Em Agosto de 2019 adquiri um Mazda CX-3.
Apenas após duas semanas e 1700 km de utilização, surgiu a luz avisadora de motor no respectivo painel do automóvel.
De acordo com a oficina do concessionário onde adquiri a viatura, havia problemas com a válvula EGR...
Esta foi apenas a primeira de uma série de peripécias.
Séria e demasiado extensa para relatar aqui.
Realçarei apenas algumas:
- o comercial (que efectuou a venda) do concessionário referiu que o meu caso era o quarto conhecido em toda a Europa; perante a possibilidade de estar a ser alvo de uma brincadeira de gosto discutível, tive que perguntar se era suposto sentir-me melhor com o alegado facto; a resposta foi que numa qualquer semana anterior tinha rebentado o motor de um Mercedes de 100 mil euros também vendido no dito concessionário; perante tanta e tamanha abstracção e respectiva tentativa de contornar questões sérias, abstive-me de mais perdas de tempo;
- confrontado com um serviço pós-venda que classifico, no mínimo, como trágico, tentei o contacto com a marca; a propósito de perdas de tempo e de tragédias, foi apenas uma inesperada continuação das mesmas.
Mais recentemente, ao iniciar o motor, ouvi um barulho estranho vindo do respectivo compartimento.
Após uma inspecção visual de leigo e dado que o barulho foi de curtíssima duração, nada consegui detectar.
Até que em arranques subsequentes do motor, ainda que menos intensos, os barulhos repetiram-se.
Perante o serviço prestado pelo concessionário supramencionado, dirigi-me a uma outra oficina oficial da Mazda.
A respectiva equipa técnica detectou um problema na polly do alternador: os barulhos estranhos resultaram de fricção entre a polly (aparentemente defeituosa) e o bloco do alternador. No caso, ao ponto de abrir sulcos na face exterior da polly.......
Poucos dias depois, comecei a ouvir o barulho típico (pedindo desculpa pelo termo, "chiadeira") da correia do alternador.
Dirigi-me novamente a esta segunda oficina mas, perante a possibilidade de o barulho resultar do ajuste da tensão na correia (a qual estaria correcta), foi-me sugerido utilizar a viatura, considerando que o barulho em causa seria relativamente normal e tenderia a desaparecer com o uso.
Acabou por ir desaparecendo.
Até que no início desta semana voltou a aparecer.
Mas não vinha sozinho: desta feita é acompanhado por um barulho que, honestamente, parece sugerir que algo no compartimento do motor está prestes a colapsar.
Depois de tentar, junto de três oficinas oficiais da marca, que o carro seja visto, vejo-me obrigado a activar a Assistência Mazda: as oficinas estão todas muito ocupadas (atendendo ao meu carro, é-me relativamente simples e fácil imaginar porquê).
A tudo isto acresce uma questão que quase me vejo a forçado a considerar menor: com pouco mais de dois anos e com apenas 33 mil quilómetros, o carro já está cheio de ruídos parasitas.
Começaria então por aqui.
Tive um Toyta Yaris comercial por 14 anos, durante os quais fiz 410 mil quilómetros. Problemas: ZERO. Incluindo qualquer ruído parasita.
Quando decidi trocar de carro, só não me mantive na Toyota porque o modelo que eu pretendia não existe com motorização gasóleo.
Sempre me agradaram os carros japoneses, pelo que a Mazda acabou por ser uma opção/escolha natural. Mais ainda reforçada pela opinião de pessoas conhecedoras de automóveis e/ou da marca.
Só não contava ter tanta falta de sorte..........
Primeiro, o serviço de venda e de pós-venda: estranho mesmo muito que uma marca de referência como a Mazda se permita semelhante.
Depois, a marca em si: pura desilusão. Sendo que as mesmas pessoas acima também estranham muito o que se passa com o meu carro; o comentário recorrente é "Isso é mesmo muito estranho porque os Mazda não avariam."...
Por fim, acredito que fiquei "mal habituado" com a Toyota; percebo e até concedo que os carros actuais sejam construídos com materiais diferentes (leia-se, piores); já não concebo que um carro com apenas dois anos e 33 mil quilómetros tenha de entrar numa oficina em cima de um reboque porque tem problemas e porque a marca deixou completamente a desejar, quer no automóvel em si, quer na assistência que lhe presta.
Espero que eu seja apenas uma infeliz excepção.
Ainda assim, atendendo a tudo o que tem rodeado o meu automóvel, sou forçado a não recomendar a marca e, acima de tudo, o concessionário onde o adquiri.
Ao ponto de considerar cada vez mais vender o carro porque, pedindo desculpa pela honestidade e pela seriedade, estou farto dele.
Data de ocorrência: 9 de dezembro 2021
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