Ministério da Educação e da Ciência - Travessia fora da passadeira com 25 menores em contexto de passeio escolar

Exmos. Srs.

Venho por este meio apresentar queixa formal relativa a uma situação que presenciei no passado dia 4 de Maio de 2018 e que considero ser da maior urgência e relevância.
Passo a expôr os factos que constituem a presente queixa:

- A situação ocorreu no passado dia 4 de Maio de 2018, entre as 10h30 e as 11h00 da manhã, nas imediações da Escola Básica do Lumiar do Alto da Faia (Agrupamento de Escolas Virgílio Ferreira), junto ao parque infantil público sito na Rua Frederico George, em Lisboa.

- Um grupo de 25 crianças, conduzidas por 3 educadoras/auxiliares, foram levadas a atravessar a estrada fora da passadeira e pouco antes de uma curva, agravando-se o facto pelo desnível topográfico existente nesse troço de estrada, que piora consideravelmente as condições de visibilidade dos automobilistas. As crianças dirigiam-se para o parque infantil público acima referido, onde permaneceram por cerca de 1h.

- O comportamento das 3 educadoras/auxiliares, adultas e responsáveis pelos menores, colocou em risco a vida dos mesmos para além de comprometer seriamente o desenvolvimento pedagógico das crianças, pelo mau exemplo dado. De ressalvar que, após interpelarmos as 3 profissionais em questão, as mesmas se recusaram a identificar-se, atitude que se repetiu mais tarde quando nos dirigimos à escola para apresentar queixa.

- Após o incidente, dirigimo-nos para casa e observámos da nossa janela que, mais uma vez e já de regresso à escola, o grupo de crianças foi conduzido a atravessar a estrada no mesmo local de perigosidade evidente acima referido.

- Depois disto dirigimo-nos à escola na intenção que apresentar queixa pelo comportamento das 3 profissionais em questão. Reitero que, na nossa presença e já na escola, os intervenientes recusaram identificar-se. Também nos foi recusado o livro de reclamações bem como nos foi recusada uma audiência com a direção da escola, tendo sido destacado um funcionário para nos encaminhar até à saída.

Como mãe e cidadã, julgo-me no dever e no direito de vos expôr a presente queixa, para que possam agir em conformidade junto dos responsáveis pela ocorrência. Sem demais assunto, aguardo pelos vossos esclarecimentos, na esperança de que comportamentos como este possam ser travados a tempo de evitar ocorrências de maior gravidade.

Grata pela vossa atenção, apresento-vos os meus melhores cumprimentos.