Ministério da Educação
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Ministério da Educação23.6
Direção Geral da Educação

Agrupamento de Escolas de Oliveira de Frades - Queixa sobre atitude de docente

Resolvida
10/10
Luís Filipe Tavares Lopes Gonçalves
Luís Gonçalves apresentou a reclamação
24 de fevereiro 2018

Caros Senhores,
Tenho uma filha de 14 anos de idade que foi vítima de bullying no 1º ciclo (EBI de Oliveira de Frades), durante bastante tempo, até nós pais o descobrirmos, na altura a situação foi referenciada pela professora da 4ª Classe, foi feita queixa no Agrupamento de Escolas e a turma foi dividida a turma no 5ºano pelo mesmo motivo.
Era uma criança tímida, introvertida, não se metia em confusões nem em sala de aulas nem com os colegas nem no recreio, não denunciava os colegas e nem contava o que se passava em casa. E assim continua.
As questões de bullying tendem a ser resolvidas junto dos Diretores de Turma ate este momento, de forma a que aos poucos tem vindo a recuperar e a melhorar a sua maneira de ser, tentando defender-se verbalmente.
Este ano, encontra-se no 9º ano, e há 3 semanas, na aula de Educação física do 9ºA, no horário da segunda-feira, aconteceu algo completamente inadequado por parte da docente. No decorrer da aula, ginástica de solo, a minha filha que tem alguma dificuldade na realização de cambalhotas e na execução do pino, e quando estava e executa-los como não os fez corretamente, mas esforçou-se por os realizar, a docente não teve um comportamento adequado, virando-se para a aluna perguntou-lhe que idade tinha, que não devia estar naquela sala aulas, mas sim junto dos alunos NEE, que até este executavam os exercícios melhor que ela, chamou-a de deficiente perante toda a turma (alguns colegas riram-se, e outros, que foram poucos, ficaram surpreendidos com o comportamento da docente), que não sabe como tem passado estes anos todos, pois mostra bastantes dificuldades a nível de aprendizagem, que revela poucos conhecimentos sobre a modalidade e que as realiza com dificuldade psicomotoras, e que devia adotar uma postura mais pró-activa. Perante esta situação a minha filha foi para o fim da fila para continuar a aula, e sim com uma atitude digna, coisa que a docente não teve, não proferiu nenhuma palavra em sua defesa. Quando é dever da docente motivar, ensinar encorajar, incentivar o aluno e não desmotiva-lo e humilha-lo perante a turma.
Foi do meu conhecimento, que outra aluna teve a mesma dificuldade e que entrou em pânico e até chorou na realização dos mesmos exercício e o comportamento da docente perante a aluna, não foi o mesmo para com a minha filha. É claro que a culpa não é da aluna, mas sim da docente.
Perante este acontecimento, logo a seguir, na quarta-feira, no dia de atendimento aos pais pela diretora de turma, desloquei-me ao Agrupamento de escola, expus o sucedido à DT, (que ficou chocada com o comportamento da colega) pedindo-lhe para abordar a docente sobre a forma como tratou a minha educanda, e solicitei que o fizesse de forma delicada, em virtude de se tratar de um assunto demasiado grave, para que a professora não tomasse mais a minha filha de “ponta”. Solicitei, também a DT que fosse breve na resolução de respostas perante o que aconteceu na sala de aula, uma vez que os colegas, uando a minha filha passava por eles diziam-lhe “olha lá vem a deficiente” e riam-se.
Uns dias depois, a minha filha liga-me a dizer que os colegas não paravam de lhe chamar deficiente, disse-lhe para não ligar e não se deixar ir a baixo. Perguntei quem é que lhe tinha chamado e ela disse alguns nomes. Nesse mesmo dia, estive com uma mãe de uma colega em questão, e contei o que se estava a passar, e que estes não têm o direito de tratarem a colega dessa maneira, faltando-lhe ao respeito constantemente e humilhando-a, e que esperava que falasse com o seu educando para acabar com esta situação senão terei que ser obrigado a tentar resolver o assunto junto da GNR.
Na semana a seguir, questionei, através de telemóvel, a DT sobre se já tinha falado com a respetiva docente, e o que ficou resolvido. A DT disse que a docente tinha enviado um e-mail a expor o assunto, em que assumia o que disse, e acrescentou ainda mais adjetivos a qualificar a minha filha. Solicitou-me para pensar bem no que iria fazer, até porque era grave, e o trabalho que eu iria ter, os problemas e o desgaste, se valeria a pena, até porque nenhum pai gosta de ouvir o que se passou com o seu filho. Além disso, na resposta dada à DT a docente coloca em causa o lecionar de outros docentes de anos anteriores.

Resposta da Docente à DT.
"Porque comigo a aluna não manifesta qualquer opinião, mesmo quando confrontada diretamente.
Como sabes estamos a leccionar a matéria de Ginástica de solo(desporto individual; "cambalhotas, rodas, pinos") e já estamos praticamente a meio a unidade didática. A aluna não consegue realizar nem o básico, e quando falo o básico, falo em conteúdos de 3º/4º/5ºano de escolaridade.
Aquilo que lhe foi dito foi isso mesmo... Que não é normal uma aluna com a idade que tem não conseguir realizar um elemento básico nem demonstrar esforço para o fazer, a não ser que tivesse algum problema motor; também disse que aquele elemento fazia parte dos conteúdos básicos e que se não o realizasse certamente não teria aproveitamento à matéria de Ginástica. A aluna não reagiu, assim como nenhum outro elemento da turma; a aula prosseguiu normalmente.

Tal como questionei no 1º conselho de turma se aluna tinha algum atestado ou problema; foi-me dito que não tinha nada que era completamente normal, mas a aluna apresenta imensas dificuldades motoras e até de compreensão e aquisição de conhecimentos (básicos) que prejudicam o seu aproveitamento à disciplina.
Confesso que também me intriga como é que nenhum prof de Educação Física alertou para este problema até à data. Independentemente da aula propriamente dita, a aluna, apresenta problemas de desalinhamento corporal visíveis por todos e que deveriam ser analisados para evitar problemas futuros.
"Fechar os olhos" não é solução para este tipo de situações.”

Face a todo o exposto, e não obstante os comentários da professora que até poderiam ser didáticas não fosse a forma de o proferir perante toda a turma, solicito a vossa melhor analise e intervenção sobre o tema de forma a que não se volte a repetir com a minha filha ou com qualquer outro aluno.
Saliento que, salvo melhor opinião, para um docente, a forma de obter os objetivos propostos não deverão ser obtidos por palavras e atos de represália e humilhação, mas sim por palavras de incentivo e motivadoras.
Aguardo as vossas noticias,
Com os meus melhores cumprimentos
Luís Fiilipe Tavares Lopes Goncalves.
 

Data de ocorrência: 24 de fevereiro 2018
Ministério da Educação
2 de março 2018
Exmos. (as). Senhores(as)

Acusando a receção da vossa comunicação com a referência n.º 17000118 informamos que procedemos a um contacto direto com o cidadão signatário, para que através desse atendimento personalizado lhe sejam prestadas as adequadas informações e/ou orientação para os serviços competentes.


Gratos pelo vosso serviço.



Com os melhores cumprimentos





Centro de Informação e Relações Públicas - CIREP
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Fax:21 797 80 20
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Luís Filipe Tavares Lopes Gonçalves
Luís Gonçalves avaliou a marca
10 de outubro 2018

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Esta reclamação foi considerada resolvida
Comentários
26 de fevereiro 2018

Luís, o que fizeram com a sua filha é extremamente violento. Posso-lhe dizer que, não tendo qualquer tipo de dificuldade a nível cognitivo nem físico, com a idade da sua filha também tinha muita dificuldade na ginástica de solo, e graças a uma professora do 5º ano, que me humilhou e empurrou, não só passei uma semana de cama na altura, como até hoje (e permita-me a honestidade, sou extremamente atlética) não consigo fazer um pino ou uma cambalhota, tal é o pânico.

Dado que tem a compreensão da DT e dado as implicações dessa ofensa junto dos colegas, sugeria que levasse esta situação ao conselho diretivo. Claro, salvaguardando sempre a menina.