Foram compradas umas sapatilhas, que após quatro dias da compra foram objeto de reclamação uma vez que, as mesmas quase sem uso, ficaram descoladas de lado. Reclamação essa aceite e após uma semana o estabelecimento confirma o defeito da sapatilha. Ora perante a arrogância do atendimento e sendo um artigo com defeito foi exigida a devolução do dinheiro. Devolução essa não realizada inicialmente pois segundo a política de empresa e o seu entendimento da lei, não eram obrigados a realizar a devolução quando tinham mais sapatilhas em stock. No dia seguinte, após pesquisa da lei, e dos meus direitos enquanto consumidora dirigi-me novamente à loja, não para fazer uma troca como queriam mas sim exigir novamente a devolução. O gerente foi confrontado com a lei que regula precisamente certos aspetos da venda de bens de consumo e as suas garantias - Dl 67/2003 de 8 de Abril (alterado e atualizado pelo Dl 84/2008 de 21 de Maio) , e foi lido na loja o artigo 4.º, n.º 1 que estipula que "Em caso de falta de conformidade do bem com o contrato, o consumidor tem direito a que esta seja reposta sem encargos, por meio de reparação ou de substituição, à redução adequada do preço ou à resolução do contrato." e ainda o artigo 2.º, n.º 2.º que descreve nas suas alíneas a falta de conformidade, ou seja, o defeito. Após a leitura, o gerente refere que a lei tem várias interpretações e que não seria aquele o caso. Acrescentando que não valeria a pena ir para o tribunal arbitral, pois ganhavam sempre os casos. Ora qualquer cidadão facilmente percebe a leitura do Decreto lei em questão, sem margem para dúvidas, neste caso a lei é clara como a água! E elucida muito bem a possibilidade de resolução do contrato de compra e venda e consequente devolução monetária, quanto aos artigos com defeito/falta de conformidade Portanto na sua opinião não era obrigado a fazer a devolução, pois segundo a política da loja havendo mais artigos faz-se a troca, caso contrário é que devolvem o dinheiro.
Concluindo, a devolução foi realizada a algum custo pois o artigo que tinham para troca não correspondia totalmente ao da compra, caso contrário ainda lá estava a exigir o que é meu por direito.
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