelo IEFP de Vila Nova de Famalicão no curso de mandarim. Quando aceitei frequentar a formação, foi por razões monetárias e não por obrigatoriedade como foi descrito. Fui trabalhador /estudante nos primeiros anos de faculdade, e neste momento após ficar desempregado apenas me dediquei aos estudos mantendo a inscrição no IEFP. Isto para enquadrar que ocupação não me falta e que o valor atribuído na bolsa de formação foi o que despoletou o meu interesse na aceitação da formação( visto não estar a receber qualquer apoio ou subsídio). Contudo aquilo a que tenho assistido é a uma falta de respeito por por parte das entidades não só comigo como por toda a gente na mesma situação. Os materiais necessários ao estudo ( como fotocópias) e que são solicitados, ou não chegam a tempo e horas ou simplesmente não chegam, mesmo sendo prometida a entrega dos mesmos presencialmente. Não são dadas respostas acerca dos mesmos. E quando solicitados esclarecimentos, o responsável nunca se encontra disponível, ou dá informações que não se revelam verdade. Eu ( e todos os formandos) , em condições que considero frágeis, pela situação de desemprego somos obrigados a investir do nosso próprio bolso, quer materiais de estudo, e despesas de transporte. O valor da bolsa tem como função cobrir estes gastos. O que acontece é que contrariamente ao que nos foi dito ( que o pagamento seria efectuado até ao 8º dia útil de cada mês) o valor da bolsa não foi pago. Tudo isto revela incoerências em toda a estrutura do programa. As entidades responsáveis pelo mesmo revelam falta de comunicação, preocupação e respeito pelos formandos. Apontam para falhas nos objectivos deste tipo de programa e consequentemente da entidade. Eu não posso, nem acho que deva disponibilizar-me a participar nesta visão romântica, tida por parte dos responsáveis, de que tudo está a funcionar conforme previsto, numa postura de « não sei, não vi». Se existem problemas eles devem ser identificados para poderem ser corrigidos. Sem isso, este tipo de programa deixa de fazer sentido, torna-se fantasia ou fachadismo. Apesar de ser uma visão com boas intenções, o projecto não consegue passar disso, uma visão. Ele não funciona, pelo menos pelo que tenho observado. A menos que a sua finalidade seja a de ocupar os desempregados e não o de lhes dar ferramentas para obter emprego! Concluindo e em tom de reflexão, questiono-me se será correcto exigir um investimento dos formandos sem ter em consideração a sua situação, nem o cuidado de cumprir os prazos de pagamento para que o mesmo possa fazer face a essas despesas.
Para deixar o seu comentário tem de iniciar sessão.