Sou cliente MEO desde que ainda era PT, há cerca de 8 anos, e é com enorme desagrado e insatisfação que, após várias falhas da vossa parte, venho apresentar esta reclamação com o intuito de proceder imediatamente ao cancelamento do contrato com a MEO.
Os problemas surgiram desde cedo. Começou com um pedido de alteração de morada, em 2008, em que, durante cerca de 4 meses, foram cobradas faturas na morada nova e na antiga, onde já não habitava. De facto, após várias tentativas de contacto telefónico com a empresa, ninguém foi capaz de resolver o problema, pois não era certamente do seu interesse. Efetivamente, a confiança que depositava nos seus serviços devia ter cessado nessa altura.
No passado dia 7 de agosto de 2015, decidi adicionar um cartão móvel e serviço de televisão por satélite. Grande erro da minha parte.
Informaram-me, numa loja MEO em Viseu, que, ao adicionar os serviços supracitados, passaria a usufruir do pacote M4O light 1 cartão e que, com toda a certeza, a velocidade de internet iria aumentar para 24Mbps pois até à data tinha contratualizado 12 Mbps, pelos quais pagava já um valor absurdo de cerca de 38€.
Uma vez mais, os problemas surgiram logo com a primeira fatura na qual cobraram o aluguer da box, que no contrato estava referida como sendo oferta por 13 meses, cobraram serviços de televisão que afirmavam eu usufruir antes da celebração do contrato, sendo que o serviço de televisão que eu tinha até então era o serviço de televisão digital terrestre. Após várias chamadas de várias horas, os colaboradores conseguiram, finalmente, perceber que o erro era, mais uma vez, da MEO e, assim, fizeram um primeiro desconto. A fatura continuava com um valor errado e o processo das chamadas repetiu-se e, finalmente, a mesma foi acertada.
No passado mês de janeiro voltámos a ter problemas. Três semanas sem telefone e sem internet. Uma vez mais, uma das lojas foi contactada pessoalmente a informar a situação para que a pudessem resolver e nada fizeram até ao momento em que enviei mensagem na área de cliente a explicar a situação. Esta foi resolvida e, na fatura do mês de fevereiro, foi descontado o período em que não usufrui do serviço.
Após todas estas situações desagradáveis e, apesar de me terem garantido que a velocidade de internet iria aumentar para 24 Mbps, tal não se verifica de todo.
Ainda que consciente que no contrato refiram que não garantem uma velocidade mínima para o serviço de internet é vergonhoso que o mesmo tenha vindo a funcionar de forma cada vez mais precária desde a contratualização do novo pacote M4O light 1 cartão. É vergonhoso que a velocidade de internet no meu telemóvel com a operadora Vodafone seja melhor e mais rápido do que um serviço fixo da MEO, como demonstram as imagens em anexo. Prova disso são as medições de 0.35 Mbps; 0.13 Mbps; 0.00 Mbps de download, entre outras, que, entretanto, tenho vindo a efetuar em dias diferentes e que junto na presente carta, de referir ainda os dias em que não é sequer possível efetuar medições devidos a inexistência do serviço.
Sobre este assunto, a MEO também já foi contactada e a solução apresentada é a sugestão de compra de um aparelho, por 25€, para aumentar a velocidade da internet. Ora, se eu contratualizei um serviço pelo qual tenho vindo a pagar cerca de 53€ mensais, o mínimo que exijo é que o serviço funcione com alguma qualidade ao invés dos 0.00 Mbps de download que se têm vindo a verificar.
Referem os colaboradores da MEO que se trata de uma zona “difícil” e que, após minha sugestão via telefone, para melhorarem as condições da linha referem que esse melhoramento requer um grande investimento pela MEO. Desta forma, e uma vez que não são capazes de cumprir com os serviços mínimos (ainda que não definidos no contrato, devia haver consciência do que cobram aos clientes mediante o serviço que (não) fornecem), nas ditas zonas “difíceis” deveriam praticar preços em conformidade com o mesmo. Parece-me, portanto, que são estas zonas “difíceis” que alimentam e financiam o investimento da colocação de fibra e serviços com mais qualidade nas zonas “fáceis”.
Posto isto, e após varias tentativas de o efetuar via telefone, solicito o imediato cancelamento do meu contrato. Se, ainda assim, entenderem que não tenho motivos para pedir a denuncia do contrato durante o período de fidelização, terei que tomar outras medidas, nomeadamente o com recurso a um Centro de Arbitragem de Conflitos de Consumo ou a um Julgado de Paz. Caso, ainda assim, não seja suficiente, poderei avançar para via judicial, com a plena consciência de que a razão estará do meu lado.
Para deixar o seu comentário tem de iniciar sessão.