No dia 07.02.2018, pelas 08H30 dirigiu-se o Reclamante ao nº 11 A / B da Av. Columbano Bordalo Pinheiro, em Lisboa, onde ficam sedeadas as Entidades aqui Reclamadas, adiante Reclamadas, para a realização de conjunto de exames / análises prescritas pelo seu [do Reclamante] médico assistente.
"Quem está para exames"? Perguntou uma das funcionárias do balcão. O Reclamante estava “exames” (Ecografia Prostática), mas fez notar que também estava para análises. "As análises são ali no outro balcão", respondeu secamente a Senhora do Balcão. Mesmo não percebendo nada de medicina e afins, muito estranhou o Reclamante que ninguém se tivesse preocupado em olhar para o conjunto das prescrições médicas para uma eventual necessidade de triagem / ordem de precedência. Esta estranheza foi, afinal, premonitória do que de muito grave se iria passar. Lá chegaremos.
Realizada a Ecografia, dirigiu-se o Reclamante ao tal balcão das análises onde após longos minutos de espera, como uma multidão de cidadãos, perguntou se não estava ninguém para atender. Como resposta ouviu uma extraordinária explicação: a Senhora do balcão também fazia as recolhas de sangue. Ou seja, a multifuncional personagem andava em permanente vaivém do front para o back office e vice-versa. Uma espécie de clique milagroso parece ter avisado o Reclamante que logo decidiu não efectuar o resto dos exames e aguardar pela chegada de mais uma viagem da multifuncional personagem. Passados mais uns largos minutos eis que chega a Senhora. Informada que não iria realizar os exames e que queria o Livro de Reclamações, a Senhora perguntou espantada "mas porquê?" Ao que o Reclamante respondeu "Porque pretendo lavrar uma reclamação, naturalmente". Vasculhadas gavetas e prateleiras, o Livro lá apareceu depois de um milagroso telefonema. Entretanto a multidão de cidadãos em espera crescia.
Lavrada a Reclamação (cópia em anexo), o Reclamante abandonou o local quando eram 09H30, extremamente nervoso e irritado, dirigindo-se de imediato a um outro Centro a escassos metros de distância para realizar os restantes exames. E eis que Azar e Sorte voltam combinar-se de forma virtuosa.
Porque o Reclamante tinha ainda a bexiga repleta em resultado da preparação para a realizada Ecografia, pediu à afável Senhora do balcão se podia utilizar o WC, comentando por mero acaso o sucedido. A senhora, muito espantada, balbuciou, cita-se de memória "Mas quer realizar este exame [PSA]? É que acho que não pode fazer; mas vou informar-me...". Passados breves instantes, regressou acompanhada de uma Senhora Médica que de forma clara e detalhada explicou ao Reclamante (que entretanto já tinha aliviado a bexiga) as razões por que o PSA não deveria ser mesmo realizado. As sequelas da Ecografia realizada iriam com quase certeza médica adulterar os resultados do PSA. E aconselhou, para o espírito confuso e revoltado do Reclamante prescreveu, QUE O EXAME (PSA) NÃO DEVERIA, NUNCA, SER REALIZADO ANTES DE 30 DIAS, DESEJAVELMENTE MAIS. Veja-se!...
O Reclamante, ainda atordoado com tamanhas incompetência, irresponsabilidade, incúria, demonstradas pelas Reclamadas, assim fará, naturalmente.
Entretanto, num raciocínio da mais pura lógica, conjecturou acerca de um diagnóstico e terapêutica baseados nos resultados adulterados da PSA. Próstata, o terror dos sessentões, numa desgraça, desassossego próprio e de familiares, particularmente dos Filhos, uma em NY outro na cidade do México; abalo psicológico semelhante ao já partilhado com um Irmão, impotência precoce,...
Tudo demasiado grave para passar em claro. E POR VONTADE E EMPENHO DO RECLAMANTE NÃO PASSARÁ!.. Por isso o Reclamante:
- Exige das Reclamadas uma indemnização de 100.000.00 Euros (cem mil euros) por clamoroso erro médico;
- Vai consultar um advogado com vista a intentar contra os responsáveis das Reclamadas um processo judicial por ofensa tentada à integridade física e psicológica;
- Vai solicitar formalmente a intervenção dos serviços competentes do Ministério da Saúde, da ADSE (sistema de que o Reclamante é beneficiário) e da Ordem dos Médicos, tendo em vista aferir da capacidade das Reclamadas para continuar a operar num mercado tão exigente como é, tem que ser, o da Saúde;
- Num acto de cidadania informada, vai partilhar o episódio em plataformas digitais de propagação viral. Parafraseando o Poeta, "O que é preciso é avisar a malta".
Fica desde já avisado que neste país pequenino só vai perder tempo e dinheiro, pois não existe barra de tribunal que seja capaz de quantificar danos morais e psicológicos infligidos, quanto mais os tentados.
Agradeço ao "Cavaleiro Negro". Vou até ao fim; detesto perder por falta de comparência. Entre tribunais, Ordem dos Médicos, Ministério da Saúde, ADSE, redes sociais,... alguém há-de causar danos a estes comerciantes da saúde.
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