Exmos. Senhores,
No Aeroporto de Lisboa, por volta das 18:00 de dia 4 de Janeiro de 2019, ao passar com a minha família no sistema de controlo de bagagens de mão "Fast Track", informei o funcionário da Securitas que faltava a minha mala de mão cinzenta, a qual continha equipamento electrónico e bens necessários para o exercício da minha profissão em Maputo, Moçambique. Fui então informado que não havia mais nenhuma mala de mão no equipamento e que, portanto, eu me devia ter esquecido da mala em local anterior. Achei estranho, pois tanto eu como os meus filhos se lembravam de eu ter posto a mala no tabuleiro que seguiu para dentro do equipamento. Ainda assim, fiz imediatamente o percurso inverso até ao check-in automático da TAP no piso inferior e novamente de volta, sem contudo encontrar a mala de mão, o que demorou cerca de 5 a 10 minutos.
Ao regressar ao local do Fast Track, os funcionários da Securitas disseram-me que teria então de chamar a PSP para verificar o video, determinar quem é que havia levado a mala de mão para depois se encontrar essa pessoa no aeroporto. Visto que o vôo para Maputo, Moçambique partia às 19h05 e contanto que viajava com 4 filhos menores, de 14, 11, 9 e 2 anos, e a minha mulher, expliquei que não podíamos esperar esse tempo pois perderíamos o vôo, o que nos causaria danos superiores ao extravio da mala de mão.
No dia seguinte de manhã, liguei para os Perdidos e Achados da PSP do Aeroporto de Lisboa, onde me informaram que a mala de mão havia sido encontrada e entregue, bem como sobre o procedimento necessário para o seu levantamento por terceiros. Para meu espanto, poucas horas depois, recebi um e-mail do Senhor Vitor Martins, que presumo ser funcionário da Securitas, a informar que a minha mala de mão havia sido "finalmente encontrada no interior do nosso equipamento" e que "será entregue na secção de perdidos e achados da PSP existente no aeroporto."
Respondi-lhe agradecendo a informação e solicitei prontamente que se responsabilizassem pelo sucedido, pagando o valor necessário para a mala de mão ser entregue na minha residência em Maputo, pois o sistema de controlo de bagagens é somente controlado por funcionários da Securitas. Acresce ainda que os referidos funcionários tiveram tempo suficiente para verificar se a mala estava dentro do equipamento durante o tempo em que percorri o percurso inverso até ao check-in das malas. Em suma, ao contrário do indicado pelo Senhor Vitor Martins, a minha mala de mão não foi "finalmente encontrada" no interior do equipamento, antes "estava afinal dentro do equipamento", o que é substancialmente diferente. Por esta razão, parece-me evidente que os funcionários da Securitas não tiveram a diligência que lhes é exigida de verificar naquele momento a possibilidade da mala de mão se encontrar no interior do equipamento, sendo a Securitas responsável por acto comissivo dos seus funcionários. Não obstante, o Senhor Vitor Martins e a Securitas não assumiram a responsabilidade pelo sucedido em e-mail posterior.
Visto que Securitas não assume a responsabilidade pelo sucedido, terei agora de pedir a um familiar para levantar a mala de mão nos Perdidos e Achados da PSP do Aeroporto de Lisboa para depois encontrar uma pessoa que me possa trazer a mala de mão para Maputo, Moçambique, o que não será certamente fácil, ao que acrescem os danos associados ao tempo em que ficarei sem os bens necessários para o exercício da minha profissão.
Face ao exposto, venho pela presente solicitar que V. Exas. intervenham junto da Securitas para que esta assuma a responsabilidade pelo sucedido. Para tanto, anexo a correspondência trocada com o Senhor Vítor Martins.
Melhores Cumprimentos,
Francisco Silva Santos
Esta reclamação tem um anexo privado
Data de ocorrência: 6 de janeiro 2019
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