Centro de Saúde de Olhão - Péssimo atendimento por parte da funcionária

Bom Dia,
Dirigi-me hoje, dia 10 de Outubro de 2017 ao Centro de Saúde de Olhão com o intuito de inscrever o meu filho menor de 7 anos, recente chegado de São-Tomé, nosso país de origem. Não obstante termos (conjugue) médico de família, eu pessoalmente já tinha antecipadamente declarado intenção de inscrição junto ao gabinete de acção social e entregue cópias dos nossos documentos de identificação, exigidos para que pudesse ser solicitado o certificado de registo de criança em *situação irregular no CNAI (Centro Nacional de Apoio ao Imigrante). *Situação irregular apenas porque o meu menino ainda não recebeu cartão de residência, e consequentemente, para ter os mesmos direitos que qualquer criança portuguesa, sobretudo no Serviço Nacional de Saúde, foi-me exigido essas burocracias todas, mesmo sendo eu próprio utente, contribuinte e acima de tudo um português.
Após ter recebido a carta de aprovação em casa, e seguindo as indicações do Gabinete de Acção social, fui ao Centro de Saúde de Olhão, levando a minha esposa e nosso filho de 7 meses. O tempo do serviço de atendimento na admissão/recepção, como quase sempre que lá vamos, foi desmesuradamente lento a roçar os limites extremos do absurdo. Longa e inadmissível espera, para uma fila que não chegava à vinte. Com o triste cenário de idoso de bengala e nitidamente com deficiência motora e duas mulheres com crianças ao colo, a aguardarem juntamente com os demais. E para infernizar ainda mais os utentes já impacientes, as funcionárias, estressadas, põem-se a discutir calorosamente entre si, assuntos profissionais diante de todos. Quando chegou a nossa vez, a srª Judite Bandeira recusou-se discriminadamente a fazer a inscrição dizendo que a fila era muito longa e não podia tratar "destas coisas" naquele momento, como se o nosso assunto fosse menos importante do que os dos outros utentes. Mandou-nos ir dar uma "voltinha" ou para "voltar mais tarde". Quando solicitei onde estava aposta e visível a comunicação/informação que transmitia essa indicação aos utentes, esta senhora, que se diz profissional de muitos anos, avançou com arrogância outra pessoa para passar-me a frente e despachando-me bruscamente como se de um pedinte se tratasse. Não arredei os pés dali, pedi o livro de reclamações e assim que solicito a identificação da mesma ela levanta-se e abandona o balcão.
Essas atitudes discriminatórias e desrespeitosas são inaceitáveis, principalmente porque se trata de um serviço público.
Lei n.º 15/2014 de 21 de março - Artigo 7.º
Direito à informação
1 — O utente dos serviços de saúde tem o direito a ser informado pelo prestador dos cuidados de saúde sobre a sua situação, as alternativas possíveis de tratamento e a evolução provável do seu estado.
2 — A informação deve ser transmitida de forma acessível, objetiva, completa e inteligível.

(C.R.P.) Tarefas Fundamentais do Estado
Artigo 13.º
(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica , condição social ou orientação sexual.