Fui à loja Primark do Norteshopping para fazer compra e quando me dirigo às caixas para efetuar o pagamento dos produtos, fui diretamente à caixa prioritária, uma vez que me encontro (notoriamente) grávida!
A funcionária disse-me que teria de me colocar na fila de espera das outras caixas, e questionei-a porque não podia ser atendida num caixa prioritária, uma vez que estava grávida. Respondeu-me que aquela caixa era prioritária para pessoas de mobilidade reduzida.
Interpolei-a dizendo que não faz sentido, uma vez que as caixas prioritárias, segundo o Decreto-Lei nº 135/99, de 22 de abril, são destinadas a idosos, doentes, grávidas, pessoas com deficiência ou acompanhadas com crianças de colo ou outros casos específicos.
Entretanto chegou o gerente da loja que me disse que por questões de segurança, a loja estava a adaptar as medidas necessárias para o atendimento prioritário de forma a “distinguir as prioridades” e que aquela caixa específica seria só para pessoas de mobilidade reduzida.
Continuei, dizendo que não fazia sentido…O gerente garantiu-me que era política da empresa e que a lei ainda não estava em vigor.
Para não me incomodar mais, e não estragar o resto do meu dia, deixei os produtos que pretendia comprar junto dos funcionários, que se recusaram a atender uma grávida numa caixa prioritária.
O citado decreto lei define os princípios gerais de acção a que devem obedecer os serviços e organismos da Administração Pública na sua actuação face ao cidadão, bem como reúne de uma forma sistematizada as normas vigentes no contexto da modernização administrativa.
A PRIMARK nem qualquer outra entidade privada - por enquanto - NÃO têm de fazer atendimento prioritário. A legislação irá mudar em breve.
Mesmo que a loja em causa não tenha de fazer atendimento prioritário, a sinalética de caixa prioritária está bem visível em algumas caixas de pagamentos!
É bastante revelador os comentários da presente reclamação. Demonstra muito bem o nível de civismo que a nossa sociedade portuguesa nos presenteia. A maioria das pessoas simplesmente é egoísta e não gosta que outras pessoas passem à frente, mesmo que tenham os critérios para ter prioridade numa caixa para este fim. Tenho um bebé de 3 meses e tenho sentido na pele, muitas vezes o desagrado das pessoas quando passamos à frente (que por sinal são poucas), mesmo quando o bebé está irrequieto ou a chorar. Muitas vezes fico no final da fila da caixa prioritária aguardar a minha vez. Pensam que as pessoas que estão à frente deixam-nos passar? Nem pensar. Que sociedade a nossa! Gravidez não é patologia, com efeito, mas para muitas grávidas acarreta um conjunto de efeitos colaterais que causam desconforto e mau estar na grávida. Sejam mais solidários e mais humanos meus senhores e minhas senhoras.
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