IEFP - Péssimo atendimento telefónico, arrogante e impotente

Nunca pretendi, nem gosto de atendimento exclusivo ou especial, apenas exijo um serviço medianamente afável, objectivo e eficaz. Nada mais.
No entanto, os serviços do IEFP de Évora, nem mesmo esses requisitos básicos parecem conseguir cobrir.
Até ao dia de hoje confesso que nunca tive grandes problemas com estes serviços, mas infelizmente esse dia chegou.
Dirigi-me às instalações deste serviço a fim de obter uma simples declaração de isenção para efeitos de taxas moderadoras, a que qualquer pessoa desempregada tem direito, e que já tinha anteriormente requerido sem qualquer tipo de problema.
Desta vez foi diferente: quando finalmente fui atendido por um funcionário e depois de me confirmar os dados, foi-me dito que havia um problema informático na minha ficha, em que os serviços não iriam conseguir passar essa bendita declaração. Então e agora ? Não existem alternativas à falha do sistema informático ? Não me podem passar uma declaração "à mão" ? Terei eu que ficar refém da "vontade" do sistema informático ?
Eu preciso dessa declaração, já que nos 2 dias seguintes irei ter 2 consultas médicas e a tal declaração me irá fazer poupar cerca de 20€. Caso o sistema informático do IEFP continue com "vontades próprias" irá o IEFP cobrir as minhas despesas médicas ?
Enfim, isto foi apenas a primeira parte da minha experiência de hoje com os senhores do IEFP Évora.
A segunda parte vem quando, depois de ser bem atendido pela Dra. A., ela me diz que vai resolver o problema brevemente, e me deixa com uma esperança, ao dizer (sem certezas) que provavelmente nem irei precisar da declaração, já que (diz ela) os dados entre Seg. Social, Finanças e Min. da Saúde estarão já cruzados, não existindo assim a necessidade da declaração, mas situação essa que teria obviamente que confirmar com o meu Centro de Saúde.
Antes de acabar o atendimento, a Dra. Amélia foi amável o suficiente para me facultar uma nota com o nome dela, contacto telefónico dos serviços, e pedindo para que ligasse no dia seguinte para saber da situação da minha declaração.
Estaria já o bendito e tirano sistema informático do IEFP com vontade de me deixar obter a declaração ? Sem mais demoras sai do edifício e liguei de imediato para o meu Centro de Saúde a fim de confirmar aquilo que tinha sido dito. Mais uma informação errada: os dados não estão cruzados.
Precisava mesmo da famosa declaração.
Dado isto, e não querendo ficar à espera do dia seguinte, tal como não confiando muito nas vontades do sistema informático do IEFP, resolvi pegar no telefone e ligar para o IEFP, querendo dar conta à Dra. A. dos novos dados, que irei mesmo necessitar urgentemente da declaração (no dia seguinte).
Aqui começou a desagradável e bizarra experiência telefónica com os serviços IEFP Évora.
Tentei ligar poucos minutos depois das 12h. Fiz várias tentativas em vão, sem que alguém tenha atendido o telefone dos serviços (uns bons 15/20 min).
Pensei: ok, hora de almoço, apesar de supostamente o serviços estarem a funcionar a esta hora ininterruptamente vou dar essa tolerância e voltar a tentar mais tarde.
Voltei a ligar pouco depois das 15h, onde estive mais uma vez uns bons 15 minutos a tentar constantemente ligar, onde ao final desse tempo, aparece uma voz do outro lado da linha.
Identifiquei-me e pedi para falar com a Dra. A. tal como combinado. Aguardei em linha, onde me aparece uma senhora, com ar pouco amigável a perguntar o que pretendia, ao qual eu respondi que queria falar com a tal Sra. Dra. A. Ao que ela me responde com ar seco e de poucos amigos que aquela nao era a linha dela, e o porquê de eu estar a ligar para aquele número (???)...
Depois de um momento que necessitei para digerir tudo aquilo, calmamente lá lhe expliquei o porquê da minha chamada, como também que não tinha sido eu a ligar para a linha directa dela.
Próxima fase: A Dra. A., depois de ter sido informada do que se tratava, disse que não podia atender-me no momento, e que ligasse dali a 10 minutos...
Apesar de contrariado (devido à dificuldade de conseguir ser atendido telefonicamente), nada disse e acatei aquelas instruções.
Voltei a tentar ligar, onde mais uma vez estive uns bons 20 minutos ate que me atendessem novamente, onde fui obrigado a perguntar à senhora que me atendeu, o porquê de estarmos aquele tempo todo à espera para sermos atendidos. A resposta da senhora foi do mais desagradável possível, onde me disse que não tinham só a minha chamada para atender, que a senhora estava sozinha no atendimento telefónico, e que se eu quisesse, que ligasse para a Seg. Social, so para ver se eles la nesse serviço me iriam atender sequer o telefone...
Fiquei sem palavras durante uns segundos, devido aquela magnifica atitude profissional, e no fundo, de educação cívica, mas voltei a mim onde disse calmamente à senhora que nao sabia porque me estaria a responder assim, e para alem disso não iria ligar para a Seg. Social porque de momento não precisava dos serviços deles.
Depois de eu contrapôr, dizendo que não entendia aquela forma nada profissional de atendimento, a Sra. telefonista “desafiou-me” a reclamar a quem de direito, para as pessoas que gerem, bem ou mal, aquele Serviço Público... Assim mesmo, como se de uma conversa de esquina se tratasse.
Lá me voltou a pedir para aguardar em linha, pois iria "novamente" passar a chamada para a extensão da bendita Sra. Dra. A.
Daí a 1 minuto surge de novo uma voz em linha...era a senhora que anteriormente me tinha perguntado o porquê de lhe estar a ligar para aquela extensão telefónica...(sim, isto é real, não é anedota nenhuma, apesar de parecer).
O que fazer perante todo este circo ? Sistemas informáticos que não funcionam (sem plano B), tempo de espera exagerado nos serviços telefónicos, funcionários pouco ou nada amigáveis e profissionais, etc, etc.
Bem... voltando à senhora incomodada com as minhas ligações para a extensão dela, lá lhe expliquei que não sou eu a ligar diretamente para ela, mas sim a telefonista (talvez seja boa ideia facultar um simples papel com as extensões telefónicas corretas à Sra. telefonista, ja que ela está claramente desinformada, pelo menos sobre esse assunto).
Neste momento surge do nada uma outra senhora, de nome M.J.C., onde pega no telefone e começa a falar comigo, tentando resolver o problema.
Tive que ouvir frases tais como "O Sr. quer que a sua situação seja resolvida de imediato mas isso não é assim", "Nao tenho tempo para estar consigo ao telefone pois estou a atender outra pessoa, e essa mesma pessoa, COITADA, nao tem a culpa desta situação" (E eu, tenho?), "Estou a fazer atendimento ao balcão, nao posso perder tempo com chamadas telefónicas" (Entao porque pegou no telefone?).
Entre estas e outras pérolas pouco amigáveis lançadas por esta Sra. M.J.C., onde o objectivo claro dela era o de me "despachar", e depois de também eu lhe ter feito ver que os serviços nao estavam a funcionar, e que nesta situcao, eu era a única parte lesada e nao eles, la a Sra. caiu em si, moderou o discurso dela, tentou desculpar-se culpando a telefonista que nao deveria estar a passar chamadas para os balcões de atendimento.
Confirmou o meu contacto e COMPROMETEU-SE a, depois das 16h, ir ver em concreto a minha situação e que me ligaria ate as 17h (hora em que o serviço encerra).
Podem adivinhar o que se passou de seguida.......é bastante óbvio.
Pois é, a tal Sra. Maria de Jesus não se dignou a ligar-me, faltando ao assim ao que ela própria tinha combinado comigo.
Desta forma, o IEFP de Évora continua a contabilizar pontos de ineficiência e alta escala de falta de Profissionalismo.
Neste momento, e devido a toda esta situação se tenha passado no dia de hoje, aguardo pelos próximos capítulos, não tendo grandes esperanças de que a situação se resolva ate ao dia de amanhã.
Veremos.
Estarei aqui amanhã para confirmar o desenrolar desta novela cómica e ao mesmo tempo dramática.

Estou de volta ao Portal da Queixa e a esta mesma queixa que efectuei acima, para referir e informar que depois desta ter sido encaminhada para quem de direito, fui contactado para comparecer aos Serviços acima referidos para que pudesse esclarecer a situação presencialmente.
Depois de ter sido amavelmente recebido pelo próprio Sr. Director do Centro, onde tivemos oportunidade de trocar várias opiniões sobre a situação em causa, fiquei com esperanças renovadas nos Serviços do IEFP Évora, e convencido de que certas pessoas ou atitudes pontuais (felizmente) não representam um Serviço em si, apesar de não deverem perder a noção de que o estão a representar a todo o momento.
Para além de tudo isto que se passou, uma coisa tenho a certeza: enquanto cidadãos falemos quando temos que falar e não nos calemos quando algo corre mal. É nosso direito e dever fazê-lo, para que tudo funcione de forma cada vez melhor e mais eficiente.
Obrigado “Portal da Queixa”.