Performance da Marca
11.4
/100
Insatisfatório
Insatisfatório
Índice de Satisfação nos últimos 12 meses.
Taxa de Resposta
11,5%
Tempo Médio de Resposta
1,6%
Taxa de Solução
10,9%
Média das Avaliações
22,9%
Taxa de Retenção de Clientes
25%
Ranking na categoria
Institutos Públicos
1 IEFP 89.1
2 IMT 87.8
3 IMPIC 75.2
...
IHRU11.4
Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana, IP
  • 217231500
    Chamada para a rede fixa nacional
  • Av. Columbano Bordalo Pinheiro, n.º 5
    1099-019 Lisboa
  • ihru@ihru.pt

IHRU - Porta 65, o que é?

Sem resolução
Alexandre Espírito Santo
Alexandre Santo apresentou a reclamação
17 de julho 2019

Antes de mais, refiro que o que escrevo aqui não se trata de uma reclamação, mas sim uma exposição de uma perspectiva, que é a minha, apesar do o estar a fazer no Portal da Queixa.

Há algum tempo, tomei conhecimento da existência do programa de apoio ao arrendamento jovem, Porta 65. Achei uma medida interessante e importante para jovens solteiros ou jovens casais que pretendem, estou certo, melhorar as condições de vida pessoais e quiçá nacionais, para não arriscar já nas mundiais. Esta medida, caso a nossa (Sara e Alexandre, jovem casal) candidatura fosse aceite, seria um enorme alívio para o nosso orçamento, dando origem a maior liberdade, visto que o que nos disseram na faculdade, que nos ia libertar financeiramente não faz assim tão bom trabalho como parecia que ia fazer, quando nos educámos ao longo do percurso académico que superámos há não muitos anos.

Lá nos candidatámos, mais ou menos na altura em que tomei conhecimento. A candidatura, admito, talvez não tenha sido elaborada com o zelo que o software exigia, nessa primeira vez. Passado o período de avaliação das candidaturas, verificámos, que infelizmente não tínhamos sido contemplados. No final de alguns meses acabámos por mudar de casa (com melhores condições), dentro da mesma cidade (Covilhã), e repetimos o processo com o maior zelo a que pudemos aceder na altura. Após o preenchimento de uma candidatura, que na minha opinião é pouco clara e quase enigmática nalgumas questões, submetemo-la. Após submissão verificámos a mensagem de "erro" que referia não ser possível finalizar o processo, esse erro prendia-se com valores de rendimento anuais do agregado para a região, serem demasiado altos. -São, altos, são. Eu e a minha namorada só queremos explorar o Estado, na verdade.- Submetemos na mesma, omitindo-me a mim da candidatura, apesar de no contrato constarem os nomes de Sara e Alexandre, tendo sido possível submeter a candidatura dessa forma, levando assim, infelizmente, a uma candidatura elaborada com um zelo que deixaria a desejar, mas tínhamos de experimentar, este programa parecia ser de facto uma ajuda, por isso tínhamos de tentar. Assim sendo, algum tempo depois da submissão recebemos o contacto por parte dos técnicos de apoio à candidatura, que nos pediram para esclarecer da melhor forma todas as questões que estariam em falta e assim o fizemos, tudo online. Contactámos então com o nosso gestor de candidatura por e-mails e por telefonemas. Quanto a este contacto tenho também uma perspectiva a relatar: não foi fácil. O gestor de candidatura estava claramente saturado de esclarecer questões referentes a estes processos, não o julgo, mas gostava que tivesse existido uma comunicação mais harmoniosa, esclarecedora e prestável, afinal, não nascemos com toda a informação do mundo, temos de a procurar ou esperar para que as entidades competentes sejam compreensivas o suficiente para que no-la dêem.
Um exemplo: sendo eu farmacêutico de profissão e se algum gestor, de alguma entidade, de algum Estado, me dissesse que queria uma aspirina para tratar a dor de estômago, eu teria, no mínimo, duas hipóteses:
-Cedia, porque é um medicamento de venda livre e deixava que o utente seguisse a sua vida.
-Dizia-lhe que tendo em conta que apesar de a aspirina ser um medicamento que trata a dor, não é um medicamento que ajude a tratar a dor de estômago, piorando-a, na maioria dos casos, cedendo assim, caso houvesse abertura por parte do utente, uma alternativa medicamentosa que, a meu ver e do meu conhecimento, lhe traria uma melhor solução para o problema de saúde apresentado.
Podemos ainda colocar aqui um extra, que, dependendo do decorrer da conversa ao longo do meu atendimento, seria:
-Atenção, talvez esteja a necessitar de equilibrar a alimentação diária e eventualmente perceber de que forma é que o seu dia a dia influencia o seu bem-estar gastro intestinal.
Temos então representadas duas/três abordagens (muito simplistas e só em jeito de exemplo) para o mesmo problema, que se prende principalmente com a falta de conhecimento do gestor na área da saúde (e não no facto de lhe doer o estômago), o que é normal, não nascemos com todo o conhecimento do mundo, temos de o procurar, ou esperar que no-la dêem da forma mais compreensiva possível.

No final de toda a troca de palavras e informação possível de trocar, apercebi-me que de facto a região onde estamos a habitar, contribuir e desempenhar todas as nossas actividades laborais e pessoais, por decreto Lei, tem valores de rendimento anual/taxa de esforço, cujo limite máximo é inferior à soma dos nossos rendimentos anuais, deixando-nos assim fora dos requisitos mínimos para obtenção desta ajuda e deixando o gestor sem qualquer possibilidade de intervenção, levando a uma situação compreensivelmente saturante de resolver, do ponto de vista de um gestor de candidatura e de dois candidatos.
Parece-me ser possível concluir que é através de um processo altamente matematizado e meramente estatístico, que são deferidas ou não, estas candidaturas, sem ligar à realidade in loco, sem perceber as perspectivas, sem a possibilidade de auscultar eficazmente os candidatos. Eu sei o que eu e a minha namorada recebemos, sei o que gastamos, sei o que contribuímos, sei que tal como qualquer cidadão merecemos uma habitação digna e sei as implicações orçamentais, que neste momento, uma habitação digna representa e sei que através de melhores conhecimentos burocráticos, seria possível eu e a minha namorada obtermos esta ajuda do Estado.

De que forma está a ser fomentada a descentralização? Como podem os jovens e os não tão jovens contribuintes singrar na comunidade? Na região? No país? Como podemos de facto ser apoiados sem que nenhuma característica individual seja preponderante?

Como disse no início, tomei conhecimento da Porta 65 já há algum tempo, através de conhecidos, com um conhecimento burocrático muito superior ao que nós possuímos, a situação financeira dos mesmos é ligeiramente mais abastada que a nossa (se é que se pode usar esse adjectivo), no entanto a candidatura terá sido aprovada, tendo este relato a validade que lhe quisermos e pudermos dar.

Daí colocar a questão: Porta 65, o que é?

É suposto que sejamos ajudados e não criticados, nestes processos, daí reforçar a ideia de relato de perspectiva e nunca o de apresentação de uma reclamação. Posto isto, quero sem dúvida reiterar que estou a pretender uma solução e não apresento aqui um "tomem, arranjem-me solução! Não fui eu que criei o problema, desenrasquem-se!", esta posição pode ser adoptada por muitos e entendo que seja o facto de acreditar que será este o ponto de partida, para que no final acabemos por não conseguir funcionar nem fazer os mecanismos funcionar realmente Bem!

Com os melhores cumprimentos,
Alexandre Espírito Santo

Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 17 de julho 2019
Esta reclamação foi considerada sem resolução
Comentários
Esta reclamação ainda não tem qualquer comentário.