Desde muito novo que trabalho e faço os meus descontos em prol de uma Instituição que se diz protectora dos mais carenciados o que lamentavelmente pude constatar que não é verdade...
É triste mas esta Instituição não visa salvaguardar a minha família agora numa situação de carência económica deixando-nos à mercê da nossa própria sorte.
Com uma família onde existem duas crianças de 10 e 15 anos e onde só um dos cônjuges trabalha, auferindo 450€/mês, estes senhores dizem que este valor é suficiente para cobrir as despesas básicas como despesas fixas de habitação (renda (de habitação social) luz, água, gás, deslocação) onde a média ronda os 300€/mês, fora despesas de saúde que aparecem nas "melhores" alturas e restantes despesas inerentes à criação de duas crianças em fase de crescimento, como a roupa e o calçado.
Agora digam-me o que é que sobra para pôr na boca dos meus filhos? É que quanto às despesas fixas nada posso fazer a menos que fique sem água, luz, gás... e vá morar para debaixo da ponte!
Os senhores não podem olhar só para "o bolo", têm que ter a sensibilidade de ter em consideração as despesas fixas que cada familia possui, porque se 450€/mês fosse só para a alimentação não estaria no desespero em que me encontro!
Estou desempregado, tenho perto de 40 anos e ninguém me dá uma oportunidade, sinto-me inútil perante a sociedade.
Dirijo-me à Segurança Social para pedir auxilio através do RSI ou qualquer outra prestação e este é-me negado: por duas vezes o RSI foi indeferido tendo em conta o rendimento do agregado. Mas em que mundo os senhores vivem? Como é que podem afirmar que uma pessoa possa sobreviver desta forma, sobreviver, já nem digo viver!
Venho deixar aqui um pedido de desespero, de um pai que só quer dar as condições básicas aos seus filhos. Peço uma resposta por parte da Segurança Social... que soluções têm para mim e para a minha família? O que é que eu posso fazer? Ajudem-me.
Este foi o Natal mais triste que passámos e estamos sem esperanças para este ano que ainda agora começou. Todos nos fecham as portas, todos nos viram a cara... onde está a solidariedade social?
Oxalá arranjasse trabalho para que nem eu nem a minha família dependêssemos do Estado...
Não resolvei nada
Voltaria a fazer negócio? Sim
Para deixar o seu comentário tem de iniciar sessão.