Recentemente, pela aplicação do Estado de Emergência em Portugal, tentei comunicar com a loja habitual onde efectuo as minhas compras mensais, da marca Pingo Doce - Meadela. Solicitei que as compras, durante o período do confinamento obrigatório, fossem entregues no domicílio. A direção da loja acedeu ao meu pedido e fez duas entregas. Eis que chega o momento de necessidade e, como habitualmente, efectuei de novo o pedido com uma lista ilustrada ao pormenor com os produtos discriminados e até com os preços e conta feita. Quanto não foi o meu espanto ao ser recusado por falta de pessoal. Neste momento, por me encontrar a acompanhar uma pessoa idosa de 91 anos que depende de mim como cuidador, esta é uma situação intolerável e impossível de reconciliar. A situação do país é de extrema gravidade e exige a maior seriedade. As restrições de movimentos prosseguem, e não se sabe ao certo qual a garantia de segurança em relação às saídas, mesmo que esporádicas e de curta duração. É lamentável o pormenor de se fazer lindamente, e depois, de forma brusca e sem aviso, a suspensão do serviço. Eu só estou a escrever esta reclamação porque entendo ser importante fazê-lo, na medida de que se trata de uma questão humanitária de ajuda a pessoas necessitadas e que, no domínio daquilo que é o serviço público prestado numa situação extraordinária, merece a superior atenção por parte das instituições e autoridades competentes. Sem uma articulação eficiente entre pessoas e organizações, torna-se inviável o cumprimento de determinadas normas. Quem fizer e disser o contrário mente e coloca em causa a verdade dos factos. Por estas razões, torna-se imperativo, neste altura, dar continuidade aos serviços qualificados de ajuda a quem mais necessita, e não há neste momento qualquer outro grupo de maior risco que não sejam as pessoas idosas. Quero acreditar que não vou precisar de me queixar ao Sr. Secretário de Estado aludindo para esta dificuldade. Espero muito sinceramente que esta reclamação sirva os propósitos de provar a extrema necessidade do que está aqui em causa. Se a relação entre o Pingo Doce e o cliente é de grande valor para manter a satisfação dos mesmos, então há serviços já prestados que nunca deveriam ser suspensos após terem sido iniciados. Por último, dizer apenas que o número de idosos afectados por esta súbita suspensão é muito elevado. Será que se tem noção da decisão tomada? Muito obrigado e boa saúde para todos.
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 1 de maio 2020
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