O Metro de Lisboa (ML) tem-nos habituado desde há largos anos a um serviço medíocre. Medíocre por via da redução de frequência de passagem dos comboios, medíocre na redução muito frequente do número de composições a circular. Estes 2 aspectos adquirem especial relevância no momento de pandemia que atravessamos, em que é promovida a responsabilização dos utentes pela observância do distanciamento de segurança, criando o ML, por oposição, condições para que esse esforço se torne, em demasiadas circunstâncias, manifestamente impossível. Ontem por exemplo, dia 25 de novembro de 2021, por volta das 19:30, é apresentado na estação de Baixa-Chiado, um tempo de espera de 20 minutos (!) no comboio para Telheiras. Tempos acima dos 10 minutos, mesmo que a horas ditas de baixa procura são absolutamente inadmissíveis num transporte desta natureza em qualquer cidade de um país dito desenvolvido. Em Lisboa é o quotidiano. Terá o ML, com a decisão de implementação de medidas desta natureza, a noção da sua responsabilidade na disseminação do SARS-CoV-2 e na mais que provável consequente morte de utentes ou pessoas a eles próximas?
Por fim, o ML presta um serviço medíocre por não garantir recorrentemente o correcto funcionamento das condições de acessibilidade em muitas das suas estações. Contam-se às dezenas o número de escadas e passadeiras rolantes desactivadas, avariadas ou paradas, algumas delas por períodos superiores a 6 meses, de que é exemplo uma das escadas que serve a estação da Baixa-Chiado, uma das mais movimentadas. Esta falha com tanto de inexplicável como de inadmissível impede a correcta fluidez de circulação de pessoas, promovendo muitas vezes, uma vez mais, clusters de proximidade que tanto se pretendem evitar. Não se consegue perceber tanta passividade, irresponsabilidade, incompetência e impunidade de quem decide no ML. Para quando um mudança?
Data de ocorrência: 25 de novembro 2021
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