De profunda consternação e sentimento descriminatorio e ofensivo em todos os aspectos a forma como me sinto. Minha esposa é uma mulher de mobilidade reduzida pelo que necessitamos de um tiralô para que a mesma possa frequentar e usufruir seja de que praia for ao longo do nosso país. Nas praias do carvalhal, comporta apesar da disponibilidade dos nadadores em tentarem apoiar e tornar o dia melhor possível, apesar da situação que vivemos de covid o acesso ao mar e o direito de uso de todos jamais pode ser negado a qualquer cidadão. Se existem medidas para pessoas de mobilidade normal tambem têm de existir as mesmas condições e regras para pessoas sem o uso das pernas. Após vários kilometros a procura em várias praias encontramos em Tróia uma alma caridosa que nos emprestou um tiralô desinfectado, em que eu próprio fiquei o dia todo a imaginar se mais alguém como eu esta a percorrer o nosso país a procura de um acesso ao mar, e mesmo na praia que estou a frequentar se alguém a seguir viria ou não a precisar do mesmo dado ser o único disponível. Eu questiono se um dia a vida não dá voltas nunca antes pensadas, e os senhores que decidem estas situações terão ou não o mesmo sentimento que eu tento descrever agora. Com a maior brevidade os senhores de direito revejam esse acesso porque todos nós temos direito ao mar, com ou sem pernas.
Data de ocorrência: 27 de julho 2021
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