Tinha hoje consulta na Unidade de Saúde Domingos Barreiro com a Dr.ª Isabel Delgado. Estava marcada para as 11h. Cheguei às 11:22 por atraso de transportes pois tenho de apanhar dois autocarros. A Dr.ª ainda estava a ver a doente marcada para as 10:45. A assistente técnica disse-me logo que eu tinha chegado atrasada e que ia falar com a Dr.ª. Aguardei e veio a resposta. Tinha de esperar pela doente das 11:30 e das 12 e seria atendida se as consultas não acabassem muito tarde. A minha sensação foi que se tinham livrado de mim.
Aliás, devo dizer que a forma de atendimento deixa muito a desejar. Já se tinha verificado que tive de fazer um telefonema para a unidade depois de aguardar há mais de uma semana por uma receita para um medicamento para a minha alergia que é grave. No dia 11 de setembro telefonei para a Unidade de Saúde Domingos Barreiro a saber por que motivo não me fora enviada a receita e fiquei a saber que tinha consulta nesse dia à hora a que estava a telefonar sem eu ter tido conhecimento dela. E que, afinal, a receita estava lá mas não tinha sido enviada digitalmente.
Tenho de acrescentar que aguardamos cá fora da porta sermos chamados tanto para o registo de presença como para a consulta. Quando chegamos, somos atendidos por um Segurança que nos mede a temperatura. Hoje, como eu ia atrasada, entraram ainda para registo duas pessoas que estavam depois de mim, o que aumentou o atraso, e tive este anúncio quando, finalmente, chegou a minha vez: "agora a senhora atrasada".
Para quem tem 72 anos e é doente, não acredito que seja esta uma forma de tratamento numa unidade de saúde. Aliás, não é de agora que o atendimento é pouco satisfatório por parte de alguns dos funcionários tal como o relacionamento com os próprios médicos que são pressionados para se apressarem porque querem sair a horas. Não têm os doentes a culpa dos horários dos funcionários, se são excessivos ou não.
Maria Isabel Pinto Ventura
Data de ocorrência: 21 de setembro 2020
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