Em minha casa a fazer o jantar, eram 20:45 de hoje, dia 22 de Janeiro 2015, estava eu na cozinha a fazer a janta e ouço, vindo do andar de cima: "sua putx, não voltas a fazer isso, eu é que mando cá em casa!" e móveis a bater como se tivessem todos contentes a fazer mudanças.
Nisto lembro-me de há uns meses atrás estar a sair de casa e encontrar 2 PSP's a fazer perguntas aos meus vizinhos e também a mim, se sabíamos de maus tratos à vizinha de cima cometidos pela filha, aqui no prédio. Todas as senhoras disseram que sim, foram inclusivamente a Âlcântara testemunhar num processo que entretanto foi arquivado.
Btw, a vizinha TEM MAIS DE 80 ANOS, NÃO TEM PERNAS abaixo do joelho, devido a uma operação que foi obrigada a fazer... Anda de CADEIRA DE RODAS!
Em Novembro os agentes voltaram cá e recomendaram-me que, como vizinho de baixo, ligasse imediatamente para a polícia caso ouvisse alguma coisa de suspeito.
E assim foi, ouvi-os a fazer as tais mudanças e aquele simpático discurso e liguei!
Liguei de novo para o 112, cerca das 22:10 e perguntei se vinham mesmo ou se andavam a passear por Lisboa, ao que o indivíduo responde "Não, andamos mesmo só a passear!" Grande resposta que justifica tudo aquilo que NÓS PAGAMOS e que se calhar não devíamos mais pagar! É uma situação embaraçosa para o INEM, depois não digam que não têm ajuda dos moradores nos bairros problemáticos ou não problemáticos, Parece que só trabalham das 10h00 às 19h00 em dias úteis, e mal. É incompetência e falta de brio profissional!
Só por curiosidade sabe que quando se liga para o 112, a chamada não vai logo para o INEM, sabe não sabe?
Primeiro é atendido pela PSP e depois da PSP (se necessário) é que passam para o CODU, que é o INEM...
Por tanto, a sua reclamação deveria ser dirigida ao 112 e não propriamente ao INEM...
Agora comentando a queixa, realmente fazem tanta propaganda para uma pessoa denunciar violência doméstica e depois quando se liga apra denunciar, acontece isto... É realmente "chato"...
A questão da violência doméstica(VD) é , como sempre, mais fogo de vista. Pois anunciam-se uma séria de medidas de proteção às vítimas, etc....tudo com "pompa e circunstância", mas a verdade é que se trata quase sempre de "laranjas sem sumo". Pois não existe resposta efetiva de proteção às vítimas, não existe detenção ou impedimento de aproximação do agressor à vítima. O mais próximo que existe disso são as "providências cautelares", quando são efetivas. E mesmo sendo ninguém está em condições para assegurar o seu cumprimento por parte do agressor. Quando se tratam de doenças mentais, as estruturas que supostamente existem para dar resposta e tratar.....também não o fazem. Resumindo: Existem muitos "mecanismos" e "respostas" mas é "31 de boca", porque na prática que é vítima de VD vai continuar a sê-lo até que , um dia, o desfecho seja o pior. A única forma de alterar de vez esta situação é a efetivação de medicas que atualmente apenas estão nas palavras e não nos atos. Prisão/detenção para o agressor, por exemplo.Mas ,por outro lado, desconfio que se assim fosse haveria logo uma "floresta" de indivíduos na sociedade a defender que os "coitados" dos agressores também não podem ser tratados de determinada forma.....
Para deixar o seu comentário tem de iniciar sessão.