Liberty Seguros - Recusa de pagamento de sinistro

Boa tarde,
É a primeira vez que estou a fazer uma reclamação aqui pelo PORTAL DA QUEIXA.
Estou a fazê-lo porque, à semelhança do que acontece com a maioria, senão todos, os do portal, sinto-me injustiçado com a forma como a companhia de seguros da Liberty está a lidar com a situação.
Fiz um seguro para assegurar os meus pertences (pelo menos foi com essa intenção). Como vivo numa casa da qual não sou proprietário, limitei-me apenas a fazer um seguro de conteúdo, com proteção contra riscos elétricos, roubo ou furto, incendio etc.. (tudo o que envolve o seguro de recheio)
Acontece que durante o passado inverno houve uma trovoada, e a chaminé de exaustão deixou de funcionar.
Levei ao técnico que me disse que o motor estava queimado, dizendo que pode ter sido causado pela trovoada.
Como tenho o seguro, pedi o orçamento e enviei para a companhia de seguros para eles enviarem o perito para averiguar a situação.
Acontece que no dia 15/12/2014 fui notificado que foi aberto o processo numero 14-310-34666, por email.
Aguardei mais alguma informação.
Passado, sensivelmente duas semanas recebo uma carta a dizer que não iam proceder a reparação porque, segundo eles, "o mesmo faz parte integrante do edificio" nem se dando ao trabalho de vir peritar o aparelho.
Como é óbvio, imediatamente reclamei usando, para o efeito, o agente de seguro como interveniente. Novamente passado uma semana recebo outra carta a confirmar que iriam manter a sua posição.
Bem, novamente reclamei mas desta vez por email no dia 23/02/2015, que passo a colocar aqui:

"Boa noite,
Não sei sinceramente se este é o email correto para onde devo fazer a minha reclamação.

É com tristeza que deixarei em breve de ser vosso cliente - para sempre. E não apenas eu.. Eu e todos os que me rodeiam, tantos quantos conseguir...

No dia 15/12/2014 fui notificado que foi aberto o processo numero 14-310-34666 de um sinistro ocorrido na casa onde eu habito no dia 14/11/2014 referente à avaria causada pela trovoada na chaminé exaustão da cozinha.

Ora fui recentemente notificado de que o seguro não iria proceder ao arranjo da peça por causa da mesma fazer parte do edifício e o meu seguro ser apenas do recheio.

Como sou uma pessoa curiosa por natureza, fui procurar informações naquela papelada toda que enviam (que até por acaso não enviaram para mim) que fiz questão de pedir ao agente de seguros.

O interessante é que a certa altura no meio da papelada vinha a explicação do que "vocês" entendem como edifício que passo a mencionar:

Entende-se por Edifício e/ou Fracção de edifíccio:

1 - A estrutura, paredes, cobertura, tetos, pavimentos, portas e janelas, bem como os vidros nelas fixos, armários encastrados e outros elementos de construção

(só abrir aqui um parenteses - Há aqui algum aspecto que se refira a chaminé de exaustão? Ummm.. Não me parece... Mas continuemos..)

2 - As instalações fixas de carácter de permanência, tais como:

- As instalações de água, gás, eletricidade, telefónicas, sistemas de comunicação interna, alarmes e similares;

- Os aparelhos de aquecimento e refrigeração;

- As antenas de rádio e de televisão, com exceção das antenas parabólicas;

- Os móveis de cozinha, QUANDO O SEGURADO FOR PROPRIETÁRIO DA HABITAÇÃO

- A louça sanitária da casa de banho...

Fiquemos por aqui.. E novamente pergunto: Há aqui algum aspecto que se refira a chaminé de exaustão? Ummm.. Novamente não me parece...

Sim é verdade, vocês dizem uma coisa para cativar os clientes e na hora da verdade, fazem o contrário.. Isso na minha terra tem um nome...

Depois enviam cartas a dizer que faz parte do Edíficio.. Provem lá isso com o que está escrito - com o que vocês escreveram

Depois mandam os agentes dizer que é considerado móvel de cozinha porque é algo que tem de ficar fixo na parede...(É óbvio que é fixo na parede, é algo que trabalha suspenso) Mas se a chaminé exaustora pertencesse aos móveis de cozinha, a alinea 4 do ponto 2 refere que os moveis de cozinha fazem parte do Edifício quando o segurado for o proprietário da habitação. Por isso não se podem aplicar ao meu caso...

Este foi um exaustor comprado por mim há cerca de 3 ou 4 anos que me custou quase 400 €..

Como vêem, eu sou uma pessoa séria que paguei sempre os prémios na data e no valor proposto..

Quanto a vocês, deixam muito a desejar..
Já retirei o seguro do carro da minha esposa daí, e só não retiro já o do recheio porque não posso, senão garanto que já o teria feito.

Eu já sei que sou apenas um em alguns milhões e que para vocês pouco importa, mas por aí se vê porque outras companhias na hora da simulação têm valores mais elevados..

Mas não pensem que as coisas ficarão por aqui se não resolverem a minha situação de maneira correta e com seriedade..

E por favor, não encarem isto como uma ameaça, antes, como um aviso..

--
Cumprimentos,

André Rocha."


No dia 27/02/2015 obtive resposta da parte do senhor Vitor Rodrigues (Vitor.Rodrigues@libertyseguros.pt):

"> Bom dia.
> Estimado Cliente,
> Acusamos a reção do e-mail abaixo que notamos.
> Revisto o processo, lamentamos o facto de não poder aceder à pretensão
> manifestada, mas efetivamente os elementos que dispomos e já transmitimos
> não nos permitem tomar uma decisão diferente, porque consideramos que o dano
> reclamado faz parte integrante do edifício"

Novamente reclamei no mesmo dia, e não obtive resposta.
No dia 08/03/2015 enviei outro email a dizer que, "pelo facto de não responderem com sinceridade e transparência ao meu pedido, parece que terei de recorrer a outros meios mais qualificados para resolver a minha situação."

Passado dois dias, no dia 10/03/2015 recebi outro email a dizer

"Bom dia.
Estimado Cliente,
Acusamos a receção do e-mail abaixo que notamos.
Em resposta anexamos o conceito de edifício e conteúdo definido nas Condições Gerais da Apólice.", e anexaram um ficheiro que dizia aquilo que eu já havia mencionado no primeiro email.

Novamente reclamei porque, em parte alguma, as condições gerais mencionam que o exaustor não está englobado no conteúdo e que ja havia feito alusão a essas condições gerais que me haviam sido fornecidas pelo agente de seguros.

Novamente não responderam até eu cansar e ontem ter escrito outro email:

"Bom dia Sr. Vitor,

Parece que o nosso diálogo terminou...
O vosso silencio é, realmente, bastante incomodativo, mas reflete realmente, e usando uma personificação, o "caracter" da vossa companhia.
Recordo-me da minha avó dizer, ao longo da sua vida que " contra factos não há argumentos", e realmente consigo ver isso neste caso... Vocês simplesmente não detêm argumentos para contrapor com seriedade a minha reclamação, preferindo, como eu disse manter o silêncio..
Não ha problema.. O caso seguirá para quem, de direito, consiga defender os interesses dos clientes, ou, se preferir, quem defenda as ovelhas dos lobos vorazes..
Aguardem, por favor, noticias minhas..

Cumprimentos,

André Rocha"

a que obtive resposta hoje novamente:

"Boa tarde.
Estimado Cliente,
Acusamos e agradecemos a comunicação enviada e pela demora na resposta apresentamos as nossas desculpas.
Analisado o seu email, constatamos que continua a manter a sua posição, que respeitamos, e como já transmitimos por diversas vezes o motivo da falta de enquadramento do sinistro nas garantias da apólice, para evitarmos ser repetitivos, consideramos que mais nada temos acrescentar sobre o assunto, a não ser que o exaustor não se aplica no conceito de conteúdo.
Sendo o que nos oferece informar, com os nosso cumprimentos"

Como não estou para escrever mais emails e ser ignorado, decidi pedir ajuda aqui no portal da queixa, tendo esperança que me possam ajudar.