No dia, 04/08/2014, desloquei-me com a minha viatura Mercedes B 200 CDI Cx.Aut. ao concessionário Sousa & Santos no Montijo, porque no painel de instrumentos dava-me a indicação para me deslocar à oficina com a indicação de anomalia na caixa de velocidades. Importa dizer que se trata de uma viatura de uso particular, sempre estimada, com cerca de 125.000 km a maioria deles feitos em autoestrada.
Na oficina, abriram a respetiva ficha de trabalho e diagnosticaram que o problema estaria no sensor de rotações da caixa de velocidades, mas que este componente só se vende integrado num modulo electrónico ou unidade de comando de válvulas (uma espécie de centralina) localizada dentro do carter da caixa de velocidades, cujo valor ascende a cerca de 1.500 € ao qual acresce ainda um conjunto de outros componentes que terão de ser substituídos na intervenção (juntas, óleo da caixa, etc) e a mão-de-obra, ou seja, um orçamento que rondará os 2.500€.
Não tendo alternativa e bastante desagradado porque pese embora a baixa quilometragem - esta viatura já apresentou um conjunto de avarias pouco dignificantes para a qualquer marca e muito menos para a Mercedes-Benz (a saber: avaria no sensor de pressão de ar, avaria num injector de combustível, rebentamento da bateria, avaria nos sensores estacionamento, substituição da tubagem de vácuo da injeção, etc) - dei autorização de reparação, mas informaram que não tinham o componente em stock e que teriam de encomendar, aconselhando de imediato a viatura a ficar imobilizada, pois se continuasse a andar poderia dar azo a danos mais graves e à possibilidade de destruição da caixa de velocidades.
Obviamente, imobilizei a viatura na oficina e perguntei qual seria o tempo de espera, tendo sido informado que o componente não existia em stock (nem em Portugal, nem em Espanha) e que teria vir directamente da fabrica na Alemanha pelo que o prazo de reparação rondaria os 10-12 dias.
Passado esse prazo, não tendo novidades e sempre sobre minha iniciativa, questionei o concecionário que me indicou que o componente estava esgotado na fabrica e não havia, nem justificação da Mercedes na Alemanha, nem (acreditem) prazo para o fornecimento da peça.
Passados 3 meses (?!!) e sempre com iniciativas e insistências da minha parte junto da oficina, continuo como no inicio:
- sem a minha viatura para me poder deslocar;
- sem que a marca providencie a reparação do meu carro;
- sem indicação de data para a chegada do componente;
- sem justificação para o atraso;
- sem viatura de cortesia ou substituição para um caso que me parece de todo inexplicável e injustificável.
Exposta esta situação venho por este meio, por um lado questionar a Mercedes Portugal, por outro lado divulgar esta situação perante a opinião publica e perante a comunicação social especializada, para que actuais e potenciais clientes da Mercedes analisem o comportamento desta marca e pensem bem antes de comprar uma viatura Mercedes:
•É este o serviço pós-venda e o acompanhamento que a Mercedes disponibiliza aos seus clientes?
•Serão este tipo de situações de ruptura de stock de componentes admitidas numa marca, que se autointitula como marca premium e que utiliza como slogan “The best or nothing”?
•Serão 3 meses de imobilização de uma viatura num concessionário oficial da Mercedes insuficientes para que a marca tenha uma cortesia e uma atenção com o seu cliente na tentativa de minorar esta sua falha, providenciando uma viatura de substituição?
Para reflexão e análise.
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