Securitas Direct - Reclamação

Boa noite Exmos. Senhores,
A 31 de maio de 2017, foi celebrado um contrato entre Securitas Direct e, a minha mãe.
Durante toda a fase de angariação, o comercial da Securitas Direct, informou da fidelização de 24 meses, mas, NUNCA referindo uma fidelização suplementar anual, de renovação automática! Acrescentando que após o término do contrato (24 meses), a qualquer momento poderíamos desvincular sem nada a pagar.
No ano passado, a minha mãe sendo uma senhora com setenta anos, manifestou a vontade de desistir do estabelecimento, pois para além desta responsabilidade, toda a sua vida foi vendedora ambulante (CAE 47810). Profissão esta, que apesar da sua idade, ninguém a consegue fazer desistir de andar pelas feiras! Quanto ao estabelecimento em questão (contrato efetuado com a Securitas Direct), a senhora minha mãe, cessou a atividade com o (CAE 563301), a 04 de junho de 2019, ficando eu, a proprietária deste estabelecimento.
Foi-me dito pela Securitas Direct que a minha mãe mantinha a atividade no ativo!! Entendem o porquê de colocar a negrito o CAE? O que a minha mãe sessou, foi o CAE do estabelecimento para o qual foi celebrado o contrato. Ou será que, pretendem que a minha mãe coloque o alarme no avental, enquanto vende nas feiras?!
Nunca fui a favor da celebração deste contrato. Contudo, o estabelecimento não era meu. Logo, apesar de ter manifestado desde o início o meu desacordo, respeitei a decisão.
Em janeiro deste ano, mais precisamente no dia 28, contacto a Securitas Direct, expondo a situação atual, pretendendo a anulação do contrato. Qual o meu espanto quando obtenho como resposta o seguinte: “lamento, mas, não nos é possível anular o “contrato”, alegando que a anuidade e renovação do contrato são efetuados por períodos de um ano, pelo que a não renovação apenas seria concluída em maio do deste ano.”
Ou seja, tudo o que acabara de ouvir, não se enquadrava com o que o comercial da Securitas Direct transmitiu no momento da celebração do contrato! E por este motivo, fiz questão de dizer o seguinte: estamos em janeiro de 2020, mês o qual, já paguei. Contudo e, com base no que o vosso comercial referenciou, eu, simplesmente vos estou a contactar para informar que não pretendo continuar com um contrato que foi celebrado em maio de 2017 entre vocês e a minha mãe, antiga proprietária! Acrescentando que, após terminar a nossa conversa, iria proceder ao cancelamento do debito direto. Em que, assim o fiz!
Todo este “roubo” que a Securitas Direct me estava a fazer, tão longe está do maior roubo que a vida me deu… Sim. Em fevereiro deste ano, o meu marido, que apenas tinha 46 anos, surpreendentemente faleceu.
Se o assunto Securitas Direct para mim não era preocupação, depois deste momento trágico, a minha prioridade, a minha única preocupação, era, e é, o bem-estar dos meus três filhos.
Quinze dias após o falecimento do meu marido, surge o Covid 19 e, com ele, novas adaptações a uma nova realidade! Desde o confinamento, estabelecimentos encerrados, (o qual o meu não foi exceção), ter os meus três filhos em modo telescola… necessário não será dizer o quão difícil tem sido para mim dar apoio aos meus filhos quando eu, encontro-me completamente destruída.
Em março, sou contactada por um colaborador da Seguritas Direct. Antes que dissesse o que quer que fosse, logo expus o momento frágil pelo qual estava a passar, não tinha cabeça para falar o que quer que fosse. Este senhor, muito simpático disse:
O motivo pelo qual a estou a contactar é para a informar que neste tempo de confinamento não precisa de se preocupar, inclusive com pagamentos…”
A verdade, é que em inícios de junho recebo por mensagem um aviso contencioso, solicitando a transferência das mensalidades em “débito”, ou seja, desde fevereiro!! Hoje, um pouco mais calma, entendo o telefonema do colaborador efetuado em março!!
Em suma, a chamada por mim efetuada em janeiro a rescindir o contrato, para a Securitas Direct, não teve qualquer significado, muito menos valor. Deduzo que para além de quererem receber até maio (mês em que vence a anuidade), o motivo desta chamada foi do género: não se preocupe com nada, até mesmo pagamentos, enquanto estivermos nesta situação (covid 19), ninguém a vai chatear! Pois… entendi! Ou seja, no pensar da Securitas Direct, para anular o contrato, eu teria que enviar por carta registrada, em abril (um mês antes do vencimento da anuidade), então, antes que eu, supostamente enviasse a carta, em abril, atitude que não ia ter, pois o que tinha a dizer, disse no meu primeiro contacto (28 de janeiro), ligaram-me em março para apaziguar…. Coincidência ou estratégia? Eis a questão!! Sim, tenho o direito de pensar que, todo este imbróglio, teve um fundamento, mais do que quererem cobrar os meses (fevereiro; março; abril e maio), também tencionavam a renovação automática por mais um ano!
De nada adiantou expor a minha situação atual. De nada adiantou referenciar que a mensalidade que pago, faz toda a diferença no meu orçamento mensal…de nada adiantou!
De todos os contactos telefónicos que tive com a Securitas Direct, este último (esta semana), não consigo adjetivar a atitude que tiveram para comigo, em que faço questão de expor aqui por escrito!
Como não fui a tempo de atender a chamada, retribui. Logo constato que era da Securitas Direct! O motivo pelo qual me contactaram, era para informar que eu tinha sido abrangida por uma campanha promocional de 50% no valor que tinha a débito!!! Farta de tudo que envolva Securitas Direct, eu disse: Aceito! Aceito pagar os 50%, para acabar de uma vez por todas com tudo isto. Para nunca mais me contactarem!
Assim que eu digo isto, obtenho como resposta o seguinte: “Desculpe, foi um erro aqui no sistema. A sua situação não está abrangida por esta campanha promocional” .
Como continuei a insistir para resolverem a minha situação de uma vez por todas, disse que teria que passar ao departamento jurídico. Horrível o que esta senhora me disse!!
Depois de voltar a repetir toda a situação, esta senhora num tom desumano responde: “Desde o seu primeiro telefonema (28,01.2020), até ao falecimento do seu marido, teve muito tempo para nos enviar em carta registrada a anulação do contrato!”
Incrédula, assim fiquei!!
Mas será que tenho que fazer um desenho para entenderem o que falo?!
Como não bastasse, volta a reforçar que, tinha de enviar a carta e, só depois é que iam “estudar” o processo e logo dariam uma resposta!

Em suma, estou cansada de ver e ouvir gente que, muito pouco tem de gente. E como se trata de uma re-fidelização ilegal, tenciono expor às instituições reguladoras do ramo, assim como no Portal do Cidadão/Portal do Consumidor.
Mais informo que hoje, procedi ao envio do pedido da anulação do contrato, por carta registada.

Solução pretendida Término do contrato de imediato com pagamento unicamente do passado mês de janeiro (já pago)!

Com os melhores cumprimentos,