Venho por este meio expor o meu profundo desagrado pela minha experiência na escola de condução “Seixalinho” no Barreiro.
A minha inscrição na escola supracitada tomou lugar em julho de 2019, tendo feito o pagamento da totalidade do valor da carta de condução da categoria B nesse momento, no contexto de uma campanha promocional da escola. Nunca recebi nenhuma cópia do contrato que assinei.
Os primeiros problemas começaram a surgir devido à grande dificuldade na marcação das aulas práticas que eu tinha de realizar obrigatoriamente antes de me poder submeter a exame de código, após já ter assistido a todas as aulas teóricas. Depois de bastante insistência da minha parte, consegui marcar as primeiras oito aulas com a instrutora Cláudia, aulas estas que correram muito bem e com as quais fiquei bastante satisfeita.
Após a realização das primeiras oito aulas práticas, fui tentar inscrever-me para exame de código. Devido à situação pandémica e ao elevado número de alunos da escola, demorei mais de um mês a conseguir vaga para realizar o exame teórico, ao qual fui aprovada em agosto de 2020.
No seguimento da minha aprovação no exame teórico, tentei marcar as aulas de condução subsequentes e os problemas voltaram a surgir. Apesar de estar disponível todas as manhãs e praticamente todos os dias em horário pós-laboral, colocaram-me sempre obstáculos à marcação das aulas. Depois de bastante insistência da minha parte, e mais de três meses após ter tido a minha última aula de condução antes do exame de código, consegui uma marcação, mas com outro instrutor e noutro veículo. A aula foi deplorável. Depois de mais de três meses sem conduzir por indisponibilidade da escola, a cada erro que eu cometia na condução, o senhor instrutor, que se apresentou como “Cardoso”, relembrava-me que os meus pais “não iriam ficar felizes por terem de pagar mais aulas e um novo exame”, uma vez que, segundo o senhor, eu iria certamente reprovar no exame prático.
Realizei duas aulas com esse instrutor e, após mais dificuldades na marcação de novas aulas, o meu instrutor foi novamente alterado, tendo iniciado aulas com o instrutor Lino, que é também o dono da escola. Inicialmente, as aulas começaram por correr bem. Passado pouco tempo, começaram os problemas. Primeiramente, as aulas que seriam de, supostamente, 1 hora, nunca tinham o tempo estipulado, sendo que a maioria delas durava pouco mais de 30 minutos. Em segundo lugar, o método de “ensinar” do instrutor consista em gritos constantes, tendo chegado a abrir a porta com o veículo em andamento e insistindo para que eu fizesse manobras que ele não me tinha ensinado a realizar. No final das aulas, referia que eu era “muito nervosa”. Em terceiro lugar, a maioria das aulas era passada com o instrutor ao telemóvel a tratar de assuntos pessoais, muitas vezes em tom exaltado. Em quarto lugar, como o instrutor é dono da escola, nunca assinei folha de presenças e as medidas de higiene e proteção em vigor devido à situação pandémica não eram cumpridas, sendo que o instrutor raramente usava máscara de proteção durante as aulas e nunca vi o veículo a ser desinfetado, ao contrário do que acontecia com outros instrutores.
Para além de todas estas situações que decorriam durante o ensino prático, aconteceu, em mais do que uma ocasião, confundirem os horários das minhas aulas, após toda a dificuldade na sua marcação. Numa dessas ocasiões, cheguei a realizar a minha aula de condução em simultâneo com a aula de motociclos, o que, segundo sei, não é permitido por lei.
Acabei por realizar apenas 19 aulas nesta escola, tendo decidido pedir transferência para outra. Não fui reembolsada em nenhum valor pelas 13 aulas não lecionadas. Toda esta situação trouxe-me um enorme prejuízo, tanto a nível monetário, emocional e de tempo.
Agradecia que avaliassem a situação.
Data de ocorrência: 16 de maio 2021
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