O agrupamento OTLIS dedica-se, de acordo com informação disponível na sua página, a desenvolver, implementar e gerir novas tecnologias na área da bilhética sem contacto. Nada a apontar a não ser, talvez, o uso da expressão “novas tecnologias”.
Os problemas começam na página de entrada do portal “portalviva.pt”. O utilizador que tenta fazer login é avisado de que se não utiliza o Internet Explorer como browser deve clicar num link indicado. Primeiro problema, o link não funciona! Surpreende alguém. A mim, não me surpreende, principalmente por causa do segundo problema. Uma pesqusia rápida permite descobrir algo que se calhar os senhores da OTLIS ainda não sabem. A Microsoft descontinuou o Internet Explorer. Ainda o distribui, é certo. Ainda lhe presta suporte, pudera. Mas deixou de o desenvolver em Março de 2015! Novas tecnologias?
Mas imagine-se que o utlizador é, como eu, teimoso, tenta continuar e consegue fazer o registo. Sim, porque de acordo com os senhores da OTLIS “Já não precisamo de sair de casa para carregar ou requisitar o cartão VIVA!”, e era mesmo isto que eu queria. Para tal, é preciso um leitor de cartões. Não há problema, eles até o vendem por 15€. Mas avisam, é preciso utilizar o browser Internet Explorer (começa mal) porque, segundo eles: “Os restantes browsers não suportam o plugin NPAPI (tecnologia necessária para a leitura de applets Java) não sendo possível a leitura do cartão. Esta questão é alheia ao Portal VIVA e afeta qualquer website que necessite de aplicativos de Java.”
Pois não, os outros browsers não suportam o plugin NPAPI porque vivem no século XXI! Os outros browsers, os modernos, descontinuaram a utilização de plugins (Java, Flash, Silverlight, para nomear apenas alguns) porque estes apresentam problemas graves de segurança. Os aplicativos Java são obsoletos. A Oracle descontinuou o Java em 2015.
Dizer que esta questão é alheia ao Portal VIVA é enterrar a cabeça na areia por parte do OTLIS. Hoje em dia, desenvolver ou manter uma plataforma baseada em tecnologia obsoleta é apenas incompetência. Por parte de quem desenvolve e por parte de quem gere.
Quando encontrar alguém a tentar abastecer um carro eléctrico com gasolina já sei onde trabalha.
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