Sendo sócio do ACP desde 1986, resolvi, há algum tempo atrás, concentrar todos os seguros multi-riscos habitação e um seguro auto, na mediadora do Clube.
Num dos seguros habitação, referente a um imóvel sito em Tomar, aconteceu recentemente um sinistro que envolveu danos de água no 1º andar e no r/c desse prédio.
Dirigi-me ao escritório da ACP Seguros, na Av. da República em Lisboa, e formalizei as participações dos sinistros.
Refugiando-se nas habituais manobras semânticas, a empresa de peritagem Cares, a Liberty Seguros e a obediente "mediadora" (que não medeia nada !!) ACP Seguros, aparecem com a tese peregrina de que não houve qualquer sinistro, que o ocorrido se deveu à vetustez das canalizações de águas domésticas e que as obras feitas para estancar prejuízos eram obras de manutenção.
Contudo, como qualquer Tomador de Seguro ou Segurado bem sabem, no momento da contratualização do seguro e do cálculo do valor do prémio a pagar, somos questionados sobre várias características do imóvel a segurar, sendo que algumas delas têm a ver com o ano de construção, tipo de estrutura, aspectos de segurança activa e passiva, etc.
Ou seja, o coeficiente de vetustez (particularmente relacionado com o ano de construção e o estado geral do edificado, muitas vezes correlacionados) é, no caso em apreço - construção ocorrida em 1966 - um factor de agravamento do prémio.
Até aí tudo bem. Pagamos mais porque a seguradora está a assumir um risco maior de coberturas de um edifício com algumas dezenas de anos, apesar de em muito bom estado geral.
O problema é quando ocorre um sinistro e a tal semântica é usada como um meio para penalizar o tomador do seguro ou o segurado.
Temos então uma atitude indigna por parte do tripé envolvido - perito/seguradora/mediadora - acontecendo que só se pode concluir pela inutilidade do seguro e a cobrança dos prémios como um esbulho indecente.
Como é possível penalizar/castigar em todas as situações, com total arbítrio, quem fez um seguro - no momento da subscrição e no momento do sinistro ?
Pago um prémio maior por a casa não ser muito nova e depois, quando surge o sinistro, a seguradora foge às suas responsabilidades com argumentos que já tinham servido para agravar o pagamento.
Mas isto pode ser assim ?
A Entidade Reguladora dá cobertura a estas malfeitorias ?
Onde está a vantagem/utilidade de ter um seguro e pagá-lo ?
Quem põe cobro a estes abusos absolutamente assentes em malabarismo de pessoas e instituições que fazem disso um modo de vida, prejudicando gravemente terceiros.
No meu caso são cerca de 10.000 EUROS !!!
Data de ocorrência: 15 de janeiro 2021
Perante queixas continuadas de vítimas do péssimo comportamento a nível comercial, e miserável reputação a nível de confiança, o que esperam as autoridades competentes para equacionar a cassação do alvará desta "seguradora"?
Ou no mínimo investigar as estratégias com que recorrentemente protela e se exime ao pagamento das justas indemnizações aos lesados?
Nem mais !
Liberty seguros nunca mais!!! Concordo plenamente com tudo que referiu nos seus comentários. A minha ligação com esta seguradora termina em setembro!!! Estas seguradoras pensam que os clientes precisam delas estão rendondamente enganadas! Quando o passivo for superior aos ativos deste tipo de seguradoras vão dar valor aos clientes que tinham anteriormente. Um cliente fidelizado vale milhões mas o modus operandi deles não sabe o quanto vale realmente o cliente!!!
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