SMAS Maia - Corte de água

Exº Sr. Director-Delegado dos SMAS da Maia, Engº Albertino Silva

No dia 12 de Novembro de 2019 fui à minha caixa de correio na qual encontrei duas cartas dos vossos serviços em que referia ter duas facturas em atraso, uma de Junho/2019 de 16,81€ outra de Julho/2019 no valor de 8,38€. Na primeira é dito que deverá ser pago a factura da água até 11 de Novembro de 2019 e a segunda até 27 Novembro de 2019.
Entrei em casa e constato que a água estava cortada.
Sr. Director-Delegado, a que se deve este comportamento manifestamente desproporcionado?
Cortar a água por 8,38€, sem terem garantia que o seu cliente recebeu um aviso, presumir a existence de má-fé, e não ver que a conta só não foi paga, admito, por minha incúria, sem se certificarem que foi enviado e recebido um aviso?
Deixe-me tentar responder a minha pergunta.
A qualidade de uma democracia não se mede só por podermos votar. Houve tempos em que se votava e não se vivia em democracia. Em muitos países vota-se e os eleitos nunca mudam. A qualidade da democracia mede-se, também, por a relação equilibrada e justa entre quem dirige e quem é dirigido, como as entidades que nos gerem fazem uso do poder que lhe foi delegado para melhor tratarem os seus cidadãos. É isto que está em causa, atitudes prepotentes e discricionárias que quem dirige assume deter.
Sabendo certamente o Sr. que existem vários acórdãos de tribunais que protegem o consumidor, existindo normas por parte do regulador ERSAR que indicam que medidas extremas como esta deverão ser só tomadas em circunstancias justificáveis, mesmo assim esta medida continua a ser aplicada.
Exº Sr. não está a prestar um bom serviço nem ao serviço que dirige nem ao país nem aos cidadãos.
Queira reconsiderar e de instruções aos seus funcionários para que sejam justos e equilibrados e que deixem de existir estas metamorfoses do lápis azul.
Não agi de má fé, como ninguém o faria por 8.38€.