A Rádio Popular, empresa prestigiada em todo o país, garante e afixa nas suas lojas um direito do consumidor que não cumpre, agindo desta forma ilegalmente.
Levei o meu computador comprado por 1299 euros na Rádio Popular da Maia para reparação. O aparelho encontra-se dentro da garantia e como tal, segundo as normas que a própria loja expõe em cartaz, deveria ser entregue reparado no prazo máximo de 30 dias úteis (algo estranho quando o que a lei prevê são 30 dias). No caso da reparação não ocorrer dentro deste prazo, garante a mesma lei (e o cartaz afixado nas lojas da Rádio Popular) o fornecimento de um computador novo ao consumidor. Contudo quando me foi solicitado o levantamento do aparelho (uns 10 dias antes do prazo terminar) o ecrã estava danificado, e como tal não efectuei o seu levantamento nem assinei qualquer documento que indicasse que o teria levantado e que permitisse abertura de novo processo, prosseguindo em decurso o mesmo processo de reparação cujo prazo terminava a 25 de Janeiro (tal como eu verifiquei o estado do computador antes de o levantar, também a loja o fez, sendo prova disso a guia de reparação que confirma que o computador foi entregue em estado razoavel, ou seja não apresentando qualquer dano no ecrã) .
No final dos 30 dias úteis de reparação, dia 25 de Janeiro, dirigi-me à loja para efectuar o levantamento do aparelho e fui informada que este não se encontrava reparado e pronto para entrega. Solicitei então, de acordo com as normas referidas, um novo aparelho. No entanto, o responsável pós venda informou-me que a Administração não permitia a entrega de um novo aparelho alegando que a responsabilidade do dano não seria sua mas sim dos fornecedores ou transportadores (empresas com que a loja trabalha e que eu acredito não ter qualquer obrigação perante os seus clientes) que por sua vez declinaram também a culpa.
Apesar de explicar na loja que sou consumidora da Rádio Popular e não dos seus fornecedores e transportadores e que por isso me deveriam entregar o computador conforme as normas sob as quais o comprei (com garantia de reparação em 30 dias úteis e oferta de novo aparelho em caso de incumprimento deste prazo) e que a identificação dos responsáveis pelo dano deveria ser um processo interno que não diz respeito ao consumidor final da loja, a posição e argumentos da loja mantiveram-se inalterados, não havendo lugar à entrega de novo computador justificado pela não identificação do culpado (loja, transportadora ou fornecedor).
Apresentei queixa no livro de reclamações da loja dia 26 de Janeiro e até hoje continuo sem resposta (nem da loja nem das entidades competentes).
Contactei a loja pessoalmente e por telefone várias vezes, escrevi um e-mail a expor a situação para o qual não obtive resposta. Apesar dos vários contactos da minha parte a loja nunca me contactou até que escrevi um novo e-mail pedindo o ponto de situação do problema uma vez que tinha sido convidada para uma reportagem pública acerca do assunto. Contudo a situação continua por resolver. e por isso criei um blog (radiopopularnuncamais.blogspot.com) e um grupo no facebook (Radio Popular NUNCA MAIS!) para divulgar a situação e prevenir eventuais consumidores desta loja. Estes espaços estão abertos a todos e apelo à contribuição de todos os que, como eu, foram lesados pela Rádio Popular de forma a que estas ilegalidades não permaneçam impunes e ignoradas.
O rfcg tem muita razão, é por pessoas do género do Exmo sr. Miguel Matias que se habituaram desde pequenos à lei do "deixar andar, é só mais um dia ..e depois outro..." é que os grandes abusam de nós. E olhem que esses, tal como as finanças ou outros serviços públicos, e EDPs e PTs quando é a cobrar não dão esse tempinho extra.
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