Bom dia.
Sentindo que estou a ser indevidamente penalizado pela vossa empresa, MEO, venho por este meio manifestar o meu desagrado pela maneira que fui abordado e tratado por vocês.
Tendo realizado um contrato com a marca em questão a 30/01/2019, com o período de fidelizarão de 24 meses, serviço contratado para a Avenida Gomes Júnior, 542, casa 1, Madalena, V. N. de Gaia, seria natural que tivesse de o cumprir, numa situação normal.
O facto é que nada que se tem passado desde março do presente ano pode ser considerado normal: com a chegada da pandemia e a perda do meu emprego não reunia as condições financeiras mínimas necessárias para continuar a viver na morada acima descrita, pelo que me vi forçado a voltar para casa dos meus pais, local onde ainda hoje permaneço.
Liguei, através da área do cliente, para vocês a fim de tentar encontrar uma solução para o sucedido.
Disseram-me que o contrato teria de ser celebrado até ao fim, ou poderia transferir o serviço para a morada dos meus pais, mas tendo que contrair uma nova fidelização, ou seja, ficar obrigado a permanecer com o vosso serviço por mais 24meses, apesar de 15meses já se terem passado.
Aceitei, relutantemente, pois o serviço que estava disponível na morada dos meus pais era 5x (cinco vezes!) inferior ao atual, sendo satélite em vez de fibra, 40MB e não 200MB e pagando 33,99€ por mês, e não 35,99€.
Falando, depois, com os meus pais, e possuindo eles um serviço de tv/net de outra marca, chegámos à conclusão que não se justificava ter 2 serviços na mesma morada, e ter que fidelizar por mais 2 anos, até porque na eventualidade de me mudar novamente de morada, teria, de novo, de contrair nova fidelização, ou usufruir exatamente do mesmo tipo de serviço para o poder trocar sem prejuízo. Então, e aplicando o direito de livre resolução, rejeitei o novo contrato para instalação do satélite, ficando vinculado ao contrato já celebrado desde o dia 30/01/2019.
A solução passava, sendo assim, por tentar terminar o contrato acima mencionado, por não fazer sentido ter dois serviços, dado que já não me encontrava a viver em Gaia, e pelo facto de não conseguir fazer uma troca justa, e manter o mesmo serviço que foi contratado para a morada de Gaia. Então, e fazendo extensivas pesquisas através de diversos sites fidedignos, ficámos a perceber que teríamos direito a uma total resolução de contrato, sem prejuízo para a minha pessoa, visto que a mudança do serviço pressupõe que as condições se mantenham inalteradas, coisa que não aconteceria. Viria a velocidade da internet reduzida drasticamente, dos 200MB para 40MB, passava de fibra ótica para satélite, e teria de celebrar um novo contrato de fidelização, por mais 24 meses, coisa que não é justa, de todo.
Reclamei, com carta com aviso de recepção, invocando o direito de livre resolução ao abrigo do 437.º do código civil, por estarem reunidas as condições para o fazer.
A vossa resposta foi negativa, alegando que até me propuseram um novo serviço que seria mais vantajoso para mim. Vamos a contas: tendo eu uma mensalidade de 35,99€ e já tendo pagado 15meses, faltar-me-iam 9 para o final do mesmo, por isso 9*35,99€ seriam 323,91€, ao passo que contratando o novo serviço o pagamento total seria de 24*33,99€ = 815,76€. Quase o triplo do que me restava pagar! Onde é que isto é uma solução mais económica? Só aos olhos de quem só se preocupa com os lucros, e não com o atual bem-estar e sobrevivência dos seus clientes.
Reclamei, de novo, alegando e mostrando os cálculos de aritmética simples que aqui demonstrei, mas o pedido foi mais uma vez negado.
Passado um tempo, informaram-me que se não pagasse a dívida em falta, que o contrato se dissolveria no prazo de 30 dias e podiam surgir complicações para o meu lado, levando mesmo a caso a tribunal, coisa que está prestes a acontecer, pois ontem recebi um e-mail da Intrum Portugal a informar que tinha 5 dias para pagar 325,59€, sob pena de o caso ser levado a tribunal, e poderem os meus bens ou salário serem penhorados e podendo acrescer ao mesmo juros de mora e encargos de ação judicial!
Isto não é uma empresa que preza pela satisfação e prestação do melhor serviço aos seus clientes, o que claramente ficou demonstrado com a minha exposição.
Reitero que não tenciono pagar esta dívida, pois além de não estar a usufruir do serviço desde o dia 18 de abril, dia em que me vi obrigado a voltar para casa dos meus pais, não tenho disponibilidade financeira para o fazer, pois não possuir qualquer fonte de rendimentos, além de ser completamente injusto o modo como estão a proceder.
Peço que revejam o caso e me vejam perdoada esta dívida, pois é o que uma empresa séria e de facto preocupada com a sua reputação e o bem-estar dos seus clientes faria, e não só olhar para eles como números e oportunidade de negócio e lucro.
Muito obrigado.
António Navega.
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 18 de setembro 2020
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