Liberty Seguros - Contestação à carta de responsabilidade de acidente de viação

É com grande desagrado que venho fazer uma reclamação da minha própria companhia de seguros(LIBRERTY), da qual sou cliente à mais de 15 anos e que felizmente nunca precisei.No passado mês de Dezembro estive envolvida num sinistro, o qual passo a descrever: Sigo na via mais à direita numa via rápida de duas faixas de rodagem no mesmo sentido, atrás de um veiculo e pelo qual mantinha a distância de segurança no caso deste travar e imobilizar a sua viatura. A minha visibilidade da via onde circulada,visto esta onde aconteceu o sinistro ser completamente recta, era somente o veiculo que se encontrava à minha frente sem percepção do que precedia o mesmo. O veiculo que me precede faz uma manobra brusca para a faixa da esquerda e eu deparo-me com um veiculo imobilizado sem triângulo de sinalização na faixa onde me encontro a circular, um autentico obstáculo, um perigo iminente para mim e para os veículos que me seguiam.Tento-me desviar para a faixa da esquerda no intuito de evitar a colisão, mas embato no carro parado com a frente do lado direito do meu veiculo na traseira esquerda do mesmo. Ao sair do veiculo que colidi, a condutora do mesmo informa-me que não tinha colocado o triângulo, porque tinha estado a falar com o namorado ao telemóvel para que este viesse em seu auxilio. E com isto passou-se o tempo suficiente para acontecer o acidente em questão.
Fiquei incrédula ao ser informada pela minha seguradora(Liberty) que me atribuía a culpa e que era a total responsável do sinistro, alegando o  artigo 18º, n.º1do Código da Estrada (deve se manter a distância de segurança do veiculo que nos precede no caso de súbita paragem ou diminuição de velocidade deste).  Informei que a viatura que me precedia mesmo que fizesse uma travagem brusca,esta não ficava imóvel instantaneamente,ou seja, percorreria ainda alguns metros até à paragem da mesma possibilitando me a imobilização da minha viatura em segurança, pois eu tinha a distancia necessária. A viatura que eu embati não me era perceptível, pois encontrava-se fora do meu ângulo de visão encoberta pelo carro que me precedia.  Estava imobilizada na faixa de rodagem de uma via rápida, onde é estritamente proibido parar ou estacionar, não estava sinalizada com o triângulo a 30 metros de distância do veiculo, de forma a que os veículos que seguiam na via rápida pudessem ter distância e tempo suficiente para se desviar em segurança, sendo um obstáculo e um perigo iminente. Como contestei artigo 18º, n.º1 do Código da Estrada, recebi um email do Sr.Miguel Peixe, gestor do Sinistro na minha companhia (Liberty) a informar que se aplica oartº 24º, nº1 do Código da Estrada( o qual refere no ponto 1 -que o  condutor deve regular a velocidade de modo que, atendendo às características e estado da via e do veículo, etc mas no ponto 2 - informa que Salvo em caso de perigo iminente, o condutor não deve diminuir subitamente a velocidade do veículo sem previamente se certificar de que daí não resulta perigo para os outros utentes da via, nomeadamente para os condutores dos veículos que o sigam. Ou seja, exactamente o que se passou no sinistro em que estive envolvida e onde tive perca total do meu veiculo. Por ultimo, recebo uma primeira carta da companhia de seguros ( ZURICH )da outra interveniente no sinistro a me informar o valor atribuído ao meu veiculo e que este tinha perca total sem apurar responsabilidades. Posteriormente recebo uma ultima carta da Zurich a responsabiliza-me do acidente e que o motivo era pela minha própria companhia (LIBERTY) ter assumido a total responsabilidade do sinistro. Pergunto que apuramento de responsabilidades é este? Alega-se um artigo e a seguir como este não serve alega-se outro? Dirigi-me à PSP do Montijo onde fui informada que o auto estava mal preenchido pelo agente da PSP.As declarações dos sinistrados haviam sido trocadas e colocadas nos campos errados, o que faz com que o documento não tenha nenhum valor legal e não é oficial.Pergunto como se pode apurar responsabilidades e baseado em quê? Como se resolver e se decide de seu livre arbítrio quem é culpado, só por que sim?Lesa-se as outras pessoas em centenas de euros causando danos financeiros numa família, assim como toda a dinâmica diária?Sim, porque fiquei sem carro para me deslocar e sou mãe solteira! Tenho que transportar a minha filha à escola, assim como desloco-me para o meu local de trabalho, o qual fica  a cerca de 20 km da área da minha residência. Quem é que se responsabiliza por tudo isto? A decisão dos seguros está a cima de tudo e de todos? Não se consegue alterar estas decisões sem ser por ordem judicial?

Ainda estou à espera da resposta da parte da seguradora em relação à minha reclamação.
Não me foi enviado nem pelo portal da queixa, nem para o meu email pessoal.
É de facto lamentável a postura que se tem em relação aos segurados e a falta de respeito em relação à vida das pessoas que vos pagam todos os meses as apólices de seguro.

Não aceito porque o veiculo em que embati não me precedia, estando ocultado da linha de visibidade pelo veiculo que me precedia.
O veiculo estava na faixa de rodagem, era um obstáculo iminente numa via rápida sem sinalização e os artigos que aplicam neste sinistro não estão de acordo com o ocorrido, em que se baseiam ?