Randstad - Parece não querer cumprir despacho do governo português

Hoje recebi ligação da Sra. Fernanda dos Recursos Humanos da Randstad de Lisboa. Eu havia enviado meu CV para vaga de apoio técnico a Vodafone. A primeira pergunta que ela me fez, já sabendo que sou brasileira, foi se eu tinha a documentação para trabalhar em Portugal e me disse que era uma exigência da Vodafone. Porém eu sei que o contrato nunca é direto com o cliente e sim com a Randstad. No caso, eu tenho a documentação que me permite trabalhar no país, uma vez que de acordo com os Despachos 10944/2020 e n.º 4473-A/2021 (e ainda há outros desde o ano anterior), o Governo Português já legalizou a permanência de brasileiros em Portugal desde que já tenham enviado a Manifestação de Interesse até 15/10/2020 e a minha foi enviada antes disso e não é segredo para ninguém, pois isso é falado nas notícias todos os dias que por meio dessa legalização do governo, os estrangeiros estão aptos a trabalhar legalmente no país. Tanto é verdade que eu assinei um contrato de trabalho com a Egor e a TAP no ano anterior, mas a senhora Fernanda tentou dizer que era um contrato provisório, porém não era provisório. Era contrato de trabalho mesmo e eu tenho como provar e a empresa pagou no meu nome os descontos para a segurança Social e também tenho o contrato de rescisão da empresa. E também me disse que para ela aceitar a minha Manifestação de Interesse eu deveria ter no mínimo o agendamento junto ao SEF, pois se der algum problema na obtenção do meu título, a empresa não ficaria prejudicada. Eu acho que ela pensa que sou ignorante, pois isso não faz sentido algum. Se eu tenho a Manifestação, não importa se já tem agendamento ou não, qualquer empresa em Portugal já pode me contratar de forma legal e comunicar à Segurança Social e não será multada e a empresa não é em nada responsável pelo processo de obtenção do título, então não corre o risco de ser prejudicada em nada. E é exatamente para isso que o governo português emitiu esse novo despacho, que é para legalizar estrangeiros que estão com os seus processos em atrasos no SEF devido ao Covid 19, pois não é minha culpa que até agora eu não tenho um agendamento. Então, o que está havendo aqui? É desconhecimento da Randstad e da Vodafone ou estão a usar isso como desculpas para não contratar estrangeiros? A Sra Fernanda disse que não iria discutir sobre as leis comigo pois, segundo o que ela me disse, há na lei muitas lacunas e a Vodafone não é obrigada a aceitar. Então para que servem as leis do governo português se essas empresas fazem o que querem? Estou me sentindo muito mal, pois acredito que ela só percebeu que eu era brasileira ao ouvir minha voz e então fez a pergunta da documentação e o meu CV que é excelente nem foi colocado em pauta. Então parece que várias empresas (pois não foi só com a Randstad que isso já me aconteceu) tentam de todas as formas a encontrar alguma irregularidade na documentação para não contratar brasileiros mesmo que o governo tenha autorizado. Eu sei que nada disso é culpa da funcionária da Randstad, no caso, a Sra. Fernanda, mas muito provavelmente ela está a ser muito mal informada pelos seus superiores. Acaba por ser uma forma implícita de nos condenar à ociosidade e a deixarmos o país. Apenas para efeito de informação eu tenho a gravação dessa chamada guardada comigo e posso provar tudo o que escrevi aqui.

Foi essa a resposta que recebi até o momento da empresa com relação à essa reclamação (em anexo)

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Meu problema foi resolvido graças ao excelente trabalho da Sra. Andreia Silveira da Randstad que fez tudo o que pode para me ajudar.