Ao efectuar um pedido de desvinculação de um titular numa conta de depósito à Ordem, na sucursal do Banco Comercial Português, no Infantado-Loures, foi-me “exigida” permissão para cópia digital do meu cartão de cidadão. Em conformidade com o nº 2 do Artº 5º da Lei nº 7/2007, de 5 de fevereiro, declarei não consentir a reprodução do meu Cartão de Cidadão por fotocópia ou qualquer outro meio.
Apresentei inclusive uma Declaração de Não Autorização de Reprodução do Documento de Identificação, onde constavam os meus dados pessoais, constantes no Cartão de Cidadão exclusivamente para efeitos de identificação perante o Banco Comercial Português, que não foi aceite.
Embora a lei proíba a reprodução do cartão de cidadão sem o consentimento do titular, fui forçado a fazê-lo por não me ter sido dada outra alternativa. Ou deixava fotocopiar o cartão de cidadão ou não me executavam o pedido. Não foi de livre consentimento.
Ao ser confrontado com este pedido questionei a base legal. O responsável pela sucursal referiu tratar-se de um aviso do Banco de Portugal de 2017 referente a medidas de combate ao branqueamento de capitais e ao financiamento do terrorismo, mas que não estava disponível para impressão, só para consulta.
Referiu ainda ter consultado o departamento jurídico e que para abertura de conta ou alteração de titulares era necessária cópia do CC. E que, se eu quisesse que apresentasse a reclamação que o departamento jurídico respondia.
“Pedir cópia do Cartão de Cidadão é uma prática tão enraizada que durante muito tempo ninguém a questionou. Mas os riscos de usurpação de identidade e de criação de falsas identidades existem, e são reais, ainda mais quando o documento é digitalizado e enviado através da Internet. Recordando que existem outras formas de confirmar os dados de alguém, presencialmente ou à distância, sem necessidade de conservar uma reprodução digital ou em papel do Cartão de Cidadão, Clara Guerra (CNPD) aponta os leitores de cartões e o software livre que os bancos, as escolas e as empresas podem utilizar para verificar a identidade das pessoas com quem se relacionam. Porquê então, insistir tanto na fotocópia, se há mecanismos mais seguros de autenticação da identidade?”
Venho assim pedir um esclarecimento, proporcionando-vos, desta forma a oportunidade para se pronunciarem sobre o assunto exposto.
Com os melhores cumprimentos,
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Voltaria a fazer negócio? Não
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