IKMF Portugal - Mau serviço prestado em Krav Maga

Exmos Srs,

Sou aluna do dito instituto desde Janeiro. Desconhecedora total de qualquer arte de combate, comecei de menos do 0.

Este senhor é um menino de 19 anos ao qual foram desvalorizadas algumas atitudes que me deixavam desconfortável, como gozar com a minha reação em algumas situações, bem como numa turma cheia de pessoas pedir-me para repetir a palavra kidá sozinha porque sou tímida e falo baixo.
Estas entre outras atitudes deixaram-me pouco confortável nas aulas dele, mas não sabendo a forma correcta de agir, optei por começar em tom de brincadeira a apelidá-lo de racista, dizer que ele me fazia bullying e que era machista. Tudo adjectivos pouco positivos e que esperava eu servissem de travão e começaram a servir.

Na terceira semana de Maio foi uma colega de outra turma assistir à nossa aula. No fim da aula, a colega dirigiu-se a mim a perguntar se achava piada ao instrutor e que parecia que era altura de "ir dar umas voltinhas com ele". Serviu-me de sinalizador por ser uma pessoa casada e optei por continuar pela estratégia do "racista" e agravá-la. Tenho comprovativo do grupo de MSN que tenho com os meus colegas em como apelidei sempre o instrutor de racista, porém sempre o defendi como instrutor. É um adjectivo com uma conotação horrorosa e que não deve ser aplicável a alguém que é nosso professor. No entanto, nada surtiu e acabei por começar a pedir-lhe directamente para parar. Após termos repetido 3 aulas diferentes a técnica head lock, eu ainda não tinha percebido que a forma correcta de sair da técnica era ir em posição de combate e fazer scan, ou seja olhar para trás. Duas vezes fui gozada pelo instrutor até que em tom mais sério lhe pedi que me ensinasse se queria ver outro tipo de actuação.

Sou psicóloga e trabalho com meninos com doença mental. Num dos meus dias de trabalho em que um dos meninos esteve com uma crise, acabou por me mandar com algumas cadeiras em que uma das quais me acertou. Tendo em conta que andava numa aula de defesa, pedi ajuda ao meu instrutor de defesa que foi correctíssimo e aí ajudou-me. Como recompensa e como decido quem trabalha comigo ou não, pedi-lhe um orçamento para uma pequena formação de horas a um grupo de 10 adultas. A resposta disso foram insinuações de que eu estaria interessada de um ponto de vista amoroso pelo instrutor, quando o meu objectivo foi bem claro. A isso se chama de falta de profissionalismo.

Desde Março que o dito instrutor me pede para me inscrever para graduação, um exame que custa a módica quantia de 110 euros. Na terceira semana de Maio e após mais uma conversa sobre o assunto onde me foi assegurado que passaria, optei por me inscrever. Depois de ter andado até à data de hoje a pedir que me fosse marcada a dita graduação, foi-me finalmente explicado que ainda não me encontrava em condições. A mudança foi simplesmente o pagamento da graduação, continuei a estar presente nas aulas e até mais empenhada após o pagamento da graduação. Pedi educadamente a devolução do dinheiro, que me foi recusada de forma parcial pelo director por dizer que comprei um pack e não apenas o exame. Considerarei isto uma burla por parte do instrutor E.B. e existem procedimentos legais que já irão ser tomados hoje. O director do IKMF teve sempre uma postura adequada no que diz respeito a este assunto. Foi inclusive referido tanto ao instrutor como ao director que aceitaria uma data até 2019 mas que queria conhecer a data da minha graduação. O facto de haver um prazo limite leva a um maior cuidado da parte do aluno, leva a uma maior atenção. Para além disso e dado que nem sequer houve o cuidado de me ser apresentado um orçamento para o meu pedido de formação para a minha empresa, optei por contactar outro instituto de krav maga que resolveu o assunto e ficou nosso parceiro. Foi explicado ao instrutor que a partir de Setembro e por questão de transmitir também confiança no instituto que escolhi para trabalharmos aos pais, me iria mudar para o novo local.

Foi referido ao dito instrutor que estava a fazer um esforço para estar presente nas aulas. Foi combinado com o dito instrutor que todas as aulas de quarta feira seriam com incidência na graduação. Por terem entrado alunos novos para a turma, não houve nenhuma aula com a intensidade de preparação para a graduação como os meus colegas anteriores tiveram direito durante as aulas de quarta feira. Exigi apenas respeito pelo meu esforço e pedi simplesmente que me tivesse sido explicado isso. A resposta do dito instrutor foi que não devia explicações a ninguém, que era ele que decidia o que fazia nas aulas.. Muito bem, então não se devia comprometer também com algo que não pode cumprir. Não dizia nada, chegava ao dia e dizia que aquele era dia de preparação. Fazia trabalho diferenciado, punha-me a trabalhar com um graduado ou simplesmente assumia que não conseguia fazer naquele momento e eu teria sido sincera e teria pedido o adiamento da graduação. Palavra dada é palavra cumprida, é este um dos parâmetros de se ser profissional. É este um dos parâmetros de consideração pelos alunos. Eu própria dou aulas e tenham 5 anos ou 60, tenho sempre o cuidado de dar a minha palavra como única. Todas as atitudes teriam sido mais positivas do que a tomada. Para além disso, resolveu dar conhecimento à turma de um problema que deveria ser resolvido entre mim, ele e o director do IKMF. Tal atitude demonstra bem a imaturidade do dito instrutor, bem como a falta de profissionalismo já referida. Foi a primeira vez que um cliente tendo um assunto a tratar com um técnico em específico é convidado a expô-lo perante a turma.

Existiram 2 actividades, 2 aulas diferentes em feriados, um em Abril e outro em Maio e a nossa turma que teria direito de ir assistir ou participar e nunca foi informada. Foram colocadas várias questões por mim ao instrutor sobre rolamentos e sobre diferenciações de filosofias num grupo que tinha com a minha turma no MSN Messenger, às quais o dito instrutor nunca respondeu. No entanto, leu todos os comentários que existiam no grupo e partilhou várias informações da sua vida pessoal tal como o facto de ter um gato. Esta atitude também demonstra bem a maturidade do instrutor, que deveria ter uma maior supervisão da que teve. Consigo compreender que não tivesse interesse ou conhecimento suficiente para fazer chegar a resposta pronta via MSN. Mas as aulas existiram e eu estive presente.

Durante as nossas aulas, o instrutor pede sempre a um aluno mais antigo que se dirija à frente para que possa demonstrar as técnicas. Eu peso 53 quilos e meço 1.64 e nunca fui chamada à frente, excepto quando e por não me parecer correcto tratamento diferente e após uma aula expus o problema de forma mais cordial no grupo e aí houve uma mudança de atitude da parte do instrutor. Não consigo perceber a definição de prioridades deste instrutor, nem a sua definição de profissionalismo ou ética.


Após toda a exposição dos factos, agradeço que me indiquem o melhor caminho a seguir. A meu ver existem aqui várias faltas de consideração, profissionalismo, ética e respeito pelo outro que deverão vir a ser penalizadas. Porém o dito instrutor é bastante imaturo mas tem competências pedagógicas embrionárias bastante interessantes que poderão vir a despoletar e a ser um bom instrutor. Como referi anteriormente, eu própria como forma de o recompensar por um trabalho que não era dele, lhe ofereci uma formação de 10 pessoas que passaria em momento maior para um instrutor de maior conhecimento, tal como foi referido ao instrutor E.B. e do qual tenho prova. No entanto, não tenho que ser penalizada com a perda de 110 € pela sua imaturidade e gostaria de conhecer o melhor caminho para os ter de volta.


Ainda acrescento que após ter enviado um e-mail para a Federação, recebi uma SMS do director do IKMF com o seguinte contexto: "clara a FPKM é uma associação igual à IKMF não é federação é uma associação. Por revelares o conteudo da nossa conversa a uma entidade concorrente vou entregar isto à minha advogada para proceder judicialmente e criminalmente contra ti sem mais outro assunto estamos conversados definitivamente até ordem judicial em contrário".


Grata pela atenção




Clara Salvado

Formadora e Psicóloga Clínica, Social e das Organizações
Cédula n.º 20309