Segundo o Lei da Parentalidade, e em toda a documentação referente ao assunto (nomeadamente Guias Práticos) disponibilizada pela Segurança Social, é referido que o subsídio de parentalidade inicial exclusivo do Pai é pago a 100%. No entanto tal não se vem a verificar, devido a um "erro grosseiro" nos pressupostos do cálculo.
Vejamos, o Pai tem direito a 25 dias úteis pagos a 100% de um valor que é obtido através de um cálculo onde entram dias corridos... não faz qualquer sentido!
Um caso prático:
O Pai recebe 900€ brutos por mês. Para obter o valor de subsídio diário é aplicada a fórmula R/180 x 100%. Assumindo que os 6 meses do período o vencimento foi sempre 900€, obtemos 30€ de subsídio diário.
Agora suponhamos que a criança nasce no dia 1 de Julho de 2017 e o Pai goza a licença em todos os dias úteis desse mês. Neste caso, 21 dias úteis. Multiplicando 30€ por 21 dias, teremos um valor total da licença para esse mês de 630€. Bem abaixo dos 900€ que seria 100% do seu rendimento!
Este caso aplica-se a qualquer período do ano, seja qual for a data de nascimento e os dias que sejam requisitados para licença.
Resumindo, o processo não é coerente e não faz qualquer sentido.
Olá João Pestana
Eu apercebi-me da mesma situação agora com o subsidio da minha 2ª filha. E olhando para os registos da 1ª filha, também já tinha sido assim.
Não faz sentido nenhum fazer um cálculo de subsidio com dias corridos e depois pagar apenas os dias úteis! Muito menos afirmar publicamente que o subsidio é pago a 100%.
Houve alguma evolução do seu caso?
Verifico a mesma situação.
Até que ponto isto é legal?
Existe algum processo judicial para exigir a verificação deste procedimento?, é possível iniciar algum processo em nome de todos os pais afectados? Nenhuma instituição das tantas que existem tem tomado alguma acção ao respeito?
Atenção a todos os trabalhadores!!!! Este subsidio não é uma prenda do estado, é a devolução de dinheiro que descontamos á segurança social e que temos direito nestas alturas, se não fosse assim então para que servem os nossos descontos a segurança social?
Pois isto acontece e quando mais precisamos do rendimento levamos um corte bem considerável nesse mesmo, sendo tão injusto que até somos obrigados a gozar esses dias mesmo tendo perda de rendimento. Não dá para perceber as queixas da falta de natalidade quando os apoios são miseráveis e enganadores.
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