No passado dia 28 de julho de 2018, dirigi-me à secção da Peixaria e tirei uma senha como assim está indicado fazer, para sermos atendidos. Encontrava-me a fazer compras neste recinto, pelo que tirei a senha e aguardei pela minha vez. Passado algum tempo reparei que ainda continuava no mesmo número de senha. E como é normal, pensei,"tanto tempo que esta senhora demora a ser atendida..." Enfim. Continuei à espera e percebi que entretanto estava outra cliente a ser atendida, que chegou depois de mim. Olhei para o visor e o número de senha continuava o mesmo, foi então que percebi por fim, que o visor deveria estar avariado. A outra cliente tinha passado à frente, mas como nem eu nem ela sabíamos, não disse nada. Compreendi que a outra cliente nem se tinha apercebido que estava à minha frente....Aguardei calmamente, a minha vez. Tive azar pois, esta senhora demorou cerca de 20 minutos a finalizar o seu atendimento. Para quem tem dois filhos de 2 e 4 anos respetivamente, consegue compreender que aguardar tanto tempo numa peixaria ou noutro serviço qualquer, não de todo fácil. Mas enfim....fazia anos e resolvi que não valia a pena incomodar-me....
Finalmente, tinha chegado a minha vez e a funcionária da Peixaria, Joana Morais, perguntou-me o que pretendia. Disse apenas, "Bom dia, antes de lhe fazer o meu pedido, deixe-me só fazer esta pergunta. O visor está avariado?", "Está. O que vai ser?". Respondi "Talvez fosse melhor colocar uma informação a avisar porque as pessoas estão a tirar senha e não se apercebem que podem passar à frente". Ela retorqui "Tá, já percebi, se passaram à frente tivesse falado. O que vai ser?"
Bem....nesta altura, caiu em mim uma sensação de incredulidade àquilo que estava a acontecer. Só pensei....como é possível ser tão educada e até fazer este reparo cuidadoso para não melindrar ninguém e obter esta resposta tão mal educada. Que falta de formação!!! Inacreditável!!
Respondei" Desculpe, mas acabou uma senhora de passar à frente, que não se apercebeu e vocês se obrigam o cliente a reger-se pelo sistema de senhas, deveriam no mínimo ter um aviso em como o visor não está a funcionar. Eu estou aqui há imenso tempo à espera...."
a funcionária, descrita posteriormente pelo chefe, como "um doce de menina", respondeu "Só está a perder mais tempo, diga o que quer"
Eu, já nem querendo saber da dourada que pretendia levar, e incrédula com aquela falta de educação, de formação pessoal, de saber estar....enfim, alguém que nunca deveria estar no atendimento ao público, respondi "Não, vai-me desculpar mas não é assim que se fala para um cliente....deveria ter ali um aviso e você não deveria estar a ter esse tipo de atitude". Porém, a dita funcionária Joana Morais, continuou o mesmo percurso de palavras desadequadas e a sua postura profissional fraca e arrogante "Já percebi! Diga!", respirando fundo, como quem já não aguenta e dando ordem de eu pedir. A esta altura, uma outra cliente que estava ao meu lado, gritou "Ela já percebeu!!!Diga mas é o quer!!!"
Percebi que não valia a pena, porque a formação e a educação de facto não se aprendem em 5 minutos, com alguém estranho.
Passei à frente pedi a dourada e perguntei-lhe o nome no final. Prontificou-se de imediato a dizer o nome e repetiu-o, sem lho ter pedido, para o caso de não ter ouvido. Quando perguntei se o chefe de loja estava, disse "Sim. Quer que o chame"
Surreal!!!
Trabalho com população carenciada e lido com muita gente mal formada (não por opção, mas por incumbência da vida), contudo devo admitir que não me lembrava de lidar com alguém tão mal educado como esta miúda tão empertigada e arrogante que falava com os clientes como se nem os pudesse ver à frente, como se estes a incomodassem....
Fui ao balcão de informação e pedi para falar com o chefe de loja, porém veio chefe da seção da Peixaria. Como nunca mais chegava, resolvi eu própria ir ter com ele à Peixaria e qual não é o meu espanto, quando percebo que está a minha mãe exaltada (e com razão, percebi depois) a falar com o senhor.
Pedi à minha mãe que se retirasse, expliquei o que tinha acontecido, tal e qual como descrevi aqui, e o senhor, muito bem, cumprindo o seu papel de chefe, pediu imensas desculpas e defendeu a sua funcionária, descrevendo-a como a melhor funcionária que tinha lia no serviço, um doce de menina...."Um mau dia, toda a gente tem..." Dizia ele, a certa altura...é verdade. De facto um dia menos bom todos temos, mas deixar a cliente (eu) virar costas, e comentar com a cliente que estava a trás de mim, "Uma pessoa tem que aturar esta gente que vem para aqui descarregar as frustrações....". Que eu já não ouvi, mas ouvira a minha mãe que estava mais à frente com o carrinho de compras e nem queria acreditar...
Eu deixo a reflexão no ar, um mau dia de facto todos temos, é verdade....mas fazer queixa de uma cliente nas costas, a outra cliente. Isto não é falta de educação, é Falta de Carácter!
Talvez no processo de seleção e recrutamento dos funcionários devessem ter em conta, que estes "doces" de pessoas, às vezes apenas mascaram, o que na realidade são.
Não vou deixar isto pela conversa, ou pela reclamação oral, como tinha pretendido inicialmente, porque acho que subimos de patamar e de um mau dia, ou de uma menina mal educada, estamos na verdade a lidar com uma pessoa que não tem qualquer formação, nem educação para lidar com clientes.
Agradeço ao chefe de seção, que depois quando veio cá fora fumar um cigarro, viu-nos no carro a pôr as compras, e ainda se dirigiu novamente a nós, minha mãe precisamente e pediu desculpas novamente... Foi impecável! Mas às vezes, temos mesmo que reconhecer que não temos um bom funcionário, e às vezes para crescermos e evoluirmos, temos que saber chamar à atenção, porque uma equipa só funciona quando todos tocam a mesma música. E a sua funcionária não toca a sua música. Garanto-lhe!
Susana Pereira
O único feedback da marca foi uma resposta tipo. Não houve qualquer pedido de desculpa, ou atitude perante a funcionária de chamada de atenção. Pareceu-me de facto que não qualquer valorização da reclamação. Ainda assim fi-la e usei também uma rede social, que nem sequer é meu hábito, pelo motivo acima descrito. A passividade com que lidaram com o que aconteceu. Pois a situação só não teve outra desenvoltura mais desadequada, porque eu também não fui desadequada. Esta situação com outro tipo de pessoa teria dado aso a uma quezília bem mais complicada. Enfim, o responsável foi simpático e adequado quando recebeu a reclamação verbalmente. Porém, a sua postura foi de defender a funcionária repetidamente. E às vezes, temos que colocar a hipótese que as coisas ou as pessoas poderão não ter a imagem que nós construímos delas. E também erram. Alguém que responde da forma como ela respondeu a um cliente, é de uma falta de educação tremenda. Mas até aí poderemos colocar a hipótese que todos temos dias menos bons. Alguém que deixa a cliente virar costas e diz mal, critica, satiriza a outro cliente. Meus caros, isto não é de quem teve um dia mau. Isto é de quem tem a pirâmide dos valores de pernas para o ar (desculpem-me o desabafo). E explico porque fiz queixa. Quando ouvi uma colega a contar-me o que lhe sucedeu com uma bebé ao colo e outra criança pequena pela mão, numa questão de prioridade, enfim, na mesma loja, foi esse episódio que impulsionou a minha reclamação. Devemos mesmo reclamar, senão estamos a ser coniventes com estas situações. Estas empresas deveriam ter um processo de seleção e recrutamento mais ajustado e rigoroso.
Voltaria a fazer negócio? Não
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