Santogal - Devolução de sinal por incumprimento da marca

No dia 25-07-2017, dirigi-me à Santogal na Rua Luís de Noronha em Lisboa, com o intuito de comprar uma viatura nova. Entrei no posto de vendas da Peugeot e dirigi-me a um comercial conhecido. Vimos o modelo, acordámos modalidade de pagamento e o prazo de entrega pareceu-me razoável: finais de setembro, o mais tardar, meados de outubro. O comercial pediu um sinal para a viatura (Peugeot SUV 5008) no valor de 1000€, pelo que prontamente paguei por meio de cartão multibanco.
Fiquei sem notícias até finais de setembro, quando tive de me dirigir ao referido posto de venda (que também tem oficina) para realizar a revisão da minha atual viatura. Interpelei uma ou duas vezes mais o comercial que lá se deve ter fartado e me disse que já tinha novidades para mim: semana 47 (meados de novembro). Mais tarde, já em novembro, enviei um mail dirigido ao grupo Santogal, mostrando descontentamento pela falta de acompanhamento e exigindo que me definissem uma data exata para a entrega da viatura. Fui contactado por uma senhora do departamento de qualidade, dizendo que o comercial em questão tivera uns problemas familiares e que seria ela a acompanhar o resto do processo (nunca mais tive notícias da senhora). A viatura chega na semana 49, referiu ela. Furioso, quis rasgar a nota de encomenda, mas li-a, atentamente, em busca de uma data que a dita senhora disse que constava nessa mesma nota de encomenda e que não tinha ainda sido ultrapassada: 11-12-2017. Com um senão, não se trata da data limite, mas sim da data de previsão de entrega. Pelo menos foi o que o diretor de vendas referiu no seu mail de 16-12-2017.
Mas a 11-12-2017, data limite para a entrega da minha viatura, enviei um mail, ao fim do dia, para rescindir o contrato por incumprimento contratual da Santogal e exigir a devolução dos meus 1000€ que paguei, de boa fé, a 25-07-2017. No dia a seguir, o comercial que deu início ao processo telefonou-me, tentou persuadir-me a não rescindir contrato… Enfim, tentou de tudo para concretizar a venda, que me parece que desde o início, a Santogal não estava muito interessada em fazer.
Depois de eu reafirmar que queria rescindir o contrato por incumprimento da marca, o comercial disse que ia "passar a quem de direito".
No já referido mail de sábado, 16-12-2017, o diretor de vendas diz que contratualmente eu é que incumpri com o grupo e que não me iria devolver o sinal, porque a data limite não tinha sido ultrapassada e que eu não tinha pedido o prazo adicional nunca inferior a 7 dias para a entrega da viatura. Pois, eu queria ter a viatura desde JULHO, não em dezembro ou janeiro ou fevereiro ou quando lhes apetecer entregar a viatura. Não podem ficar eternamente a empurrar para a frente, alegando não existir uma data limite. Ela existe e consta na nota de encomenda ou, não existindo como o diretor de vendas alega, o contrato é nulo, pelo que exijo a devolução do sinal, ingenuamente, entregue.

Constando apenas uma data na nota de encomenda com a seguinte descrição: "data de previsão de entrega"; que data deveria eu considerar como a data de limite? Finais de setembro? Meados de outubro? Semana 47? 11-12-2017? E com que direito tomam posse de 1000€ que não lhes pertencem e se recusam a fazer a venda em prazo razoável ou a fazer a devolução do sinal?