Ministério da Educação
Ministério da Educação
Performance da Marca
Índice de Satisfação nos últimos 12 meses.
Taxa de Resposta
22,6%
Tempo Médio de Resposta
8,4%
Taxa de Solução
23,1%
Média das Avaliações
40,3%
Taxa de Retenção de Clientes
54,9%
Ranking na categoria
Administração Pública
1 ANSR 88.2
3 DGRM 84.5
...
Ministério da Educação23.4
Direção Geral da Educação

Ministério da Educação e da Ciência - Colégio atlântico\professor de inglês

Sem resolução
Ana Rute Guimarães
Ana Guimarães apresentou a reclamação
1 de dezembro 2019
Como pais/Encarregados de Educação do aluno em causa, que se encontra a frequentar o Colégio Atlântico, sito em Pinhal de Frades, no Concelho do Seixal, vimos por esta via denunciar algumas ocorrências que nos têm deixado muitíssimo preocupados.
As referidas ocorrências relacionam-se com as aulas de inglês, mais concretamente com a conduta do Professor, titular desta disciplina em todos os quartos anos do Colégio Atlântico. De referir ainda que estas ocorrências têm vindo a suceder, ininterruptamente, desde o início do 1°ano do nosso filho e têm sido contidas e ignoradas pela Direção do Colégio Atlântico.
Tanto quanto nos fomos apercebendo, no decorrer dos últimos anos letivos, esta opinião é igualmente partilhada por outros pais/EE do Colégio Atlântico, não só no que concerne à postura do professor para com os alunos, mas também em relação ao fraco nível de conhecimento de inglês apresentado pelos mesmos.
Desde cedo consideramos que o referido professor tem alguma dificuldade em estabelecer empatia com os seus alunos e respetivos EE, traduzindo-se numa barreira ao correto, normal e salutar relacionamento entre professor e alunos/EE.
Através dos relatos do nosso educando, não nos foi difícil deduzir que o professor apresenta dificuldades em controlar pedagogicamente os alunos das suas turmas. O que nos leva a crer o atrás referido, assim como as soluções pedagógicas, até à data aplicadas pelo professor de inglês que na realidade são altamente antipedagógicas, são vários episódios que vamos tendo conhecimento e que passamos a enunciar: 
O professor continuamente, de acordo com o relatado pelo nosso educando, utiliza o telemóvel na aula deixando os alunos em trabalho autónomo ou a ver vídeos repetidamente, pelo que nos apercebemos, sem qualquer contexto relacionado com conteúdos da matéria a lecionar. Também deixa os alunos autonomamente em leitura livre ou em atividades fora do âmbito da aula, enquanto adianta o seu trabalho não letivo dentro da sala de aula, como por exemplo a corrigir testes de avaliação, etc.
Felizmente, devido à diversidade individual, os alunos não são todos iguais. Assim, perante a falta de orientação pedagógica, alguns deles, acreditamos que o nosso educando se enquadre neste grupo, entram em comportamentos desviantes.
O que nos choca são as soluções pedagógicas encontradas pelo professor, para inúmeros alunos de todas as turmas, como por exemplo: colocar os alunos fora da sala de aula, sentados nos bancos que se encontram à entrada das salas, não por um pequeno espaço de tempo, como afirmou o professor e a direção, mas por períodos que chegam a decorrer desde o "castigo" até ao final da aula.
Mais... Nos dias que correm, em que o combate ao bullying e à violência está na ordem do dia, tema amplamente apregoado pelo próprio colégio, chegando mesmo a estar na mensagem dos vídeos da direção com que os Enc. Ed. são brindados nas reuniões de turma, devemos ser nós, pais e professores, na linha da frente a promover comportamentos não agressivos entre os nossos filhos/alunos. Já o professor de inglês em questão promoveu, por várias vezes, a discórdia entre os colegas e o nosso filho, não sendo muito possivelmente o nosso educando caso único. Humilhou-o por várias vezes face aos restantes colegas; partiu-lhe um cantil culpabilizando-o pelo sucedido, indicando que não o devia ter na mesa (todos os restantes alunos tinham o cantil na mesa); coloca-o constantemente fora da sala de aula...
Em suma, tem no nosso filho um alvo, desde que se tentou esclarecer o episódio do cantil. Em que o professor chamou mentiroso ao nosso filho, apesar das evidências.
Volto a indicar que não é caso único, sendo esta a bitola a aplicar a quem ousa ser criança e extravasar um pouco. Castigos que sucedem, na maioria das vezes, quando os alunos são deixados em “regime livre” na sala de aula e acabam por incomodar o Professor de Inglês nos seus afazeres.
No passado e a título de exemplo, chegou mesmo a não permitir que o nosso filho entrasse na sala, privando-o de toda a aula de inglês, não bastando e não sendo isso só por si errado ainda "gritou"para os restantes colegas de turma que o nosso filho cheirava mal e que por este motivo ficava na rua. De referir que o cheiro era de uma sopa que um colega acidentalmente tinha derramado por cima da roupa do nosso filho no refeitório. Tão mal que o nosso educando procedeu ao estar no caminho da sopa do colega e mais tarde ofender o olfato do Professor de Inglês.
Mais uma vez, tentou-se dialogar com o professor, mas como expectável correu mal... O professor voltou a negar os factos e desde então, os “processos pedagógicos adotados” pelo mesmo para com o nosso filho aumentaram em frequência e em tempo de duração.
A última situação foi a gota de água, ocorreu na passada segunda-feira, dia 25 de novembro de 2019, começando tudo com o professor de inglês a impedir o meu filho, por inúmeras vezes, de ir ao WC (mesmo depois dele tentar explicar que estava indisposto-diarreia). Tendo o meu filho relatado toda a sequência de eventos quando o fui buscar ao colégio nesse dia. Essas palavras SOS proferidas pelo meu filho... ainda ressoam na minha cabeça!
Passo a citar o relato do nosso educando:

aluno
“Posso ir à casa de banho, preciso mesmo de ir à casa de banho” (Já após vários pedidos anteriores)

Teacher
 "...podes continuar a pedir até amanhã que não vais!".

Não conseguindo aguentar mais, o aluno aflito, com receio de se descuidar e de novamente ser gozado e acusado pelo professor de cheirar mal na frente dos colegas, fugiu para a WC. Aí trancou-se para se proteger do professor que o perseguiu até lá, deixando os restantes alunos sozinhos na sala.

aluno
"Mãe tive tanto medo que fiz como nos filmes...coloquei os pés na sanita e fiquei em silêncio, sem respirar para o professor não me ver...e eu estava com tanta vontade de vomitar!..." 
"Depois de fazer cocó, fiquei ainda mais nervoso porque tinha de voltar para a sala... Andei, andei muito tempo às voltas, a pensar no que ia dizer ao teacher e olha, não disse nada!... Voltei e pronto!"
"Como estavam todos a ver livros em português, eu comecei a ver as minhas revistas dos dinossauros...o teacher foi ter comigo e tirou-mos à bruta... Eu perguntei porquê, várias vezes!... Finalmente quando ele me respondeu disse..."

Teacher
"A sério que não sabes? A sério?" 

 aluno
"...eu disse que não e ele perguntou aos meus colegas..."

Teacher
"Vocês sabem porquê, não sabem?"

aluno
"...os meus colegas com medo do teacher se zangar com eles, disseram que sim... Mas depois, lá fora disseram-me que o teacher tinha sido muito injusto..."
"Ainda bem que os meus colegas perceberam, porque se não… iam ficar outra vez muito tempo a gozar comigo e sem brincarem comigo como da vez da sopa!"

Enfim, como pais, como se pode calcular, escutámos estes desabafos com aflição e ficámos com o coração desfeito. Como professores, revoltados por as atitudes de alguns denegrirem a
imagem da classe!
O nosso filho referiu ainda que logo após o incidente, lhe foi pedido que escrevesse o que tinha acontecido num registo de ocorrência e que o fosse entregar ao Prof. de inglês para assinar.
O nosso filho receoso e atormentado, assim o fez, mas o professor disse que eram tudo mentiras, que não assinava e coagiu-o a alterá-lo conforme lhe era conveniente. Este registo manifesta-se de extrema importância, pois na qualidade de pais, interessa-nos saber se o seu conteúdo expressa mais alguma informação relevante e que o nosso filho ainda não tenha dito, de forma a que o possamos auxiliar neste momento em que recusa a ir às aulas de inglês e expressa receio de estar na presença do professor dessa disciplina.
Como calculam, solicitámos de imediato acesso a este documento redigido pelo nosso filho, primeiramente à professora e posteriormente à direção, no entanto, foi-nos prontamente negada a sua entrega e determinantemente ocultado.
Não querendo mais que o nosso filho fosse sujeito a este tipo de situações recorrentes e nocivas ao mesmo, resolvemos tentar contatar mais uma vez a direção do colégio e indicou-se que não permitíamos que o mesmo frequentasse as aulas do Professor de inglês. Como resposta final da direção recebemos um correio eletrónico, indicando que “O comportamento profissional e as atitudes do professor, bem como toda a informação do aluno: percurso escolar, comportamental e as comunicações com a encarregada de educação vão seguir hoje para o nosso advogado para ser aberto um processo de averiguações.”
Falta-nos acrescentar que desde o 1º ano, já tínhamos exposto quer junto da prof. titular no 1º e 2º ano, quer junto da professora titular no 3º e 4º ano do nosso filho, várias situações ocorridas na disciplina de Inglês que não considerávamos corretas e nos preocupavam. Chegámos inclusivamente a solicitar reuniões com a direção do colégio, mas sempre foram recusadas estas solicitações. Imagine-se uma direção num colégio privado que se recusa a reunir com os Encarregados de Educação! Como resposta a esses pedidos, recebemos apenas emails por parte deste organismo a enaltecer o excelente profissional que é o Professor de inglês e com a indicação de que o nosso filho era muito problemático.
Agora por fim pasme-se... como resposta a estes últimos pedidos de esclarecimento, pedidos de reunião e entrega de um documento escrito pelo nosso filho... recebemos uma recusa total e ditatorial em anuírem a estes pedidos com a indicação, ou será ameaça, de que agora o caso estava com o advogado do colégio.
Relembramos que nunca fomos , repito, nunca fomos ouvidos, apesar de o termos solicitado e de estar previsto no regulamento interno do colégio!
O diálogo, o respeito e a tolerância no Colégio Atlântico, aparentemente é apenas numa via, não ousem ser pais ou alunos “problemáticos” podem ver-se perante um muro de indiferença e silêncio permissivo e quem sabe… convidados a sair do colégio.
Entenda-se com a palavra “problemáticos” referida acima, pais ou alunos que questionam decisões pedagógicas, que querem ser ouvidos, que querem justificações para determinadas decisões ou atitudes. Enfim, pais que querem um tratamento condigno para os seus filhos e uma excelente formação académica, envolvidos num ambiente seguro e de excelência.
Quanto a nós, pais/EE e professores, recriminamo-nos por pagar um colégio privado, para proporcionar ao nosso filho melhores condições escolares/maior flexibilidade horária, quando na realidade estamos a pagar para que o nosso filho expresse medo de frequentar as aulas de Inglês e aversão a uma disciplina curricular, tão importante para o seu futuro.
Note-se que tudo isto foi provocado não por parte de outras crianças, não por parte das professoras titulares e demais auxiliares educativos, mas por parte do professor de inglês e com a conivência da direção do colégio há muito alertada para esta situação.

Deixamos ainda outra anomalia alvo de queixa:
O nosso filho tem um Plano Educativo Individual por ser disléxico. Assim, encontra-se abrangido pelo Decreto -Lei nº 54/2018, de 6 de julho e por medidas de suporte à aprendizagem e à inclusão. Possui medidas universais e algumas acomodações curriculares, no que se refere à forma e cotação dos testes de avaliação de português e inglês. Tanto quanto nos apercebemos, visto não haver comunicação, o professor de inglês não tem adotado as medidas prescritas, nem tem aplicado testes diferenciados ou descontados os erros como preconizado.
Como naturalmente o aluno dá muitos erros, solicitámos no decorrer do seu 3º ano (ano letivo de 2018/2019), à professora da turma, que nos fossem facultados os parâmetros de avaliação referentes à ortografia, assim como do peso percentual dos textos nas fichas de avaliação. A professora, percebendo que estes dados eram importantes para um maior acompanhamento ao
aluno, disse que nos daria, no entanto, esta vontade foi vetada pela direção do colégio.
Segundo a lei temos direito a obter informação adequada, clara e adicional, assim como, direito a consultar o PEI do nosso educando. No entanto, a direção do colégio privou-nos do referido.

Com base em todas estas situações descritas anteriormente, interrogamo-nos porque razão a direção do colégio sente necessidade de constantemente ocultar informação relevante para o percurso dos seus alunos e para o bem-estar dos mesmos.

Como nos sentimos impotentes relativamente a tudo o referido, acreditando que o Ministério de Educação analisará atentamente o conteúdo desta nossa queixa, aguardamos ansiosamente deferimento.
Atenciosamente,
Pais/EE do aluno
Data de ocorrência: 1 de dezembro 2019
Esta reclamação foi considerada sem resolução
Comentários
27 de setembro 2022

Pena que a maior parte dos pais prefira ficar calada. E pena uma instituição privada defender um professor ao invés de tentar tratar com os pais. Situações dessas são inadmissíveis. Mas o melhor é a queixa ser feita diretamente ao ministério de Educação. Ou no livro de reclamações eletrónico.

Cara Ana: comprou uma guerra que à partida ia perder. Nesse colégio imperam os interesses, as amizades e o favoritismo. Os pais ou alunos que façam muito barulho, são postos de lado ou de uma maneira subtil têm "outro tratamento". As crianças não todas tratada da mesma forma. Os castigos não são os mesmos para todos. O professor em questão é vereador da atua Câmara Municipal do Seixal. basta fazer uma pesquisa no site da Câmara. Ali é comer e calar. Não é estranho tantos alunos e não haver uma Associação de Pais? No facebook nunca há uma crítica ou comentário menos bom? É estranho. Anda tudo sem óculos ou a medo? Há professores intocáveis, os queridinhos dos donos, e nada do que os pais digam vai fazer o colegio reconhecer o que quer que seja. As queixas são feitas entre pais, quase em surdina. Toda a gente pensa o mesmo mas ninguém tem coragem para dizer em alta voz ou até ir para os meios de comunicação social. Eu tirei o meu filho assim que me apercebi de certas coisas, Pena que mais pais não façam o mesmo. É uma vergonha. hà muita criançada que não é feliz, ali. Vêm aí tempos de mudança, pode ser que um dia provem "do seu próprio veneno".