Boa tarde,
No passado dia xx/xx/2017, tive a necessidade de me dirigir a um serviço de Conservatória Civil com fim de renovar o meu Cartão de Cidadão. Como resido no concelho do Seixal, acabei por me dirigir à Conservatória do Registo Civil do Seixal.
Dado que tenho um filho de 1 ano de idade e que não tinha nesse dia a possibilidade de deixá-lo com os Avós ou num Colégio, ele foi comigo. Estando ele a dormir acabei por o levar no carrinho de bebé. Dirigi-me à rampa que afinal apenas me dava acesso à entrada do Tribunal e perguntei a um Segurança do edifício como poderia fazer para renovar o meu Cartão de Cidadão. O mesmo, informou-me que o único acesso ao Registo Civil era pelas escadas, pois o edifício encontra-se em obras. Qual não é o meu espanto que quando me dirijo à escadaria deparo-me com dois enormes vãos de escada e inclinados, que não me permitiam descer as mesmas de carrinho, em segurança, pedindo assim auxilio a um cidadão que ia a passar.
Quando me dirijo ao dito serviço e me apresento como atendimento Prioritário, deparo-me que, mesmo tirando a senha, a prioridade que se encontra à minha frente é uma família com crianças de cerca de 8/10 anos. Mesmo assim esperei pela minha vez. Quando finalmente sou atendida, o programa informático vai abaixo e deixa de ser possível renovar o cartão de cidadão. A funcionário sugeriu-me que esperasse e eu acabei por aceder. Mais tarde o servidor volta a funcionar, e consegui renovar o cartão.
Quando saio, logicamente tenho novamente de pedir a alguém que me ajude a levar o carrinho de bebé pelas escadas.
No dia em que vou levantar o meu novo Cartão de Cidadão, já prevenida dos primeiros episódios, acordei o meu filho e levei-o ao colo, contudo a máquina das senhas não se encontrava a funcionar e estava uma enorme confusão instalada no serviço e para ajudar com o servidor informático “lento”. A minha questão, aqui é, como é que num serviço público não há acesso a carrinhos de bebé, cadeiras de roda, pessoas com mobilidade reduzida, ou como é que num edifício tão grande, não há não só agilidade para instalar uma rampa provisória ou salas provisórias no piso térreo?
Aproveitando este espaço para reclamação, o sistema informático do Registo Civil é assim tão pesado para avariar constantemente? As funcionárias têm as suas funções limitadas ao sistema informático que não possam ir orientando os utentes ou mesmo tentar responder a algumas questões que até nem necessitam de sistema informático? Será que não têm instruções de como proceder em caso de falha no dispensador de senhas?
Como cidadão e contribuinte deste País questiono-me como é possível acontecer este tipo de situações em pleno século XXI e para tarefas simples, num país avançado como o nosso.
Teresa Rita Amorim
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