Vivo com uma cidadã brasileira em comunhão de mesa e habitação há cerca de 18 anos. Da relação nasceram um menino agora com 16 anos e uma menina de 14.
No inicio do ano decidimos formalizar a relação e com a pressão dos miúdos decidimos avançar para o casamento.
No inicio de abril dirigimo-nos a 2ª conservatória do registo civil do Porto e demonstramos o nosso interesse em casar pelo civil, pensando nos, atendendo ao atras descrito, que seria uma situação rápida e pacifica.
De facto, estranhamos que mesmo antes de entregar a documentação para formalizar o pedido, o funcionário tenha colocado um monte de entraves pelo facto de a minha esposa ter nacionalidade Brasileira. Expliquei pacientemente ao sr que estamos juntos há 18 anos, que temos dois filhos Portugueses em comum, e a muito custo e apos bastante insistência, finalmente conseguimos que a situação fosse levada ate a conservadora.
Finalmente fomos convidados a entrar para a sala da Sra Conservadora. Mal cruzamos a porta fomos de imediato alertados que teria que remeter o assunto para SEF, visto tratar-se de uma cidadã brasileira, mas confortou-nos de que realmente com a documentação que apresentamos, no seu parecer seria uma situação pacifica.
Agendamos então a boda para 16 junho, pensando nos que 2 meses e meio seria mais que suficiente para tratar de uma situação tao obvia, ainda por cima que o visto da minha esposa não depende nem nunca dependeu do referido matrimonio.
Uma vez que a situação parecia não evoluir, decidi ir ao SEF a Barão de Forrester, tentar falar com alguém que me pudesse ajudar a agilizar a situação. Perdi uma manha de trabalho na espectativa de consegui contactar algum dos responsáveis pelo processo. Apos varias horas de espera a amável Sra. administrativa que acredito tenha tentado ajudar, comunica-nos que deveríamos enviar um email a expor a situação e que nenhum outro tipo de contacto resultaria.
No mesmo dia foi remetido o referido email com a apresentação das faturas das despesas que entretanto já formam efetuadas com vista a realização da boda, uma breve resumo do caso e dos motivos pelos quais achamos que seria uma decisão fácil de tomar e a indicação de que viriam varias pessoas do Brasil para o evento e que já teriam adquirido as respetivas viagens.
Obtivemos uma resposta fria de quem nem sequer leu o email ate ao final.
“Primeiro espera-se a autorização e só apos é que se efetuam as marcações”.
Venho por este meio mostrar a minha indignação com uma situação que, a meu ver, não tem o mínimo cabimento.
Não se trata de um casamento por conveniência, estamos juntos há 18 anos e felizmente a minha esposa não necessita do matrimonio para ter acesso ao visto.
Há despesas efetuadas que não podem ser ressarcidas, e arriscamos a ter que efetuar a boda antes de formalizar o casamento pelo civil, devido a um sistema obsoleto e cego, que usa e abusa de falso excesso de zelo dos seus profissionais para independentemente dos motivos e dos factos apontados justificar o adiamento das suas decisões.
Agradeco a rapida resposta dos serviços do SEF, em particular a Sra Inspectora que tratou do assunto que por respeino nao vou mencionar o nome. Um bem haja. Muito Obrigado
Voltaria a fazer negócio? Sim
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