Quero reclamar formalmente sobre o produto que me foi vendido na loja da istore do Parque Nascente, e da forma negligente, nada profissional e constante tentativa de me enganar, do serviço prestado.
1. Em novembro de 2020 adquiri na loja do Parque Nascente um iPhone SE de segunda geração. Apesar de venderem equipamentos recondicionados a preços mais competitivos, decidi adquirir um equipamento novo, em primeira mão.
2. Em março de 2021, cerca de 3 meses após a compra, o telemóvel deixou de funcionar. Apareceu uma mensagem a indicar que o equipamento tinha uma bateria falsa e deixou de funcionar normalmente. Mantinha-se ligado apenas por poucos minutos sem atividade e desligava-se quando atendia uma chamada ou manuseava. Era impossível de o utilizar.
Desloquei-me à vossa loja no Gaia Shopping a pedir esclarecimento sobre o que se estava a passar com o meu telemóvel que comprei novo e que me indicava agora que tinha uma bateria falsa e tinha deixado de funcionar.
Disseram-me que o telemóvel apresentava uma lasca no canto superior do visor e que apesar de pequena e nada ter que ver com o que o telemóvel se queixava que não o poderiam colocar na garantia.
Para poder avançar com a garantia teria que colocar um visor novo com um custo de cerca de 140€.
Fiquei obviamente perplexa com o que me estava a ser proposto visto que o meu telemóvel se queixava de ter uma bateria não original. Toda a comunicação feita era numa tentativa de me manipular, tentado ultrapassar a lei portuguesa.
A minha queixa era que comprei um equipamento novo na vossa loja que me indica que tem uma peça falsa e vocês dizem-me que tenho que gastar cerca de 140€ para verificar. Para além de a queixa nada ter que ver com a pinta no canto superior direito do visor.
Escrevi no livro de reclamações da loja e até ao momento não obtive resposta à reclamação feita.
3. Desloquei-me à loja onde comprei o equipamento para resolver esta situação, a loja do Parque Nascente, e após muito insistência minha aceitaram ver o telemóvel e disseram-me que o telemóvel não tinha nada que apenas tinham feito uma reinstalação do sistema operativo e que o problema tinha desaparecido. Fizeram isto sem qualquer custo porque constataram que o problema nada tinha que ver com o visor e que a minha reclamação era sobre a falsa bateria.
4. Em Maio de 2021 voltou a aparecer o problema. O telemóvel deixou de funcionar aparecendo a mesma mensagem de que a bateria era falsa.
Fui novamente à loja do Parque Nascente para verificarem o equipamento e tentaram novamente cobrar-me para analisarem o telemóvel com a indicação de bateria falsa. Sendo um telemóvel novo comprado nas vossas instalações claramente me deixou bastante desconfortável. O próprio equipamento a queixar-se e eu a começara. Acreditar que me venderam um telemóvel recondicionado ou mexido em vez de um novo tal como contratei e paguei.
Novamente foi muito difícil comunicar convosco tentando por várias vezes converter-me a colocar um visor novo no telemóvel para verificarem o que se passava. Após várias “chatices” que me incomodaram bastante e cada vez me deixavam mais desconfortável e desconfiada do serviço prestado, aceitaram ver novamente o meu telemóvel.
No final de Agosto fui contactada telefonicamente pelo técnico que analisou o telemóvel a dizer que o equipamento que me venderam tinha defeito sem solução e que teriam que me dar um novo equipamento. Para poderem dar-me um novo equipamento teria que substituir o visor do telemóvel com defeito irreparável com um custo de 139,99€.
Isto pareceu-me bizarro, no minimo. Então vão colocar um visor novo num equipamento que vai para o lixo?
Isto não faz sentido ambientalmente nem financeiramente (para vocês financeiramente compreendo que faça muito sentido).
Pedi para me enviar um email com tudo por escrito.
A troca de emails com o departamento técnico da iStore prova as constantes tentativas de me enganar, chegando a um ponto em que o técnico refere o seguinte: "Relativamente à questão colocada, é debitado o valor do componente em virtude dos danos existentes, não será colocado um écran num equipamento danificado."
Portanto, que me iriam cobrar por uma componente e serviço que não iriam prestar. O que referia desde o inicio é aqui comprovado. A necessidade do novo visor era falsa porque não iriam colocar e iria ter direito à garantia na mesma.
Para além de não serem claros nos relatórios que escrevem.
Novamente, senti que me estavam a tentar enganar.
5. Após pagar o novo visor contra a minha vontade, o que deixei explicito, e sentindo-me mais uma vez enganada disseram-me que poderia ir à loja levantar o novo telemóvel.
Acrescento aqui que a fatura emitida referente a este serviço não tem no descritivo que foi um visor mas sim adiantamento.
Lá fui e qual não foi o meu espanto, para não dizer choque, quando me entregam um telemóvel aberto, cheio de bolhas de ar por baixo dos plásticos que o protegem, claramente violado. Questionei o funcionário o que era aquilo que não era um telemóvel novo. Disse-me que sim, era novo e que tinham aberto apenas para verificar se estava tudo bem.
Eu disse que o telemóvel novo que comprei vinha numa caixa fechada e inviolável e que este era um telemóvel aberto e que não era novo. Mais uma vez a minha desconfiança era total.
Como poderia uma loja estar a dizer-me que era um telemóvel novo quando claramente não era.
Não aceitei o equipamento e pedi para falar com a gerência.
A gerência após insistência minha disse-me que o telemóvel não era novo, era recondicionado e que era o modo de trabalhar deles.
Mais uma vez sentido enganada. Sempre a tentarem enganar-me.
Todos os meus direitos enquanto consumidor a serem violados.
6. No dia 12 de outubro de 2021 estive na loja do Parque Nascente e falei com o gerente da loja, André Alves a quem comuniquei que queria resolver o contrato de venda e que me fosse devolvido do montante do telemóvel que adquiri e que me foi vendido com defeitos de fabrico.
Até à data de hoje não me foi dada qualquer resposta e não me foi feita a restituição do montante do telemóvel que, ainda têm em vosso poder.
Foi-me indicado pelo próprio que seria contactada pelo departamento legal mas até à data não recebi qualquer contacto e estou privada do equipamento que adquiri, um iPhone SE (2.ª geração).
Como dei conhecimento pessoalmente ao gerente da vossa loja e que também deixei por escrito em email enviado dia 13/10/2021, não aceitava o que me estavam a propor – entrega de um telemóvel em segunda mão ou Lao que aquilo é – e que o que o que pretendia era a resolução do contrato, e que me fosse devolvido o montante que pague pelo equipamento.
Como é certamente do seu conhecimento, a lei portuguesa prevê estas situações e o direito que tenho em garantia é a escolha entre uma das seguintes opções:
• reparação
• substituição
• redução adequada do preço
• resolução do contrato
A minha decisão é a resolução do contrato.
Quero que me seja devolvido, com a maior brevidade possível, o valor do equipamento estragado.
Assim, exijo que me indiquem em que dia devo dirigir-me à loja, ou outra forma combinar, para entregar a embalagem original com os restantes componentes, (visto que têm o telemóvel em vosso poder desde o dia 24 de Agosto), para que me seja devolvido o montante de 499€.
Apesar de em loja ter tentado convencer-me de que não tinha os direitos que indiquei que tinha e que a Apple não trabalhava desta forma (seja lá que isto quer dizer), partilho consigo a página da Direção Geral do Consumidor, do Governo Português sobre a lei das garantias e ainda as páginas dos decretos-lei.
Direção Geral do Consumidor
https://www.consumidor.gov.pt/pagina.aspx?f=1&lws=1&mcna=0&lnc=undefined&parceiroid=0&codigoms=0&codigono=61916283AAAAAAAAAAAAAAAA
Diário da República Portuguesa
Decreto-Lei n.º 84/2008
https://dre.pt/pesquisa/-/search/223630/details/maximized
Diário da República Portuguesa
Decreto-Lei n.º 67/2003
https://dre.pt/pesquisa/-/search/249259/details/maximized
Governo Português
https://eportugal.gov.pt/cidadaos-europeus-viajar-viver-e-fazer-negocios-em-portugal/direitos-do-consumidor-em-portugal/garantia-de-produtos-comprados-em-portugal
Por mais incrível que possa parecer, estou a fazer reclamações deste equipamento desde o dia 15 de Março de 2021 e que toda esta situação já me causou e continua a causar um enorme transtorno.
Neste período de tempo tive uma gravidez de risco, parto e pós-parto que me impossibilitou de exigir com mais força que os meus direitos fossem cumpridos.
Isto que estou. referir é completamente errado porque as queixas e reclamações que fiz deveriam ter sido tratadas com todos s meus direitos respeitados e não exigirem que eu tenha que ter capacidade para me chatear mais e exigir com mais força o óbvio.
Já passou mais de um ano e vocês têm o meu equipamento, não responderam às minhas reclamações e remetem-se ao silêncio.
Isto é inadmissível.
Não compreendo como uma marca com um posicionamento destes tem um pós venda com esta falta de qualidade. As interações que tive com a iStore têm sido pautadas pela constante sensações de tentativa de me enganarem e violarem os meus direitos, para além de constantemente ignorarem os meus contactos e não darem resposta às minhas reclamações.
Aguardo uma resposta urgente a esta reclamação e exijo a sua resolução imediata.
Com os melhores cumprimentos,
Marta Garrido
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 23 de junho 2022
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