Securitas Direct - Cancelamento de Serviços

Sou cliente da Securitas Direct desde Março de 2017.

Este contrato contrato foi inicialmente começado por um familiar em 28 de Setembro de 2015 (o equipamento foi comprado por ele). Em março de 2017 esse familiar cedeu a sua posição contratual para mim, tendo sido celebrado um novo contrato com uma fidelização de 12 meses.

No inicio de Abril de 2018 fiquei a saber que terei que ir trabalhar para fora do país por tempo indeterminado. A morada onde estava instalado o alarme já foi arrendada e à data a que escrevo esta reclamação já foi entregue aos inquilinos. Os inquilinos não tiveram interesse em manter o alarme nem eu possuo nenhum familiar interessado em ficar com alarme. Pelos motivos citados anteriormente, enviei uma carta registada com aviso de recepção à Securitas Direct, datada de 17 de Abril para solicitar a rescisão/cancelamento de contrato.

No passado dia 24 de Abril fui contactado pela empresa a informar-me que os pedidos de rescisão só podem ser efectuados até aos 30 dias que antecedem as renovações anuais, o que faria com que podia rescindir o contrato mas essa rescisão só vigoraria a partir de dia 6 de Março de 2019 ou 28 de Setembro de 2018 (data do contrato original). Não souberam clarificar qual seria a data.

Nas condições gerais do serviço não existe nenhum ponto em que seja possível o cliente cessar o contrato fora do período de fidelização, como em qualquer contrato (seguros, electricidade, água, gás, telefone, etc.) os contratos também renovam anualmente salvo denuncia de qualquer uma das partes, mas em qualquer altura podem ser cancelados.

Pesa também o facto de que para efectuarem as mencionadas renovações, NUNCA fui contactado no sentido de consentir ou não com essas renovações, o que seria mandatório caso existisse de facto essa vinculação/fidelização anual. No fundo é no mínimo comercial, ética e moralmente questionável esta posição por parte da Securitas Direct, assim como o é quando alteram os contratos e os valores das MENSALIDADES unilateralmente sem dar conhecimento prévio nem questionar os clientes sobre a aceitação das novas condições.

Entrei também em contacto com a pessoa que me foi instalar o alarme, expliquei toda a situação e a única solução que o senhor apresentou foi eu devolver todo o equipamento (pago pelo meu familiar) e ele tentar junto do chefe dele dar baixa do contrato. Esta proposta pareceu-me completamente abusiva e só revela a forma de estar da Securitas Direct. Ou seja eu compro o equipamento aos senhores, cumpro a fidelização imposta, não tenho direitos nenhuns nem posso cancelar o contrato quando me apetecer, mas se devolver o equipamento isso já seria possível.

Por tudo o exposto anteriormente, para além de me sentir revoltado com este abuso de posição por parte da Securitas Direct, sinto-me agora também esbulhado por me quererem forçar a pagar 11 meses de serviço pelo qual não irei usufruir, por uma questão de pouco mais de 30 dias em que não chegou atempadamente a carta enviada, facto este a que pelo exposto sou também alheio.

Peço por isso a re-avaliação desta situação particular por parte da Securitas Direct de forma a cessar imediatamente o contrato supra.

Informo também, desde já, que vou expor e denunciar estas situações e abusos às entidades respectivas que regulam a actividade, bem como vou reclamar junto do portal do cidadão/portal do consumidor, Centro Europeu do Consumidor e DECO.

Quando regressar a Portugal, é certo que não voltarei a ser cliente Securitas Direct, nem eu nem familiares nem quem me venha pedir concelhos sobre alarmes, terei todo o gosto em explicar-lhes o meu caso e demove-los de virem a ser vossos clientes, com atitudes destas vão certamente aprender que têm mais a perder do que a ganhar.

Atenciosamente

Rui Castro