Em Fevereiro estive no IMT para solicitar minha carta de condução brasileira. Tenho dupla cidadania desde 2011. Estive no IMT e entreguei toda a documentação exigida na lei. Minha documentação foi aceita, sem questionamentos e sai de lá com a carta provisória em mãos na qual consta que toda a documentação foi entregue. Contudo, dois dias depois da entrega da documentação recebo um telefonema de um funcionário do IMT a solicitar o meu bilhete aéreo para comprovar assim, a fixação da minha residência. Mencionei que já não o possuia. Onde o funcionário solicitou que eu verificasse meu e-mail que lá encontraria cópia do bilhete. Contudo, como utilizo meu e-mail como ferramenta de trabalho, e uma vez que o serviço já havia sido utilizado eu o havia excluído. Sendo assim, o funcionário disse que não seria possível a entrega da minha carta. Fui ao IMT do Porto e solicitei conversar com a delegada responsável, mencionei o ocorrido no IMT da minha localidade e ela me disse que existe uma diretriz interna (e que é de conhecimento do IMT da minha localidade) que uma vez que se queira solicitar a troca da carta de condução estrangeira e se apresente os documentos exigidos pela lei, não existe a necessidade de apresentação de nenhum outro documento.
Mesmo assim, compareci ao IMT da minha localidade com documento que comprovam (o IMT possui cópia destes documentos também) que desde 2011 possuo residência em Portugal. Isto quer dizer que possuo residência cá 3 anos antes da emissão da minha carta de condução no Brasil. O mesmo atendente mencionou que a delegada da minha localidade analisaria minha documentação e eu obteria assim uma resposta o mais breve possível.
Passado 30 dias do meu comparecimento ao IMT, recebo a "visita" de um polícia no meu local de trabalho, solicitando meus documento de identificação e comprovante de morada. Apresentei meu cartão cidadão e por sorte tinha em minha bolsa uma conta de luz que havia pago naquele mesmo dia que comprovavam minha morada. O polícia tinha em mãos um e-mail do IMT da minha localidade solicitando que o mesmo verificasse a veracidade dos meus documentos. Documentos estes que foram entregues a este mesmo orgão. O polícia conferiu os dados do meu cartão cidadão e comprovante de morada com os dados que constavam no e-mail verificando assim, visualmente a sua veracidade. Disse que estava tudo certo e que confirmaria estes dados com o IMT. O que me questiono é que se o IMT já possuia estes dados, os quais em nenhum momento foram postos a prova, porque solicitar a polícia que os verificassem. Me senti totalmente envergonhada frente a minha chefia e também por colocarem em dúvida a veracidade da minha documentação.
Me senti uma criminosa, falsificadora de documentos. Contudo, saliento que não infrigi nenhuma lei e que entreguei toda a documentação exigida pela lei.
Acho estranho também o fato de que que esta dúvida quanto a veracidade da minha documentação só se tenha dado a partir do momento em que não entreguei um documento que não é em nenhum momento exigido pela lei.
Sendo assim, sigo aguardando o desfecho deste processo, contudo, quase certa de que outros documentos podem a virem serem solicitados.
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