Joaquim Chaves Saúde - Atendimento inadequado à situação de pandemia covid

No passado dia 1/7/2020, às 11 horas, dirigi-me à Clínica da Joaquim Chaves Saúde (Análises Clínicas) na Rua Tomás Ribeiro, n.º 6C, em Lisboa (Picoas) para realizar o teste Covid. Dois dias antes, uma funcionária da Joaquim Chaves (não fixei o nome) tinha-me informado telefonicamente do horário de atendimento para realização do teste: das 8h às 12h, todos os dias úteis, e atendimento em função da ordem de chegada. Não era possível fazer marcação.

Quando cheguei à Tomás Ribeiro, no dia 1/7/2020, às 11h, sou informada pela funcionária da recepção de que o horário entretanto tinha mudado. Passou a ser das 13h às 17h, sempre sem marcação, em função da hora de chegada. Disse-lhe que uma sua colega me tinha informado, dois antes, de que o horário era das 8h às 12h. Pediu desculpa, mas disse que também ela, só ontem, recebera informação da Administração sobre a alteração do horário de atendimento.

Decidi aguardar naquela zona de Picoas e às 12h dirigi-me novamente àquela clínica para fazer o teste Covid. A Clínica estava fechada, mas já havia três ou quatro pessoas a aguardar a vez. Uma senhora à porta, outra mais atrás debaixo de uma árvore, outro senhor à entrada de um prédio. Era meio-dia, 1 de julho, 30 graus e Sol abrasador.

As funcionárias só abriram a Clínica precisamente às 13h e a fila de utentes para ser atendida já era bastante mais comprida, cerca de 20 pessoas, formando uma fila no passeio, tentando proteger-se do Sol ao longo da rua Tomás Ribeiro.

Recordo que o teste a realizar era para saber se se tinha Covid, uma doença altamente contagiosa, em contexto de pandemia. Não sendo o teste obrigatório, quem o ía fazer, era porque pensava ter estado em situação de risco, podia estar ou não infetada, mas a probabilidade de estar era elevada. Todos ali, em «ajuntamento», à porta da clínica, obviamente com máscaras, mas em contacto com os transeuntes que passavam na rua, numa zona movimentada da cidade de Lisboa. Acrescento que o valor do teste é de 100 euros.

Em conclusão, parece-me que não é a forma apropriada de tratar os utentes, deixando-os (não à chuva e ao frio), mas ao calor e ao sol abrasador do meio-dia de julho, em Lisboa. Por outro lado, em contexto de pandemia parece-me um atentado à saúde pública permitir (e promover) o ajuntamento de pessoas que potencialmente poderão estar infectadas com Covid, numa artéria do centro de Lisboa.

Gostaria de saber por que razão a Joaquim Chaves não aceita marcações para a realização deste tipo de teste. Numa altura em que quase todos os serviços são prestados mediante marcação.

Fico a aguardar o vosso esclarecimento.

Com os melhores cumprimentos,

Alexandra Basílio