Exmos. Srs.,
Vinha por este meio manifestar o meu desagrado ao ler o artigo do autor Bruno Reis, quando o mesmo afirma que os médicos de família se preocupam apenas em manter os doentes vivos. Citando-o: "Mas a verdade é que somos capazes de viver uma longa vida com carência de alguns nutrientes e o médico de família irá apenas ter a preocupação elementar de verificar os nossos sinais vitais, para nos manter vivos. Até que virá, casualmente, o dia em que nos apercebemos que manter-nos vivos é diferente de fazer por prolongar-nos a vida; diferente de cuidar da nossa qualidade de vida".
Não sou médica de família, nem médica interna, nem tenho aspirações a esta especialidade; no entanto, os médicos de família preocupam-se com muito mais coisas para além dos "sinais vitais" que o autor refere. Aliás, a especialidade de Medicina Geral e Familiar preocupa-se exactamente em realizar medicina preventiva e melhorar efectivamente a qualidade de vida dos utentes, quer tenham doenças crónicas, quer não. Esclarecendo o autor e restante equipa, os médicos de família são responsáveis por cuidados em diferentes valências (daí o nome da especialidade).
O autor não deveria fazer generalizações inapropriadas para publicitar um serviço, desinformando a população.
Espero que possam realizar as correcções apropriadas ao artigo.
Com os melhores cumprimentos,
Data de ocorrência: 13 de julho 2022
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