No dia 29 de janeiro, eu estava indo trabalhar por volta das 7h50 da manhã. Estava descendo a Avenida Engenheiro Duarte Pacheco, em Ermesinde. Chovia muito, e o trânsito estava horrível. Eu conduzia uma scooter elétrica (DEMOP) e fazia uma ultrapassagem a uma viatura quando um carro, saindo da Rua Ferreira de Castro, entrou no meio do trânsito. Quando percebi, já estava muito em cima. Tentei desviar, invadindo a contramão, mas, mesmo assim, não tive sucesso. Acabei batendo no lado direito do para-choque do carro. Minha moto ficou destruída, enquanto o carro teve apenas alguns arranhões.
Fui arremessado para a frente e fiquei um pouco atordoado, sem acreditar no que estava acontecendo. Felizmente, não me machuquei muito, apenas tive alguns arranhões. Em seguida, a mulher que conduzia o veículo, dona Lucinda Guerra, desceu do carro e veio falar comigo. Ao saber que eu estava bem, chamou-me para ir até a sua empresa para conversarmos melhor e preenchermos uma ficha.
Como foi o meu primeiro acidente, eu não tinha muita noção do que era certo ou errado fazer. Então, fui com a dona Lucinda Guerra até a sua empresa, localizada na Rua da Comital. Ao chegarmos lá, ela chamou o marido de uma de suas funcionárias para preencher a ficha por ela (Declaração Amigável de Acidente Automóvel), falando comigo apenas para pedir meus dados e assinatura.
Na parte inferior da ficha, era solicitado um desenho do local e da dinâmica do acidente. Nesse momento, o terceiro fez o desenho conforme a dona Lucinda descrevia, de forma a favorecê-la, colocando-me na contramão e escrevendo que eu estava fazendo ultrapassagem em uma via de linha contínua. No entanto, isso não é verdade, pois eu tinha total direito de realizar a ultrapassagem.
Após o preenchimento da ficha, deram-me uma cópia para enviar à minha seguradora. Expliquei, então, que não tinha seguro, pois não havia conseguido encontrar um para minha moto e, além disso, não é obrigatório fazê-lo.
Ao chegar em casa, enviei um PDF com a ficha para a seguradora da dona Lucinda, explicando o ocorrido. No dia 3 de fevereiro, a N Seguros enviou um perito para avaliar a moto. Logo em seguida, a moto foi levada para a oficina para orçamento. Depois disso, não me disseram mais nada.
Após cerca de duas semanas, liguei para a N Seguros para saber o andamento do processo. Foi então que me informaram que um senhor chamado João Falcão havia encerrado o sinistro, declarando-me culpado. No dia 19 de fevereiro, enviei outro e-mail para a seguradora, solicitando uma reavaliação do caso, pois não havia como eu ser o culpado na história.
Continuei sem resposta. Alguns dias depois, liguei novamente e informaram-me que o senhor João Falcão havia reaberto o sinistro. No dia 7 de março, enviaram-me um e-mail declarando-me culpado novamente. Porém, exatos dois minutos depois, enviaram outro e-mail pedindo desculpas, pois a mensagem anterior havia sido um lapso. Desde então, não me mandaram mais nada nem me deram mais informações.
Moro em Valongo e trabalho no Centro Empresarial da Maia (Lionesa). Preciso pegar dois transportes, com duração total de duas horas, para chegar ao trabalho. Não posso mais ficar sem minha moto. Estou gastando o que tenho e o que não tenho com transportes, e a seguradora não resolve nada.
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 29 de janeiro 2025
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