Segurança Social - Reavaliação da incapacidade temporária para o trabalho

No dia 7 de dezembro ao apertar uma cinta para prender um carro, porque a minha profissão é motorista de reboques, senti um estalo e dor do punho, com irradiação ao antebraço. Dirigi-me ao hospital Amadora Sintra onde me foi feito um RX, não existindo fratura, foi me informado que deveria ser seguido pelo seguro de acidentes de trabalho.
Fui assistido na companhia Fidelidade e apos uma ecografia foi me diagnosticado um quisto sinovial metacárpio + processo de tenosinovite crónica em fase aguda, fiz algumas sessões de fisioterapia e tomai analgésicos. No dia 21 de janeiro foi me dada alta por se tratar de uma doença profissional.
Dirigi-me ao centro de saúde do Cacém, o medico de família pediu marcação de consulta no hospital Amadora Sintra e deu-me incapacidade de trabalhar, isto no dia 22 de janeiro, os quistos são visíveis e as dores insuportáveis, perda de força no braço, alertou-me logo que provavelmente teria de ser operado e que as consultas externas de ortopedia estão atrasadas a mais um ano. Mesmo assim informei-me sobre a possibilidade de poder ser seguido no Hospital de Santana.
Ainda não tinha sido chamado para a consulta de ortopedia quando recebo o primeiro pedido de avaliação da junta médica, no dia 21 de fevereiro, apresentei me com os elementos que tinha, alta da companhia de seguros com o envio para o médico de família por se tratar de uma doença profissional. Como sou inexperiente destas coisas, foi o que levei, pois ainda não tinha ido à consulta de ortopedia, foi me dito que o relatório da companhia de seguros não era valido e que teria de ir ao medico de família solicitar um relatório e entregar na segurança social. Assim o fiz, no dia seguinte dirigi-me ao médico de família e no mesmo dia entreguei na segurança social do Cacém.
No dia 4 de março tenho a consulta de ortopedia no hospital de Santana, fiz um RX onde me foi dito que tenho um osso gasto, mas que teríamos de começar primeiro com duas infiltrações no pulso e que terá de voltar para ser reavaliado, verificando se ouve melhorias para avançar para outra etapa.
Recebo novamente uma convocatória para uma comissão de reavaliação medica, dirigi me ao centro de saúde, pedi um relatório onde esclarece:
• Malformação adquirida de um membro
• Síndrome do canal Cárpico
• Limitação funcional/incapacidade
De seguida fui ao hospital de Santana pedir outros, este só é fornecido 30 dias depois.
Apresentei-me com o RX e o relatório do médico de família, mas para a comissão não chega apesar de comentarem que a minha situação só se resolve com operação.
Não consigo entender, mesmo achando que meu problema de saúde só se resolve com uma operação, tendo eu mostrado que a próxima consulta de ortopedia será no dia 8 de abril, a conclusão foi : “NÃO SUBSISTE A INCAPACIDADE TEMPORARIA PARA O TRABALHO DO BENEFICIARIO ACIMA INDICADO APARTIR DE 2019-02-21”
Será que alguém me pode esclarecer se com este relatório e a profissão que tenho (motorista de reboques), e que os braços são a minha ferramenta de trabalho se tenho condições para trabalhar, assim o desejava, pois ninguém consegue viver com 400€ de subsidio.
Não recebi o subsídio da baixa anterior e esta vai pelo mesmo caminho.
Pergunto, existe algum funcionário da segurança social a trabalhar com uma tendinite crónica, ou com dores….
Não deveria a segurança social certificar-se a incapacidade de muitos contribuintes que passam meses a fio de baixa e que andam por ai ….esses sim deveriam de ser fiscalizados!!! Mas estes não são!!!

Em todos estes anos de descontos é a segunda vez que me encontro nesta situação não desejada, e que gostaria de não estar a passar, além de não receber ainda tenho de pagar a comissão de reavaliação, ter gastos com o transporte para me dirigir à segurança social, onde não sou bem atendido, mas é onde entrego os descontos todos os meses…se ficar n desemprego será melhor????

Agradeço que revejam a minha situação, e que coloquem médicos capazes de verificar a situação de cada contribuinte.

É uma vergonha um cidadão estar realmente doente (até o médico da comissão comentou que só me trato com a operação) e depois não validada a incapacidade temporária para o trabalho….