Pingo Doce - Como perder uma cliente: manual de instruções

Dia 20-OUT-2018, fui fazer compras à loja pingo doce da Cova da Piedade, Almada. À saída, após pagar usando a caixa self-service, sou abordada por um segurança (não ceio que estivesse identificado, estava com o uniforme da empresa e apenas reparei que tinha a mão direita tatuada) que me pede para o acompanhar. Após nos encontrarmos num local longe da frente de loja, isolado, pede-me para ver o talão das compras, usando o termo 'talãozinho'. O uso do sufixo foi a única demonstração de cordialidade, ainda que condescendente, pois toda a sua postura apontava para estar a lidar com alguém que foi apanhada a roubar.
Depois de olhar para o talão, olhando sem ver, diz para eu mostrar a minha mala.
Sabendo dos meus direitos, recuso enfaticamente, seguindo-se um erguer do tom de voz (sim, gritou), 'Mostre a mala!!'. Após esta intimidação, feita por um indivíduo bem maior que eu e estando eu sozinha, acedi, sob protesto e num estado agravado de nervos.
Aparentemente, a embalagem de pastilhas que eu arrumei na mala DEPOIS de a pagar tinha, aos olhos deste segurança. sido roubada, mesmo depois de ter olhado, sem ver, para o talão. Depois mostrei que tinha outra embalagem, vazia, na mala, expliquei que comprei uma nova embalagem porque a anterior tinha acabado, para fazer este individuo compreender o erro que tinha cometido. Tive de ser eu a apontar para a linha na factura que comprovava que o que eu tinha comigo, paguei e não roubei.
O final desta interacção não terminou com um pedido de desculpas por parte deste senhor, nada, como se ainda houvesse algum motivo de suspeita.
Nunca na minha vida fui sujeita a este tipo de intimidação e invasão da minha privacidade. Repugnante. Por isso não vou voltar a fazer compras nas vossas lojas, não quero ter de voltar a passar por isto, o pingo doce não é insubstituível. Anos de confiança destruídos.