Sou cliente NOS por três vezes: duas com pacote NOS em duas moradas em Lisboa e outra em Pombal com pacote NOS que instalei para usufruto e em nome dos meus pais. Apesar de me considerar um cliente acima da média e de nunca ter falhado nas minhas obrigações com a NOS, não pretendo atendimento especial. Somente o normal. Ora, pela segunda vez, dirigi-me ao balcão da cidade de Pombal e a funcionária, assinalavelmente antipática (mas com isso até vivo bem), negou ajudar-me na resolução de um problema, escudando-se na sacrossanta «regra da casa».
Passo a explicar: a minha mãe (pessoa com mais de 80 anos de idade e com dificuldades de saúde que lhe dificultam a locomoção) tem um telefone pré-pago da MEO. Constatando esse facto, decidi ajudá-la a incluir o seu actual número de telefone (MEO) no pacote NOS (TV, Telefone e Internet) que ela já tem. Para isso, dirigi-me ao balcão NOS da cidade de Pombal (Largo do Cardal) e perguntei o que poderia fazer nesse sentido. Da primeira vez que tentei isso, há já uns meses, a funcionária (a mesma) disse que isso tudo era só possível presencialmente. Desta vez, após ter perguntado num balcão NOS em Lisboa, partilhei com a funcionária que em casos excepcionais seria possível preencher os formulários, levá-los à minha Mãe para os assinar e, fazendo-me acompanhar do seu Cartão de Cidadão original, proceder a essa alteração. Note-se que o objectivo não é o de pedir num balcão de uma agência bancária que se transfira dinheiro da conta de minha Mãe para a minha, mas tão só incluir o seu número de telemóvel no actual e já existente contrato com a NOS!
Perante isto, a senhora lá disse que seria possível, excepcionalmente, mostrando aquilo que eu chamo «inteligência emocional» e capacidade de satisfação do cliente. Com os formulários, saí da loja e fui a casa da minha Mãe para ela assinar os mesmos para portabilidade do número e, creio, de alteração contratual. Vinte minutos depois (às 12h50) de sábado, dia 20 de Julho, voltei com os formulários e com as devidas assinaturas. Subitamente, porque inadvertidamente rasurei o meu nome (na qualidade de representante, mas que por sinal estava certo) a senhora disse que, não só não era possível continuar o processo (porque tinha rasurado apesar de o meu nome estar correcto) mas que nem era possível de todo dar seguimento a nenhum processo daquela natureza sem a presença física de minha Mãe ou com um documento «com valor notarial» no qual a minha Mãe me concedesse poderes de representação.
Ora, se quanto à legalidade e rigor de zelo, poderá não haver muito a acrescentar, o mesmo não se pode fazer quanto à capacidade daquela funcionária compreender a diferença entre se estar na presença de um crime de lesa-majestade e de tentar ajudar um cliente (por sinal idoso) numa situação não lesiva para a NOS e de grande auxílio a quem precisa.
Em suma, dado que a minha presença na cidade de Pombal é inferior a uma vez por mês, a minha Mãe terá de ficar mais um mês naquela situação ridícula de ter de pedir a vizinhos para lhe fazerem o carregamento por multibanco para o seu cartão MEO pré-pago!
A formação que a NOS deu àquela funcionária do balcão pombalense foi muito deficiente no tocante às Relações Públicas. Ou então, a senhora em questão poderá ter aquilo que nas pequenas terras se vê frequentemente, que é o «poderzinho de secretaria» que a faz sentir verdadeiramente acima dos comuns mortais que só dela podem depender. Patético e lamentável.
Data de ocorrência: 22 de julho 2019
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