Serviço Nacional de Saúde
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Performance da Marca
13.7
/100
Insatisfatório
Insatisfatório
Índice de Satisfação nos últimos 12 meses.
Taxa de Resposta
11,7%
Tempo Médio de Resposta
3,4%
Taxa de Solução
12,4%
Média das Avaliações
31,2%
Taxa de Retenção de Clientes
48,2%
Ranking na categoria
Administração Pública
1 ANSR 88.2
3 DGRM 84.5
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Serviço Nacional de Saúde13.7
Ministério da Saúde

Serviço Nacional de Saúde - Cirurgias programadas - cirurgia plástica

Sem resolução
MARIA LUISA PEREIRA GONCALVES GAIO
MARIA GAIO apresentou a reclamação
30 de abril 2019
Fui vitima de um acidente doméstico com queimaduras 3º grau no corpo e membro superior esquerdo após rebentamento de panela de pressão, em novembro de 2017.
Fui assistida na urgência do hospital local, e fiquei a fazer pensos diários durante quase dois meses no centro de saúde, sem transferência para hospital central.
Só em 22 fevereiro fui a consulta de queimado nos CHUC e com posterior indicação de transferência para cirurgia plástica após pedido feito pelo Alert P1 através do médico de família.
Desde novembro 2017 de baixa por incapacidade (empregada fabril com o ordenado mínimo) que mantenho até à presente data. Fiz vários contactos para os serviços em Coimbra e fui informada que estava inscrita no sistema de cirurgia programadas-SIGIC.
Após diversos contactos só em setembro de 2018 recebi o 1º vale para cirurgia em outra unidade de saúde, e o tempo de espera era o mesmo dos CHUC. Optei por não aceitar a transferência. Estava com 390 doentes na frente.
Recebi o 2º Vale em 29 novembro 2018 e a situação em nada se alterou, a não ser que tinha à minha frente, agora, “só” 354 utentes.
Este é o SNS atual e a sua lista de espera para cirurgias. Fui sempre informada nos serviços que tinha de ser operada com brevidade pois não tenho força no membro superior esquerdo por não ter mobilidade, rigidez devido a fibrose cicatricial agravada pelo tempo de espera, não conseguindo fazer a extensão, andado com o braço encolhido e cada vez mais, com menos mobilidade. Uma cirurgia que segundo os técnicos é fácil e com um resultado muito positivo. Com esta situação, mantenho-me em casa, sem conseguir trabalhar, pois, o médico da empresa confirma a minha incapacidade de trabalhar numa linha de fabrico de confeções.
Nas juntas Médicas em Coimbra, cada vez que lá me desloco para verificação, sou, ou melhor, somos quase insultadas com comentários tristes e depreciativos de "o que anda aqui ainda a fazer" ou " passou a profissional da baixa" entre outros, ditos por alguém que que mostra pouca apetência e ética para o que trabalho que desempenha.
Também a informação dada por diversos profissionais, quer das juntas quer dos CHUC, se quiser ser operada em pouco mais de uma semana, para recorrer a clínica ou a hospitais privados.
Não o faço, não quero, e, os meus serviços enquanto SNS, tem a obrigação de me dar resposta e não salvaguardar os interesses de outros profissionais e serviços privados. Infelizmente é o que acontece, lemos e vimos todos os dias. Eu só quero voltar a trabalhar e para isso quero, ou melhor, exijo que o SNS me dê respostas concretas e não ande aqui à um ano e meio de baixa com incapacidade. Sempre fiz os meus descontos e contribuições devidas, para beneficiar quando preciso, dos meus serviços de saúde.
Após recente verificação da minha situação através do portal SNS e para isso tive de me adaptar com e-mail e inscrever no portal, verifiquei que em 29/03/2019 a minha posição era o n.º 316, em 31/03/2019 era o n.º 314, em 08/04/2019 era o n.º 309 e em 30/04/2019 era o 293. Sempre com mais de 12 ou treze semana de espera.
Esta é a verdade e vergonha do meu SNS e disso farei eco ondo for necessário.
Esta é uma luta diária e irei até ao fim do mundo para conseguir o que penso e tenho a certeza de ter direito enquanto cidadã nacional.
Sei que há quem mais necessite e mais precise e esse tem todo o meu respeito e compreensão, agora o que se passa atualmente com as listas de espera, é vergonhoso e degradante para a saúde nacional e muito pior, para o cidadão comum que não tem dinheiro para recorrer aos privados, estado numa espera desesperante e doentia.
Faço esta reclamação, na expetativa de que consiga o que tanto procuro em mais de um ano e meio. Voltar a ser uma cidadã, que vive normalmente do seu trabalho diário e honesto, há quarenta anos.
Data de ocorrência: 30 de abril 2019
Esta reclamação foi considerada sem resolução
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