Em finais de Abril do corrente ano decidir aderir ao serviço IRIS da ZON para que pudesse ter ao meu dispor uma internet de alta velocidade. Estava tudo a correr bem, até que, para meu enorme espanto, pelo final do primeiro mês, em 26 de Maio, recebo uma factura para para liquidar o valor correspondente a 29 de Abril até 27 de Junho (2 períodos de facturação).
Considerando esta situação inaceitável, e não tendo sido informado deste género de facturação no momento de celebração do contrato por telefone, contactei a ZON no dia 4 de Junho, no sentido de esclarecer a situação e solicitar a rectificação da factura. Nesse contacto, fui informado pelo operador que não haveria possibilidade de rectificar a minha factura, que era desta forma que todos os clientes da ZON Íris são facturados, e que essa informação constava no contrato. Perante a minha indignação, o que o operador me sugeriu, foi que pagasse apenas metade da factura, transitando o valor do mês seguinte (cobrado injustificadamente) para a factura do mês correspondente.
Segui o conselho do operador e efectuei o pagamento parcial da factura, no valor relativo ao mês usufruído, e no dia 9 de Junho submeti um pedido de documentação através do portal MyZON, a solicitar o contrato a que estou vinculado, com o intuito de verificar se realmente lá consta a descrição deste estranho método de facturação. Este pedido de documentação foi ineficaz, uma vez que no documento que me foi disponibilizado pelo portal MyZON, apenas constava a informação do pacote contratado, sem quaisquer cláusulas contratuais. Assim sendo, fui forçado a contactar novamente a ZON para solicitar o documento com as condições gerais do serviço.
Neste novo processo de pedido de documentação, fui contactado telefonicamente e aproveitei para explicar as razões pelas quais queria aceder ao contrato à operadora que me atendeu. Foi-me transmitido que, de facto, eram estas as práticas da ZON para todos os clientes dos pacotes Íris, e que não havia possibilidade de rectificarem a situação devido ao sistema informático não permitir (ou seja, trata-se de um problema da ZON, e não do cliente).
O contrato foi-me enviado no dia 25 de Julho, após esse contacto, para o correio electrónico e, como seria de esperar, verifiquei que a forma de facturação descrita não estava coerente com a forma como a ZON me estava a facturar - e constatei que o operador que me atendeu na tentativa de resolução do problema me tinha mentido - o que, só por si, é intolerável.
Apesar disso, uma vez que tinha remediado a situação através do pagamento parcial da primeira factura (como o operador da ZON me sugeriu), estava disposto a manter o serviço. Qual não foi o meu espanto, quando na factura seguinte recebo novamente o pagamento de duas mensalidades, juntamente com uma carta a avisar-me de que os meus serviços poderiam vir a ser suspensos. Isto, além das várias SMS automatizadas que tenho vindo a receber, colocando-me numa posição de devedor, posição essa que não me caracteriza de forma alguma.
Assim sendo, efectuei novamente o pagamento do mês correspondente e, uma vez que o contrato que me fora enviado por correio electrónico mencionava dois anexos (I e II) que não me foram enviados em conjunto com o mesmo, pela terceira vez, efectuei um novo pedido para obter a documentação em falta, com o intuito de ter a certeza de que não estaria nada acerca da facturação Íris nestes anexos. Recebi os mesmos por correio no dia 10 de Agosto e confirmei que não havia, de facto, nada referente a este assunto.
Considero-me uma pessoa justa e honesta, que não usufrui de créditos nem pagamentos a prestações, e, como tal, não aceito de forma alguma que a ZON me coloque numa posição de devedor, quando, ainda por cima, se trata de um problema criado pela ZON - totalmente alheio ao cliente. Perdi horas ao telefone e a redigir pedidos, gastei dinheiro a contactar o Apoio ao Cliente via rede móvel, foi-me mentido pelo operador da ZON e senti-me ofendido pela carta e notificações SMS a colocar-me como devedor. Por estas questões, considero-me lesado e cansado deste problema inaceitável que a ZON nunca quis resolver.
No dia 29 de Agosto desloquei-me a uma Loja ZON e entreguei todos os equipamentos em questão, em bom estado, solicitando o cancelamento e desvinculação de todos os serviços contratados, bem como a rescisão justificada do contrato de permanência a que me encontro vinculado, por meio de incumprimento pela ZON, dos seus próprios termos contratuais, nomeadamente Nº7 - Alínea 3 (Tarifário e Facturação).
Cito: "7.3 O preço relativo ao mês em que seja efectuada a ligação/activação corresponderá ao nº de dias que decorram entre a ligação/activação e o final desse mês, na proporção de 1/n por cada dia, sendo n o número de dias desse mês."
Liquidei todos os valores que tinha em dívida para com a ZON, nomeadamente o pagamento do serviço para o mês de Agosto.
Ontem, dia 26 de Setembro, recebi uma carta a solicitar o pagamento do período de fidelização por ter cancelado os serviços antes dos 12 meses. Considero que não deveria ter de suportar este custo, uma vez que a ZON é que cobra indevidamente os seus clientes IRIS, violando os seus próprios termos contratuais, e recusando-se de resolver a situação.
Já tive oportunidade de constatar que esta é uma situação que afecta todos os clientes IRIS, e que existem imensas pessoas descontentes com a facturação incoerente praticada por esta operadora. Além de que esta forma de facturar adiantado ao cliente gera uma fortuna em crédito a favor da ZON.
Se a facturação que a ZON pretende praticar difere dos padrões normais e do próprio contrato do serviço, no mínimo deveria avisar os clientes no momento de adesão.
Assim sendo, parece que nos cabe a nós, consumidores, alertar uns aos outros para a não adesão aos serviços deste operador que se mostra incoerente nas suas práticas e se recusa a reconhecer este problema que afecta todos os clientes IRIS.
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