Exmos. Senhores,
Eu, Ana Cristina da Silva Alves. Residente em Paço de Arcos venho, por este meio, dar conhecimento da atuação da equipa técnica de auxiliares de ação direta e enfermeiros da Unidade Almada Saúde na área dos Cuidados Continuados.
No âmbito do descanso do cuidador informal, regulamentado pelo Decreto-Lei n.º 100/2019, no dia 26/01/2021 a minha mãe, Maria de Lurdes Dias da Silva Alves, foi internada nos Cuidados Continuados da Unidade Almada Saúde.
Para meu desagrado, comecei a detetar algumas irregularidades. Estas irregularidades começaram, aquando os meus contactos diários para saber como estava a ser a adaptação da minha mãe. Eis o meu espanto quando as enfermeiras não sabiam dar respostas concretas às minhas questões sobre a minha mãe.
Sábado, dia 20/02/2021, eu e a minha família dirigimo-nos à Unidade Almada Saúde para a visita através de vidro. O meu descontentamento revela-se quando a colaboradora que levou a minha mãe para a visita a deixou sozinha e foi falar com as colegas para a receção e, novamente, demonstra-se a falta de comunicação entre colaboradores pois, não me souberam responder a nenhuma questão acerca da saúde atual da minha mãe.
No dia 26/02/2021, tal como combinado desde o início, deslocámo-nos à Unidade Almada Saúde para ir buscar a minha mãe pois, os 30 dias de Descanso do Cuidador Informal tinham terminado. Para minha insatisfação, deparo-me com a minha mãe vestida com roupa que, não lhe pertencia. Quando questionei as colaboradoras o motivo de estar com roupa que não lhe pertencia as mesmas ficaram surpresas e despiram-na à porta de saída da Unidade Almada Saúde. Acrescento que não me foi entregue qualquer pertence dela ou medicação e que, consequentemente terei que me deslocar novamente ao estabelecimento, implicando custos para mim.
Além do referido, nesse mesmo dia, a minha mãe não conseguia sustentar a cabeça, estava apática, tinha sangue na boca e a prótese inferior partida assim como um dente. Para lá do já mencionado, ainda recebo a informação do novo lar de que, a minha estava desnutrida e desidratada. Acrescento que, não houve, neste sentido, qualquer informação da Unidade Almada Saúde.
Como o comportamento acima descrito parece-me intolerável e inadmissível, venho por este meio solicitar que sejam tomadas as respetivas medidas disciplinares. Considero ainda que este tipo de tratamentos são um atentado à Declaração Universal dos Direitos Humanos no âmbito do artigo n. º5 em que é afirmado que ninguém será submetido a tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes.
Posto isto, solicito brevidade na resposta, que sejam tomadas as devidas medidas disciplinares e que alguém responda por este atentado à saúde da minha mãe. Informo ainda que irei comunicar todo o acontecimento à comunicação social.
Disposta à prestação de quaisquer esclarecimentos necessários,
Ana Alves
Data de ocorrência: 1 de março 2021
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