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Saúde CUF - Cirurgia inadequada e com consequência graves

Sem resolução
Ana Carvalho
Ana Carvalho apresentou a reclamação
29 de setembro 2016

Venho por este meio tentar obter resposta de V. Exas. relativamente à reclamação já apresentada e à situação em que me encontro, resultante de intervenção cirúrgica realizada no V/ Hospital Infante Santo.

Breve cronologia do sucedido:
• 26 de Fevereiro – consulta de ortopedia devido a queixas na clavícula/ombro direito, observado também o pulso direito, CUF Alvalade;
• 6 de Maio – consulta para apresentação dos exames realizados. Situação da clavícula sem recomendações, recomendada e agendada cirurgia para extracção do quisto sinovial do pulso direito, CUF Alvalade;
• 21 de Junho – consultas pré-operatória e de anestesia, Hospital CUF Infante Santo;
• 23 de Junho – cirurgia para extracção de quisto sinovial no pulso direito (recomendada e realizada por médico especialista em ombro/joelho), Hospital CUF Infante Santo;
• 24 de Junho – primeiro penso, Hospital CUF Descobertas;
• 29 de Junho – consulta e segundo penso, Hospital CUF Infante Santo;
• 7 de Julho – consulta e extracção dos pontos, Hospital CUF Infante Santo;
• 28 de Julho – verificando-se que a ferida não fechava comuniquei com a médica de família que, após observação, mandou retirar “corpo estranho” que estava a impedir a normal cicatrização. O “corpo estranho” era uma linha cirúrgica com cerca de 1,5 centímetros;
• 3 de Agosto – apresentei via site a minha primeira reclamação, relativa aos problemas de cicatrização;
• 8 de Agosto – a ferida cirúrgica cicatrizou;
• 19 de Agosto – apesar da cicatrização estar aparentemente concluída continuei, sempre, a ter muitas dores e reduzida mobilidade pelo que agendei nova consulta para o Doutor que realizou a cirurgia. Só havendo disponibilidade para o final de Outubro e por não ter condições para aguardar agendei consulta com médica especialista em mão/pulso, conforme aconselhamento dos V/ serviços;
• 31 de Agosto – consulta com a Doutora Filipa Santos Silva, CUF Alvalade;
• 1 de Setembro – início de sessões diárias de fisioterapia.

Tenho a informar que desde o primeiro momento me foi transmitido que a cirurgia seria muito simples e de recuperação rápida “em três dias está recuperado”. Foi passado atestado de incapacidade para o trabalho por três dias no entanto só sensivelmente dez dias após a cirurgia o inchaço da mão começou a diminuir, não obstante a aplicação intensiva de gelo.
Em nenhuma das consultas pós operatórias o Doutor observou (visualmente) a ferida.
Fui recebida no consultório, transmiti as minhas queixas e fui encaminhada para fazer penso com a equipa de enfermagem.
No dia 6 de Julho a enfermeira que retirou os pontos, a mesma que tinha feito o penso na semana anterior, foi inclusivamente ao gabinete perguntar ao Doutor se não queria observar a ferida, o que se entendeu desnecessário.
Sendo verdade, como consta na resposta dada pelos vossos serviços à minha reclamação, que a linha era um ponto interno o mesmo estava visivelmente superficial pois impediu, até ser retirada a linha, a normal cicatrização da sutura. Por outro lado, se era efectivamente um ponto interno não estava preso porque saiu com muita facilidade.
Apesar de ter explicitamente questionado o Doutor nesse sentido não me foi recomendada fisioterapia.

À parte do problema de não cicatrização, que à data de hoje me parece menor, estou a experimentar muitas complicações pós-operatórias.
Apesar de ter seguido à risca as recomendações, perdi muita mobilidade no pulso direito e por continuar a ter muitas dores recorri a uma nova consulta, desta vez com a Doutora Filipa Santos Silva, especialista em mão/pulso, e que me foi aconselhada pelos vossos serviços.
Segundo a avaliação médica, efectuada em consulta realizada no dia 31 de Agosto, a possibilidade de recuperação da mobilidade no pulso sem necessidade de nova intervenção cirúrgica estava no “limite do prazo” pelo que fui encaminhada directamente para fisioterapia em instituto especializado.
Pelo que me foi transmitido nessa mesma consulta o tipo de intervenção para extracção do quisto talvez não tenha sido o mais adequado ao local/problema, tendo a cicatrização da ferida operatória originado a formação de uma massa fibrosa de tecidos que está a impedir o normal movimento da mão, provocando adicionalmente muita dor quando propositada ou involuntariamente realizo movimentos.

Além de todas as despesas pré-operatórias, operatórias e pós-operatórias estou a incorrer em custos adicionais com consultas, fisioterapia e medicamentos, os quais considero não serem da minha responsabilidade.
Adicionalmente, as sessões de fisioterapia implicam períodos de ausência ao trabalho e, principalmente, um grande desgaste físico e emocional porque são extremamente dolorosas e de resultados lentos e graduais.

Entendo assim que não me foi prestada adequada informação sobre a complexidade e possíveis complicações da cirurgia, não fui encaminhada para médico ortopedista especialista em mão/pulso - o Doutor Pedro Lemos é especialista em ombro, e foi devido a um problema no ombro que fui inicialmente consultá-lo, acabando por sair com uma cirurgia ao pulso -, não tendo sido prestados o acompanhamento e aconselhamento médico necessários, pelo que agradeço a vossa disponibilidade para colaborar na minimização dos danos causados.

Saliento que as limitações causadas pelo quisto sinovial que foi extraído eram insignificantes comparativamente com os problemas agora experienciados.
Se me tivesse sido prestada a devida informação acerca das eventuais complicações pós operatórias certamente não teria realizado a cirurgia.

As vossas políticas de qualidade e de segurança do doente não foram, neste caso, levadas a efeito.

Tenho a acrescentar que esta é a excepção e não a regra da já longa experiência que tenho de atendimento pelos vossos serviços mas as consequências são demasiado sérias para serem ignoradas.

O problema foi igualmente reportado ao Gabinete de Apoio ao Cliente, não tendo havido desenvolvimentos, na minha opinião, satisfatórios.

Na expectativa das V/ melhores diligências.

Data de ocorrência: 29 de setembro 2016
Esta reclamação foi considerada sem resolução
Comentários

Pelas sucessivas reclamações que eu tenho lido neste portal com errados diagnósticos, com uma simples operação que a pessoa acaba por morrer e pelas más experiências que eu tive nesse hospital primeiro com o meu pai e depois com a minha mãe que vieram a falecer lá, começo a juntar as peças do puzzle e a perceber que as pessoas vão a esse hospital para morrer. Os utentes nesse hospital são carne para canhão. Os médicos desse hospital não têm a experiência que têm os médicos dos hospitais públicos que estão muito batidos. A minha mãe antes de falecer na CUF Descobertas teve um problema muito grave que ninguém pensou que ela sobrevivesse. Foi para o hospital de S. José e salvou-se milagrosamente ou melhor dizendo pela grande experiência de médica. Agora veio a morrer na CUF Descobertas. Maldita hora que a levei para a CUF. Se a minha mãe tem ido para S. José quem sabe se não se teria salvo.